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Josina Machel: a jovem combatente pela libertação de Moçambique

  • Foto do escritor: NOVACULTURA.info
    NOVACULTURA.info
  • 16 de abr.
  • 2 min de leitura

Josina Abiathar Muthemba, (Josina Machel), foi uma mulher anticolonial moçambicana que lutou pela independência do país e pelos direitos das mulheres. Ela nasceu na província de Inhambane, no sul de Moçambique em 10 de agosto de 1945 durante o período de dominação colonial portuguesa e faleceu em Dar Salaam em 7 de abril de 1971.

 

Em 1956, Machel mudou-se para a capital de Moçambique para frequentar a escola secundária, tornou-se politicamente ativa em grupos de estudantes clandestinos, onde acabou por se tornar uma célula na Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).

 

Em 1963, com 18 anos, fugiu de Moçambique para se juntar à luta armada de libertação nacional contra o domínio colonial português. Após uma primeira tentativa frustrada, que resultou na sua captura no Zimbábue e detenção por vários meses, em 1965, Machel conseguiu, numa segunda tentativa, se juntar a FRELIMO na capital da Tanzânia, Dar es Salaam.

 

Em 1967, a FRELIMO oferece-lhe uma bolsa para estudar na Suíça, que rejeitou por querer viver de perto a luta anticolonial.

 

Na FRELIMO foi uma das fundadoras e liderou o Destacamento Feminino – uma unidade dedicada ao treino militar e educação política das mulheres. Em 1969, aos 24 anos, tornou-se chefe do Departamento de Assuntos Sociais e foi também chefe da Seção da Mulher no Departamento de Relações Exteriores da FRELIMO. Nesse mesmo ano, casou-se com Samora Machel, com quem teve um filho, Samora Machel Júnior. A luta armada de libertação de Moçambique serviu de base para a emancipação da mulher. Estas condições surgiram através do exercício a nível do Destacamento Feminino, onde a sua participação e envolvimento ativo em várias atividades da luta era bem evidente.

 

Abordando a questão feminina e a sua participação na luta, Josina escreveu: “Antes da luta, mesmo na nossa sociedade, as mulheres tinham posição inferior. Hoje, na FRELIMO, a mulher moçambicana tem voz e um importante papel a desempenhar, pode exprimir as suas opiniões; tem liberdade de dizer o que quiser. Tem os mesmos direitos e deveres que qualquer outro militante, porque é moçambicana, porque no nosso Partido não há discriminação baseada em sexo”.

 

A luta da valorização da mulher na FRELIMO não é recente, data desde o início da luta nacionalista, nos anos de 1960 e 1970. Foi nesta luta que pela primeira vez foi defendido o princípio de igualdade entre homens e mulheres. A FRELIMO tinha como objetivos principais garantir uma definição clara da inserção da mulher no contexto do movimento da luta nacionalista. A linha política da FRELIMO permitiu as mulheres uma maior visibilidade de sua condição, tendo influenciado as diretrizes do Partido no período pós independência. A nova política do governo da FRELIMO após a libertação em 1975, trouxe significativos ganhos para as mulheres.

 

Josina é considerada um modelo de inspiração do movimento de mulheres. Com a independência de Moçambique, a data da sua morte foi consagrada como Dia da Mulher Moçambicana.

 

É lembrada como heroína da Luta de Libertação Nacional, uma mulher a quem os tiros não intimidaram.

 

Artigo publicado no Rumos da Luta #23

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