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Movimentos camponeses denunciam descaso do governo em meio a pandemia no Espírito Santo


Movimentos de camponeses na luta por Reforma Agrária lutam, além do direito básico a terra para quem nela trabalha, também para receber alimentos, por parte do poder público, no contexto de pandemia da COVID-19. Alguns municípios do estado do Espírito Santo passaram a destinar a verba – antes recebida para as merendas escolares do Ensino Fundamental – para as famílias das crianças em forma de cesta básica. Esse contexto se efetiva como um mecanismo compensatório para a própria ausência de programas emergenciais que garantam a manutenção da vida de milhões de brasileiros e brasileiras em um cenário onde se faz necessário o isolamento social como instrumento de controle do novo coronavírus. Porém, no município de Nova Venécia (ES) não encontramos a efetivação deste mecanismo compensatório.

Portanto, seguindo a própria linha de atuação do fascista Bolsonaro na gestão do velho Estado-latifundiário brasileiro, muitos municípios vêm deixando sua população mais empobrecida abandonadas a própria sorte. No município em questão, recebemos a denúncia de campesinos que, ao passo que a pandemia chegou ao Brasil, vem sofrendo com o processo de abandono social, levando as famílias acampadas a um nível significativo de marginalização e vulnerabilidade, levando essas pessoas a dependerem de iniciativas populares para auxílio com coisas básicas, como alimentação. Este contexto se mostra análogo a uma situação descrita no texto O espectro da fome, localizado na edição de 1984 do livro Geografia da fome de Josué de Castro, onde se analisa a propagação do Sarampo em algumas regiões do Brasil e de como, em localidades com altas taxas de desnutrição (sobretudo infantil), a taxa de mortalidade é significativamente maior. Isso nos leva a refletir sobre a divisão das responsabilidades pelas mortes no contexto da atual pandemia: Estado x Covid-19.

Pois bem, voltando ao caso de Nova Venécia, o fato é que as famílias que tenham crianças estudantes no Ensino Fundamental, sendo a sua maioria filhos de camponeses pobres e de famílias desempregadas, ficaram sem a cestas básicas proveniente do recurso da merenda escolar, atrelado ao PNAE (Plano Nacional de Alimentação Escolar), que poderia, assim como em outros municípios da região, ser destinado para este fim.

Ironicamente, após um superávit orçamentário de R$ 6.106.858,56, em 2019, e o acréscimo como crédito suplementar de R$ 148.892,31 destinados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o prefeito Mário Sérgio Lubiana (PSB) ignora a situação dessas famílias ao não destinar a verba prevista no orçamento referente a alimentação escolar para aquisição de cestas básicas. Assim, a barbárie vai tomando conta do país e os interesses das classes dominantes seguem defendidos com todas as forças pelo Estado reacionário brasileiro e suas representações farsescas.

Nós, do NOVACULTURA.info, nos solidarizamos ao campesinato da cidade de Nova Venécia e denunciamos a omissão da gestão patronal e coronelista de Mário Sérgio Lubiana, assim como apontamos o caráter farsesco da democracia burguesa no Brasil. Apontamos para emergência do avanço das lutas que garantam ao nosso povo condições dignas para viver e enfrentar a pandemia do Covid-19.

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