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"Imperialismo e coronavírus"


O planeta vive uma pandemia brutal, que nem a ciência nem a tecnologia moderna são capazes de conter. Pior ainda, em vez de contribuir e ajudar o mundo com seus recursos, seu enorme poderio militar, econômico, financeiro e tecnológico, o imperialismo norte-americano, com seu presidente a frente, por incrível que pareça, faz tudo ao contrário.

Primeiro e contra todas as advertências das instituições de saúde de seu país, ignorou a pandemia, e como seu par brasileiro, qualificou-a como uma simples gripe. Agora, diante das críticas que recebe todos os dias, afirma que adotou as medidas mais apropriadas.

Entretanto, antes de adotar alguma medida contra a pandemia, utilizou enormes recursos para intensificar os criminosos e desumanos bloqueios contra a Venezuela, Cuba, Irã e Coreia do Norte, mobilizando suas forças militares para executar manobras militares no mar do Caribe e ameaçando invadir Cuba e Venezuela.

Como na época do velho oeste, como um vulgar xerife, oferece milionárias recompensas para capturar o presidente venezuelano Nicolás Maduro.

O governo americano tem sido acusado de roubar ou pretender se apropriar de patentes de microbiologia e virologia de empresas e institutos alemães.

Autoridades do Uruguai denunciaram que pagaram adiantado pela aquisição de dez aparelhos de respiração a uma empresa norte-americana, mas a agência médica dos Estados Unidos (FEMA), por instruções presidenciais, cancelou o pedido, assinalando que vigora no país a total proibição de exportação de aparelhos e equipamentos de biossegurança, insumos, reagentes e medicamentos antivirais, no entanto, podem, sem nenhuma restrição, importar hidroxicloroquina da Índia, mais ainda, recebem ajuda e doações tanto da China como da Rússia justamente desses insumos, depois de impor a China uma guerra comercial sem precedentes, acusando-a de roubo de tecnologia e de políticas de anticoncorrência e impondo a Rússia um bloqueio junto a seus aliados da União Europeia.

Confisca respiradores e outros equipamentos pagando até o triplo de seu preço, tornando quase impossível que países pobres consigam tais equipamentos.

Trump anunciou a suspenção dos fundos norte-americanos à Organização Mundial da Saúde (OMS), porque esta assinalou a tardia e inapropriada tomada de decisões do governo norte-americano. Essa é a típica atitude soberba e irresponsável do mandachuva imperialista que, todavia, acredita que suas decisões e as de seu governo definem a sorte de todo o planeta.

Acusa veladamente a China, por meio de comentaristas e analistas, de ter comprado ou produzido e expandido o coronavírus. Para qualquer pessoa é inaceitável que um governo, mesmo sendo o mais incompetente – com exceção, claro, das conhecidas ações do hitlerismo, assassinando seus próprios soldados para justificar a agressão à Polônia; assim como a explosão dos navios e arranha-céus do imperialismo norte-americano, para justificar suas guerras de agressão –, planifique uma operação agressiva implantando um vírus letal no centro de seu próprio território.

Outra estupidez que circula nas redes, com base em declarações de pessoas do governo norte-americano, é de que a China haveria “comprado” ou pago a um cientista norte-americano para obter o coronavírus.

Não será a primeira nem a última vez que o imperialismo mente e inventa descaradamente para conseguir seus objetivos criminosos; entretanto, os tempos estão mudando com muita rapidez e muito em breve se conhecerá a verdade, que sairá a luz, inclusive pelas próprias agências norte-americanas, com seu já conhecido cinismo.

Agora, com a expansão da pandemia, pode-se perceber claramente a situação da América do Norte – governada por oligarquias imperialistas, que no passado se consideravam os “salvadores” e líderes do mundo –, que mostra sua desigualdade, injustiça e o desamparo de sua população mais pobre.

Nos Estados Unidos, até o dia de hoje (14/04/2020), registram-se 609.516 infectados, aproximadamente 30% dos infectados no mundo todo, com 26.059 mortos, mais de 20% das mortes em todo mundo, quase oito vezes mais que os mortos na China (3.400 mortes), que tem uma população quatro vezes maior, o que quer dizer que até agora por cada milhão de habitantes tem morrido 79 norte-americanos e dois chineses, além do que, na China, já não se registram mortes, ou quando se registram não passam de um digito por dia, nos Estados Unidos, morrem diariamente aproximadamente 2000 pessoas.

Somente em Nova Iorque, registraram-se até agora o dobro de mortes que em toda China. Os Estados Unidos ostentam o triste privilégio de ter o maior número de infectados e mortos no mundo, sendo que dois terços são latinos e negros, ou seja, a população mais pobre é a que mais morre.

Diante da situação, ao invés de agradecer a ajuda chinesa e russa, vários “especialistas” norte-americanos colocam em questão o número de infectados e mortos na China, na Venezuela e em Cuba. A China tem conseguido conter a pandemia em seu território, Cuba mostra números muito baixos, ambos, junto a Rússia, estão prestando ajuda médica, enviando insumos e equipamentos para Itália, Espanha, Iran e fazendo doações a muitos outros países, inclusive aos Estados Unidos e à Bolívia.

As dúvidas dos “especialistas” ianques são produto de sua total ignorância sobre os significados e resultados de políticas públicas de saúde e sanitárias universais e gratuitas (como acontece em Cuba e na Coréia do Norte). Não podem compreender números tão baixos de morte, porque a saúde, como tudo para eles, é um negócio, pensam somente no mercado e nos lucros que os interessam, em detrimento de seu próprio povo em circunstâncias como a pandemia do coronavírus.

Nós sim podemos duvidar dos números já alarmantes dos Estados Unidos, porque os que vivem nos túneis e debaixo de pontes em Nova Iorque e outras grandes cidades morrerão e morrem sem deixar registro algum, como aquelas milhares de crianças que, nos últimos dias, foram “libertadas” dos túneis onde viviam aglomeradas, doentes e em estado de inanição.

Assim está a situação nos Estados Unidos até agora, não sabemos se o pior já passou ou está por chegar.

A situação dos outros países imperialistas de segunda ordem tampouco é das melhores. Tanto o Reino Unido como a França, até hoje, pelo menos quadruplicaram e quintuplicaram respectivamente o número de mortes em relação à China, que tem uma população 20 vezes maior que cada uma delas.

A Alemanha registra até agora um número de mortes equivalente ao da China, mas com uma população 17 vezes menor.

Para cada 1 milhão de habitantes em seus países, têm morrido 383 espanhóis, 349 italianos, 224 franceses, 184 ingleses, 79 norte-americanos, 39 alemães, 2,4 chineses e 1,8 cubanos!

Por quê o capitalismo imperialista, com suas grandes empresas monopolistas e seu poderio econômico, tecnológico e financeiro, não tem conseguido deter o coronavírus ou ao menos mantê-lo num nível como na China ou em Cuba? Simplesmente porque administram seu poder, riqueza e tecnologia para o benefício de sua oligarquia e não para seus povos, muito menos para a humanidade, já que suas empresas, ao invés de entregar uma pequena parte de seus gigantescos lucros para enfrentar esta pandemia, utilizam-na para obter mais benefícios, exigindo resgates milionários, reduções de impostos e anunciando demissões em massa de trabalhadores.

Os países com governos socialistas ou simplesmente progressistas, com estados fortes e políticas públicas de saúde universais e gratuitas, pelo contrário, estão mostrando ao mundo inteiro que podem controlar esta pandemia e também ajudar solidariamente outros povos e outros países.

por Luis Alberto Echazú Alvarado, publicado no blog Maoístas Bolivianos

Nota dos editores: nem todas as posições expressas neste texto ou pelo autor condizem necessariamente e/ou integralmente com a linha política de nosso site ou da União Reconstrução Comunista.

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