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"Parar a guerra proxy imperialista no Sudão!"

  • Foto do escritor: NOVACULTURA.info
    NOVACULTURA.info
  • 17 de nov.
  • 4 min de leitura
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A Liga Internacional da Luta dos Povos (ILPS) condena a tentativa imperialista de dividir o Sudão por meio de uma guerra proxy genocida que colocou facções rivais umas contra as outras por nenhuma outra razão além de garantir acesso a minerais, rotas de transporte e influência política ao longo do Mar Vermelho e da África Oriental. O povo sudanês enfrentou muitos anos de guerra brutal e aspira a uma paz justa e duradoura. Os povos do mundo devem se unir em solidariedade com eles e expor a natureza imperialista da guerra no Sudão para que o próprio sistema possa ser enfrentado e mudado.

 

A corrida imperialista pelo Sudão reflete métodos anteriores de fragmentar países para obter influência política e acesso a mercados e matérias-primas. Os EUA e a OTAN trabalharam para desestabilizar e desmembrar a Iugoslávia nos anos 1990, aproveitando-se de uma Rússia enfraquecida e dos países do Bloco Oriental após a queda da União Soviética. Os EUA fariam o mesmo com o Iraque e, mais recentemente, com a Líbia e a Síria, invadindo esses países e depois apoiando várias facções beligerantes para mantê-los desestabilizados e fáceis de manipular politicamente. Isso já aconteceu no Sudão quando os EUA apoiaram a violenta secessão de 2013 do Sudão do Sul, que arrancou mais de 25% do território do país e manteve ambos os países atolados em guerra civil.

 

Isso mostra que os imperialistas estão levando a cabo um plano semelhante de partição dos países africanos da mesma forma que estão tentando dividir e fragmentar os países do mundo árabe. Estabelecer Estados fragmentados com guerras internas em toda a região é o objetivo final, de modo que “Israel” seja a única grande potência controlando a região e todos os recursos naturais. A guerra no Sudão, junto com a guerra na República Democrática do Congo, o genocídio em Gaza, a mudança de regime e a fragmentação do Iraque, Síria, Líbia e Líbano nos últimos anos, e a agressão contra o Iêmen e o Irã, fazem todos parte da mesma campanha imperialista para dividir e esmagar a resistência dos povos nas regiões da Ásia Ocidental e da África.

 

Mais de 150 mil pessoas foram mortas no Sudão desde que a guerra começou entre as Forças Armadas Sudanesas (SAF), lideradas pelo General Abdel Fattah al-Burhan, e as Forças de Apoio Rápido (RSF), de Muhammad Hamdan Dagalo Musa “Hemedti”. A guerra destruiu muitas cidades e aldeias, pulverizou e deslocou milhões de pessoas, e criou uma das mais severas fomes do mundo, semelhante a fome forçada contra os palestinos pela ocupação sionista. 25 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar aguda, enquanto mais de 14 milhões são deslocadas internas.

 

Desde a recente captura de El-Fasher pelas Forças de Apoio Rápido, ao menos 2 mil civis foram sumariamente massacrados, enquanto o estupro em massa de mulheres tem sido utilizado como ferramenta patriarcal de guerra, incentivado nos mais altos níveis de comando. Mais de 25 mil pessoas fugiram de El-Fasher desde então.

 

Após a insurreição popular que derrubou o ex-presidente Omar al-Bashir, al-Burhan e Hemedti, que anteriormente serviram juntos sob Bashir, iniciaram uma guerra sangrenta por influência política, levando ao conflito que explodiu completamente em 2023. Os EUA, que por anos tentaram derrubar Bashir para tomar a costa estratégica do Mar Vermelho do Sudão e suas muitas reservas minerais, agora jogam com cautela enquanto seus aliados e proxies mantêm o conflito alimentado de ambos os lados. Basta observar a miríade de forças envolvidas para ver as impressões digitais do imperialismo estadunidense em toda a crise no Sudão.

 

Os Emirados Árabes Unidos (EAU), um fantoche disposto dos EUA na região do Golfo, emergiram como principal apoiador das Forças de Apoio Rápido, fornecendo armas, veículos e apoio financeiro. As áreas controladas pelas Forças de Apoio Rápido no Sudão contêm algumas das mais ricas reservas de ouro do país, que os Emirados Árabes Unidos então contrabandeiam para Abu Dhabi através do mercado negro e vendem abertamente a compradores estrangeiros como o maior mercado de ouro do mundo.

 

Agentes do Mossad sionista também aconselharam líderes das Forças de Apoio Rápido. Isso ocorre porque têm sido usadas pelos Emirados Árabes Unidos como paramilitares no Iêmen, lutando para derrubar o governo Ansar Allah. Dessa forma, o envolvimento da entidade sionista na guerra do Sudão tem sido um meio de alimentar sua própria guerra proxy no Iêmen contra o Eixo da Resistência.

 

Enquanto isso, as SAF têm sido apoiadas por aliados dos EUA como Egito, Turquia e até mesmo a Ucrânia, até que a Rússia passou a apoiar as SAF. Isso expõe a cumplicidade dos EUA em apoiar ambos os lados por meio dos interesses políticos e econômicos conflitantes de seus proxies regionais.

 

Muitos países da África Subsaariana também estão envolvidos na guerra, com Chade, Quênia e Etiópia apoiando as Forças de Apoio Rápido, espelhando os muitos países africanos que apoiaram lados diferentes na Segunda Guerra do Congo, uma das mais brutais guerras proxy da história, às vezes chamada de “Guerra Mundial Africana”.

 

Os EUA escolheram permitir que seus fantoches na região puxem as cordas da guerra no Sudão, a fim de lucrar com a venda de armas para ambos os lados e na esperança de que seus rivais, como Rússia e Irã, possam ser enfraquecidos pela instabilidade regional. É necessário compreender que os EUA são o principal responsável pela crise no Sudão e pelos níveis genocidas de violência e devastação infligidos ao povo do país.

 

Diante da terrível crise enfrentada pelo povo sudanês, a ILPS se une aos povos amantes da liberdade em todo o mundo para exigir ação urgente para deter as mortes em massa e a fome forçada que colocam milhões em risco. Os povos devem exigir a interrupção imediata dos bloqueios de alimentos, remédios e combustível impostos por ambos os lados, que violam o direito internacional e estão levando a muitas mortes evitáveis.

 

Em última análise, a Liga conclama a aumentar a ação militante para expor e se opor às maquinações do imperialismo estadunidense na guerra proxy do Sudão, e para que todos os apoiadores estrangeiros da guerra sejam confrontados de modo que suas tentativas de dividir o Sudão se tornem inviáveis. Somente enfrentando o próprio sistema imperialista, especialmente enfrentando os governos fantoches do imperialismo que atuam voluntariamente em seu nome, veremos o fim da guerra, do genocídio e da pilhagem contra os quais o povo luta tão heroicamente até hoje.

 

Liga Internacional da Luta dos Povos (ILPS)

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