"Resistir às Bases Militares dos EUA! Lutar pela Terra, Libertação, Soberania e Paz Justa! 'Yankees Go Home'!"
- NOVACULTURA.info
- há 2 dias
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No assim chamado “Dia Internacional da Paz” de 2025 proclamado pelas Nações Unidas dominadas pelos EUA, as organizações abaixo-assinadas condenam o ímpeto imperialista pela guerra, vivo hoje como sempre esteve, enquanto as instituições internacionais tentam apaziguar nossos chamados militantes por terra, libertação, soberania e uma paz que seja justa e duradoura. No Dia Internacional da Paz de 2025, reafirmamos nosso compromisso com a luta militante dos povos, a única força que de fato trará uma paz genuína ao mundo.
Os EUA comandam uma vasta infraestrutura militar global. Seus principais teatros estratégicos colocam forças contra rivais na Ásia e no Pacífico, no Oeste Asiático e no Leste Europeu, mas seu alcance ao mesmo tempo alimenta conflitos por procuração e esforços de contrainsurgência e mudança de regime em toda a África, América Latina e Caribe. Uma nova frente setentrional está surgindo à medida que bases são construídas na desolada natureza do Ártico. Além disso, o poder móvel dos porta-aviões e submarinos dos EUA transforma oceanos inteiros em zonas operacionais, enquanto bases aéreas terrestres, agora equipadas com plataformas de lançamento de foguetes, estendem essa militarização à última fronteira: o espaço.
As bases militares dos EUA funcionam como centros logísticos para preparar e travar guerras de agressão que matam, ferem e deslocam milhões, destruindo infraestruturas e ambientes que subjugam nações à pobreza e à miséria, tudo para garantir o controle estadunidense sobre terras e recursos. Receber essas bases arrasta diretamente os países para conflitos provocados pelos EUA e os submete à vigilância constante e à pressão imperialista. Soldados americanos estacionados no exterior cometeram abusos violentos, incluindo assassinatos extrajudiciais e estupros, enquanto as bases causam devastação ambiental e perturbam a vida civil. O acúmulo de resíduos tóxicos dessas bases torna impossível às comunidades vizinhas sustentarem seus meios de vida em meio a exercícios militares contínuos, aumento de tropas, violência e crime. Esses danos persistem com impunidade, já que acordos injustos com regimes fantoches blindam o pessoal dos EUA de qualquer responsabilização e negam justiça às vítimas.
Setecentos dias se passaram desde que a entidade sionista desencadeou sua guerra genocida contra a Faixa de Gaza. Essa guerra, sem precedentes em sua duração e brutalidade nos tempos modernos, é travada pelo que funciona, na prática, como uma vasta base militar dos EUA: a própria entidade sionista chamada de “israel”. Esse satélite serve como um instrumento em uma estratégia de guerra regional constante, preparando uma confrontação mais ampla com o Irã. Os EUA, através de sua extensa rede de instituições de procuração, forneceram apoio abrangente e inabalável — político, militar e financeiro — criticamente reforçado por seu poder diplomático internacional. Esse respaldo persistente deu poder à ocupação para perseguir seus objetivos e continuar seus crimes com impunidade: o deslocamento forçado de populações, a limpeza étnica sistemática e a destruição deliberada das bases da vida dentro da Faixa de Gaza.
Desde sua declarada “guinada para a Ásia” em 2012, os EUA aumentaram sua presença militar na região e tomaram todas as medidas para pintar a ascensão econômica, diplomática e militar da China como “agressiva”, fomentando uma nova mentalidade de Guerra Fria e preparando o apoio público para uma futura guerra. Essa movimentação foi acompanhada e justificada pela construção de novas bases militares, expansão das já existentes e pelo controle de fato sobre as bases de outras nações por meio dos chamados “acordos de cooperação”. Esses postos avançados militares dos EUA têm sido usados para apoiar jogos de guerra e exercícios militares que aterrorizam comunidades locais, destroem o meio ambiente, aumentam a violência contra mulheres locais e nativas, pressionam os recursos naturais e têm como objetivo provocar o mais poderoso rival dos EUA em uma guerra que seria a mais destrutiva da história humana.
Atualmente, os EUA estão realizando manobras militares provocativas na costa da Venezuela, chegando a executar mais de uma dúzia de civis em assassinatos a sangue frio por ataque de drones, alegando sem nenhuma prova que eram traficantes de drogas e assim chamados “terroristas”, uma estratégia ainda usada desde o nascimento da doutrina da “Guerra ao Terror” da era Bush. Para preparar a sua potencial invasão da Venezuela, os EUA utilizam suas bases militares em Porto Rico para posicionar tropas, apesar dos protestos em massa do povo porto-riquenho contra o uso de suas terras para a estratégia militar dos EUA, e apesar da firme determinação do povo venezuelano em resistir a uma invasão estadunidense por todos os meios necessários.
As bases dos EUA não são invencíveis. Apesar do poder coercitivo que projetam, comunidades estão se organizando e tomando ações diretas para resistir e expulsar esses postos avançados do imperialismo estadunidense. A resistência popular às bases militares dos EUA hoje dá continuidade a décadas de fúria contra esses símbolos de ocupação e a séculos de resistência inquebrantável ao colonialismo e neocolonialismo que o imperialismo dos EUA tenta desesperadamente manter. As mulheres desempenham um papel central na liderança de seus povos na luta militante contra assassinatos extrajudiciais, sequestros e os horrores da escravidão sexual que as tropas estrangeiras trazem para suas comunidades. Povos indígenas lutam ao longo de gerações por seu patrimônio nacional e para expulsar os ocupantes estrangeiros de suas terras e proteger o meio ambiente. Trabalhadores, camponeses, pescadores e todo o povo trabalhador unem-se para recuperar suas terras e meios de subsistência da devastação econômica, política e ambiental que a militarização imperialista impõe a suas comunidades. Os povos do mundo estão unidos em sua fúria e em sua justa luta contra o uso de suas nações como palcos para a guerra imperialista!
Uma luta sustentada e multifacetada, que vai desde a defesa legal até a confrontação militante, é essencial para derrotar a expansão das agressivas bases militares. Os povos lutam não apenas para limitar a militarização, mas porque unidos, podem fechar as bases. Movimentos de massas bloquearam novas bases na Coreia e no Japão e expulsaram as forças dos EUA da Baía de Subic e da Base Aérea de Clark nas Filipinas, da Marinha dos EUA em Vieques e Culebra (Porto Rico), pela recusa do Equador em renovar o arrendamento de uma base, e pela remoção recente de bases francesas e estadunidenses no Senegal, Chade, Burkina Faso, Mali e Níger. O Eixo da Resistência atacou bases estadunidenses e sionistas, provando que essas instalações são vulneráveis com o apoio popular. Acabar com o imperialismo dos EUA e seus aliados fascistas é crucial para deter permanentemente a violência das bases militares, e cada vitória fortalece o movimento para libertar as nações da guerra e do imperialismo liderados pelos EUA.
Apoiando-se nas lutas históricas contra as bases estadunidenses e alimentados pela fúria militante contra o genocídio EUA-sionista na Palestina, pelas ameaças dos EUA à Venezuela e pelas guerras imperialistas no mundo todo, as organizações abaixo-assinadas uniram-se às semanas globais de ação contra as bases militares dos EUA, de 14 a 30 de setembro de 2025.
Declaração Conjunta por Ocasião do Dia Internacional da Paz
Assinam:
Liga Internacional da Luta dos Povos (ILPS)
Comissão 1 da ILPS (sobre libertação nacional)
Comissão 4 da ILPS (sobre guerra e paz)
Resist US-Led War Movement (Resist)
Resist US-Led War Asia-Pacific Campaign (Resist AP)
Rede de Pesquisa Ásia-Pacífico (APRN)
Aliança Internacional de Mulheres (IWA)
BAYAN Filipinas
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