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"Direitos cubanos em Miami: do 'privilégio' à perseguição"

  • Foto do escritor: NOVACULTURA.info
    NOVACULTURA.info
  • há 2 horas
  • 3 min de leitura
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A política racista e anti-imigração de Donald Trump, respaldada por seu Secretário de Estado e seus comparsas de origem cubana no Congresso, gerou mudanças bruscas — uma espécie de metamorfose — no status dos cubanos nos Estados Unidos, cujos “privilégios” migratórios se desfazem sob os fortes ventos do neofascismo.

 

O mesmo anticomunismo que, na cruzada da Guerra Fria, os utilizou como “refugiados”, “exilados”, “protegidos”, “lutadores pela liberdade”, com a narrativa subversiva de que haviam fugido das garras comunistas, agora os coloca no saco sem fundo do migrante que “ameaça” a segurança nacional — e que não tem padrinhos nem favoritismos, nem sequer o olhar compassivo de seus próprios conterrâneos no Departamento de Estado ou no Capitólio, os quais, por seu cinismo, foram parar em cercas como exemplo de traidores.

 

Ficaram como filhos de ninguém, à mercê do pânico e do medo que imperam diante das más notícias, que chegam em cascata sob a forma de manchetes de frustração e incerteza nos jornais de Miami e nos próprios meios digitais da máfia local.

 

Na terça-feira passada, foi divulgada a mais recente dessas medidas, com a suspensão de todas as solicitações de imigração apresentadas por cidadãos de 19 países incluídos em uma proibição de viagens, entre eles Cuba.

 

Essa decisão do Governo afeta processos de residência permanente, naturalização e outros trâmites migratórios, e resultou em cancelamentos de entrevistas e cerimônias de naturalização.

 

Os próprios meios de comunicação de Miami reconhecem que “a medida foi tomada em um contexto de crescente repressão migratória e após incidentes recentes de segurança nacional, incluindo o tiroteio de dois membros da Guarda Nacional em Washington, atribuído a um cidadão afegão com asilo”.

 

Qualquer ação violenta interna, não importam sua origem ou causas, funciona como um curinga para implementar o plano de expulsar mais de um milhão de migrantes do país, ou para condicionar favores — perdões migratórios — a compromissos políticos ou recrutamentos para ações obscuras, não se sabe contra quem nem onde.

 

Cada nova medida de Trump, sob a narrativa de defender a segurança nacional, traz um custo humano significativo, especialmente para os direitos dos cubanos nos Estados Unidos, que são perseguidos ou caluniados por suas posições políticas, seus empregos, suas responsabilidades em Cuba, seu entorno familiar, ou por ousarem questionar o desempenho de políticos do governo ou as próprias medidas migratórias.

 

Além disso, a ditadura anexionista de Miami, liderada por Rubio e pelos legisladores apocalípticos da Flórida, pressiona e chantageia a chamada maioria silenciosa da comunidade cubana para que não enviem remessas, não viajem, não se comuniquem com seus familiares, ou tentam erguer novos muros entre os dois países, enquanto o Secretário de Estado se ocupa de congelar qualquer relação bilateral mínima.

 

Existem numerosos vídeos que documentam a brutalidade dos agentes do Serviço de Controle de Imigração e Alfândegas (ICE). Também foram denunciadas violações de direitos humanos nos centros de detenção de imigrantes, onde inclusive já foram registradas mortes.

 

Pessoas com cidadania, residência, ou que chegaram legalmente, são perseguidas ou deportadas por medidas arbitrárias, ou criminalizadas depois de viver décadas nos EUA — inclusive após terem servido em estruturas armadas e guerras sob a bandeira estadunidense.

 

Mães e pais separados de seus filhos; famílias divididas; crianças enviadas para a África ou outros países distantes; prisões sem as mínimas condições; detenções arbitrárias em ruas, locais de trabalho e durante a madrugada, em suas casas, enquanto dormiam; além de traslados massivos de deportados, de forma superlotada, mal alimentados e privados de todos seus direitos para reivindicar sua situação migratória.

 

Famílias que deixam de levar seus filhos à escola por medo de serem detidas; suspensão de viagens para visitar seus entes queridos em Cuba por temor de que seus documentos migratórios sejam manipulados, que sejam detidos ou expulsos dos EUA. Outros têm de ocultar suas viagens à Ilha para não serem suspensos dos empregos, ou sofrem congelamento de contas bancárias, controle político e jurídico de suas conversas nas redes sociais — algo que pode lhes custar sua permanência em território estadunidense.

 

Uma mistura de fascismo e macartismo destinada à caça humana, à perseguição política e à discriminação racial. A máfia criada e dirigida pelos Serviços Especiais tenta se aproveitar da fúria anti-imigração para recrutar e colocar preço em seus favores, e inclusive aposta abertamente no anexionismo como solução para o status dos cubanos que querem permanecer no país, em meio aos questionamentos sobre sua indiferença ou cumplicidade com as políticas do magnata.

 

Do Granma

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