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Federação Única dos Petroleiros (FUP) desmobiliza greve mesmo sem avanços


Desde o golpe aplicado em conjunto pelas diretorias da FUP (Federação Única dos Petroleiros) e Petrobras, os petroleiros de todo o sistema Petrobras por todo o país tem aprovado o fim da greve, base a base. Ainda que, inicialmente, tenha havido um movimento de resistência contra o entreguismo da federação, com importantes bases da própria FUP, como o Norte Fluminense e Minas Gerias, rejeitando o indicativo de suspensão de greve.


Entretanto, desde o momento que a proposta de suspensão da greve foi feita, mesmo sem garantir nenhum avanço claro para a categoria, muito menos discutir seriamente os desinvestimentos (privatizações) da empresa, houve forte pressão por parte das direções sindicais para que os trabalhadores acatassem o indicativo da federação. Dentre as bases da FUP que haviam inicialmente mantido a greve (Norte Fluminense, Duque de Caxias, Espírito Santo, Minas Gerais e Ceará/Piauí), hoje (21) apenas no Espírito Santo ela continua.


Uma grande derrota se deu com a suspensão do movimento no Norte Fluminense, em assembleia realizada ontem. Foram 556 votos pelo indicativo da FUP e 255 contrários, além de 16 abstenções.


Diante do revés no Norte Fluminense, a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), que até então vinha defendendo a manutenção da greve, mudou de postura e propôs um indicativo de suspensão do movimento, que deve ser acatado nos próximos dias nos sete sindicatos que controla.


Ambas as federações reclamam a vitória da greve que afirmam terem construído. Dizem terem garantidos "avanços históricos" aos trabalhadores. Ainda que, na pratica, e como eles próprios admitem (comprovando seu cinismo ao falarem em ''avanços''), tenham somente conseguido a ''manutenção de direitos históricos'' dos petroleiros. Mesmo que essa própria manutenção seja também um engodo: Como as privatizações seguem nos planos da empresa, a perspectiva para os próximos anos é de demissões, aumento da terceirização, além da precarização das condições de trabalho.


Para que não se duvide que a atual gestão da Petrobras não abandonou nem um pouco suas sanhas privatistas, ao contrário do que tem pregado cinicamente a FUP, foi noticiado que o diretor financeiro da empresa, Ivan Monteiro, iniciou nessa semana uma viagem por vários países (incluso México, Estados Unidos e Canadá) para ''buscar parceiros para venda de ativos, como a de parte da BR Distribuidora'' (ver aqui).


Fica posto à luz do dia, portanto, o oportunismo destas ''lideranças'' sindicais, que deixaram a categoria e nossa principal empresa estatal completamente à deriva das vontades do mercado. Evidencia-se a urgência da construção de novos instrumentos de luta para a classe trabalhadora que, traição após traição, segue aumentando sua impaciência e rechaço contra o oportunismo que se instalou no seio do movimento operário.

por Guilherme Nogueira

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