FPLP: "Sobre a Grande Marcha do Retorno"
- NOVACULTURA.info
- 5 de abr. de 2018
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Mizher: "A Grande Marcha pelo Retorno é um referendo popular sobre os direitos e a resistência Palestina"
“No Dia da Terra, homenageamos os mártires que renascem hoje, nos protestos pelo retorno que aglutinou centenas de milhares de nosso povo na Faixa de Gaza. A Marcha pelo Retorno é um referendo popular para defender nossos direitos e condições, principalmente o direito ao retorno, que jamais pode ser barganhado ou vendido”, disse o Camarada Jamil Mizher, membro do Birô Político da Frente Popular de Libertação da Palestina, e dirigente de seu núcleo em Gaza. “Esse protesto frustra todas as apostas da ocupação em combater a unidade do povo palestino”.
Mizher fez suas observações enquanto participava com um grande número de dirigentes, quadros e membros da Frente na fronteira oriental de Gaza: “Nosso povo e suas ações ao longo da Faixa de Gaza hoje, com seu sangue e sacrifício, abriram uma nova etapa, confirmando sua adesão a seus plenos direitos nacionais, à resistência e Intifada e enfrentamento a todas as formas da agressão Sionista, do cerco e projetos liquidacionistas como o ‘acordo do século’”.
Ele enfatizou que a Grande Marcha do Retorno não se encerra hoje mas é um programa ininterrupto de atividades que irão escalar no aniversário da Nakba no 15 de Maio: “Hoje, nosso povo demonstrou ser enérgico, disposto ao sacrifício, unido e capaz de derrotar todos os complôs contra os direitos e princípios palestinos. Esse é um grande evento que exige de todos nós que priorizemos o supremo interesse nacional acima de todas as considerações sectárias, estreitas e que cheguemos ao nível do sacrifício e grandeza encorpado pelas massas palestinas”.
Além disso, Mizher disse que o povo palestino estava unido hoje no enfrentamento a todos as iniciativas de negar seus direitos, incluindo o “Acordo do Século”, a declaração de transferência da embaixada americana para Jerusalém e ataque aos direitos dos refugiados. As Marchas pelo Retorno impõem uma nova equação na ocupação e na comunidade internacional e deixa claro que o povo palestino nunca irá abandonar seus direitos e irá enfrentar de forma decidida todas essas tentativas.
“O ataque criminoso dos soldados Sionistas contra os Palestinos hoje na Marcha do Retorno é prova do estado de calamidade que perdurou por vários dias e de sua completa incapacidade de quebrar a vontade de resistência e perseverança entre o povo palestino que estava em seus milhares no dia de hoje”, disse Mizher.
“Esse cenário nacional unificado de hoje reflete a garra do povo palestino e seu vínculo com sua terra, a terra de seus ancestrais por gerações. Essa é a verdadeira expressão da vontade de nosso povo... o meio mais eficaz de reestabelecer a unidade nacional e o rearranjo da terra palestina é confrontando a ocupação”, notou Mizher.
Ele concluiu saudando as massas palestinas em sua terra-natal e no exílio, principalmente aquelas na Palestina ocupada de 48, que hoje comemoram o aniversário do Dia da Terra, junto de seu povo na Faixa de Gaza, confirmando para o invasor que todos os Palestinos estão unidos e firmemente enraizados em sua terra.
Da Frente Popular de Libertação da Palestina
Tradução de Gabriel Duccini
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