"Crianças em Gaza estão sendo mortas pela fome extrema imposta por EUA e Israel"
- NOVACULTURA.info
- 5 de ago.
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Dezenas de crianças e bebês já morreram em Gaza devido à fome extrema, em meio ao que vem sendo chamado de um dos “genocídios mais brutais” da história da humanidade. Nas últimas semanas, o Ministério da Saúde de Gaza relatou que pelo menos 127 palestinos morreram de fome desde outubro de 2023, a maioria deles crianças. Muitos outros estão à beira da morte enquanto os EUA e Israel mantêm a ocupação total da Faixa de Gaza.
O número de mortos por inanição cresce continuamente desde que os EUA e Israel impuseram uma proibição absoluta à entrada de ajuda humanitária em março. Somente em 23 de julho, em um período de 24 horas, foram relatadas 15 mortes por fome. Quatro dessas vítimas eram crianças — entre elas, um bebê de seis semanas e um menino de 13 anos — ambos morreram dentro de instalações médicas.
As imagens e vídeos revelam crianças e bebês em pele e osso, vítimas da desnutrição e da falta total de alimentos. Um número ainda maior tem morrido em decorrência de diversas doenças, causadas pela extrema debilidade física provocada por quase dois anos de escassez alimentar, bombardeios constantes e a brutal ocupação promovida pelo regime sionista de Israel.
A ajuda humanitária proibida por Israel inclui leite infantil, medicamentos essenciais e outros suprimentos vitais à sobrevivência. Aqueles que tentaram entregar esses suprimentos — incluindo flotilhas vindas da Europa — foram interceptados, presos e deportados pelos EUA e Israel.
A fome imposta ao povo palestino ocorre em paralelo com assassinatos em massa nos “centros de ajuda” operados pela Gaza Humanitarian Foundation (GHF), uma organização ligada aos EUA e a Israel, à qual Israel concedeu autoridade exclusiva para distribuir ajuda. Segundo relatório do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, desde o início das operações da GHF, em 27 de maio, ao menos 766 palestinos foram mortos a tiros por soldados israelenses enquanto esperavam em filas para receber ajuda. A ONU e outras instituições internacionais qualificaram os apenas quatro centros da GHF como verdadeiros “matadouros humanos” e denunciaram a falta de organização, a natureza suspeita e a ausência de independência da fundação.
Atualmente, cerca de 88% de Gaza está sob controle dos EUA e de Israel. Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, entre 23 de outubro e 26 de julho, 59.733 palestinos foram mortos diretamente por bombas e tiros disparados pelas forças EUA-Israel. Além disso, 144.477 palestinos ficaram feridos. A maioria das vítimas são crianças e mulheres.
Do Ang Bayan
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