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Operários petroleiros levam a cabo greve nacional



A greve nacional iniciada pelos operários petroleiros, organizados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), foi um dos grandes marcos das lutas das massas trabalhadoras brasileiras no mês de março de 2021. O primeiro passo dado pela organização da greve ocorreu em 05 de março, no estado da Bahia. Ao longo dos próximos dias, petroleiros de diversos estados do país seguirão os exemplos de seus companheiros da Bahia e se colocarão também em greve.


Há uma série de razões que explicam por que os trabalhadores petroleiros aderiram massivamente à greve convocada pela FUP.


Em uma época na qual o Brasil ultrapassa a marca de 300 mil mortos pela Covid-19 e o sistema de saúde do país testemunha um colapso nacional, com diversos estados já registrando falta de oxigênio e a morte de centenas de pessoas à espera por leitos de unidade de tratamento intensivo, os sindicatos ligados à FUP têm registrado um alastramento crescente dos casos de infecção por Covid-19 nas refinarias e plataformas de petróleo do país. Na Refinaria Gabriel Passos, localizada no município de Betim – MG, por exemplo, mais de duzentos operários foram infectados por Covid-19 apenas no mês de março. Esse quadro de infecções galopantes tem sido agravado pelas aglomerações abusivas impostas pela direção da Petrobras nas paradas de manutenção, quando triplica a quantidade de operários que se amontoam no mesmo ambiente. Portanto, há uma reivindicação pelo cumprimento das normas sanitárias por parte da Petrobras.


A direção da Petrobras tem a intenção de privatizar a Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, para o fundo de investimentos Mubala Capital, dos Emirados Árabes Unidos. Há também a intenção de se privatizar a Petrobras Biocombustíveis. Os operários temem que, com a privatização, haja demissões massivas e perda de direitos. Portanto, a greve nacional possui uma reivindicação contra a entrega de ativos da Petrobras para o capital estrangeiro.


Em outros estados, pipocam denúncias de aumentos de acidentes de trabalho nas refinarias, plataformas de petróleo e outros locais de trabalho, além do crescimento do assédio moral por parte das gerências, que têm compelido os operários à ritmos abusivos de trabalho por conta da aposentadoria de muitos trabalhadores, sem que haja a contratação de novos contingentes para substituí-los. Ademais, não têm sido cumpridas diversas cláusulas de convenções coletivas de trabalho recentes. A greve nacional, portanto, representa a insatisfação da categoria petroleira com os baixos salários, as más condições de trabalho e o desrespeito que as gerências da Petrobras têm praticado. Há reivindicações pelo cumprimento das convenções coletivas, pela recomposição do quadro de funcionários e diversas outras.


Operários petroleiros encontram-se mobilizados nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Amazonas, e há ainda a perspectiva de que petroleiros de outros estados também se somem à greve. Recentemente, no município de São Mateus do Sul – PR, os operários da Usina de Xisto também entraram em greve por tempo indeterminado a partir de 26 de março, após uma série de reuniões e assembleias levadas a cabo na semana anterior.



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