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"Honrar e defender o legado de Ka Louie Jalandoni: bastião da paz, revolucionário!"

  • Foto do escritor: NOVACULTURA.info
    NOVACULTURA.info
  • 16 de jun.
  • 4 min de leitura

 

Em reconhecimento à sua dedicação e contribuições ao longo da vida para a revolução democrática popular, o Comitê Central do Partido Comunista das Filipinas confere suas mais altas honras a Ka Louie Jalandoni. Suas contribuições para a construção e fortalecimento do Partido e da Frente Democrática Nacional, bem como para a condução da revolução democrática popular, principalmente através da luta armada, assim como outras formas de luta, inclusive por meio das negociações de paz, são indeléveis.

 

Ka Louie faleceu hoje. Ele tinha 90 anos.

 

Ka Louie viveu uma vida nada menos que extraordinária. Ele nasceu em uma família de grandes proprietários de terra e barões do açúcar na Ilha de Negros, em 26 de fevereiro de 1935. Apesar do conforto e dos privilégios em que nasceu, Ka Louie desenvolveu uma profunda consciência política através de sua imersão na vida e nas lutas dos trabalhadores do açúcar que labutavam incessantemente nos canaviais de Negros.

 

Ele levou a sério o princípio da “opção preferencial pelos pobres” como guia para sua vida. Como ex-padre católico, participou do programa “Igreja para os Barrios”, liderando iniciativas em comunidades rurais negligenciadas e conhecendo em primeira mão as duras realidades da pobreza, da exploração e da repressão estatal. Seu trabalho entre as massas o transformou e aprofundou sua determinação de agir não apenas como pastor da fé, mas como servidor da revolução.

 

Em 17 de fevereiro de 1972, Ka Louie teve um papel fundamental na fundação dos Cristãos pela Libertação Nacional (CNL), ao organizar trabalhadores religiosos de mentalidade progressista como ele para resistirem ao terror fascista do regime ditatorial de Marcos Sr. Na assembleia de fundação, tanto Ka Louie quanto sua esposa, Ka Coni, foram eleitos para o Comitê Executivo Nacional. No mês seguinte, em março de 1972, Ka Louie ingressou no Partido Comunista das Filipinas. O Cristãos pela Libertação Nacional viria a se tornar uma das organizações aliadas fundadoras da Frente Democrática Nacional das Filipinas em 1973.

 

Quando Ferdinand Marcos declarou a lei marcial, Ka Louie entrou na clandestinidade em desafio à ditadura fascista. Ele e Ka Coni foram presos em 1973 e detidos no Forte Bonifacio. Lá, Ka Louie foi mantido por quase um ano em uma cela escura e sem janelas com seis ou sete outras pessoas. Uma onda de protestos e campanhas de grupos religiosos e organizações internacionais de direitos humanos forçou o regime Marcos a libertá-los em julho de 1974.

 

Ka Louie retomou o trabalho revolucionário após sua libertação. Em 1975, ajudou a organizar e coordenar a histórica greve dos trabalhadores da La Tondeña, em Manila – a primeira grande greve operária sob o regime marcial. A greve rompeu de forma decisiva o clima de medo imposto pela lei marcial e marcou o ressurgimento de uma série de lutas de massas e manifestações em larga escala durante o final da década de 1970 e início da década de 1980.

 

Em 1976, Ka Louie foi para o exterior liderar o trabalho de relações internacionais do Partido e denunciar os crimes brutais da ditadura de Marcos. Devido a ameaças contra suas vidas e à certeza de perseguição caso retornassem às Filipinas, Ka Louie e Ka Coni buscaram e receberam asilo político nos Países Baixos – tornando-se os primeiros filipinos a fazê-lo. Do exílio, Ka Louie trabalhou incansavelmente para construir apoio à revolução filipina.

 

Em julho de 1977, Ka Louie foi formalmente designado como Representante Internacional da Frente Democrática Nacional das Filipinas. Ele teve papel vital na construção do Escritório Internacional em Utrecht e na organização do apoio global à resistência do povo filipino contra a ditadura EUA-Marcos. Foi um dos principais organizadores do Tribunal Permanente dos Povos sobre as Filipinas, em 1980, que expôs as graves violações dos direitos humanos pelo regime e reconheceu a Frente Democrática Nacional das Filipinas como representante genuíno do povo filipino.

 

Como principal representante internacional da Frente Democrática Nacional das Filipinas, Ka Louie desempenhou um trabalho proto-diplomático e estabeleceu relações com governos estrangeiros, agências internacionais, grupos de solidariedade, movimentos e partidos revolucionários ao redor do mundo. Ele ajudou a amplificar a voz do povo filipino ao articular a justa causa do movimento revolucionário.

 

Em 1989, Ka Louie foi designado negociador-chefe da Frente Democrática Nacional das Filipinas nas negociações de paz com o Governo da República das Filipinas. Nessa função, ele exemplificou o firme compromisso do movimento revolucionário com a conquista de uma paz justa e duradoura – uma que enfrente as raízes do conflito armado: a falta de terra, a pobreza e a dominação estrangeira. Através de incontáveis rodadas de negociações, Ka Louie permaneceu firmemente como um pilar de integridade e determinação revolucionária, sempre colocando as massas filipinas no centro do processo.

 

Expressamos nossa mais profunda gratidão a Ka Louie Jalandoni por dedicar sua vida ao povo filipino, à Frente Democrática Nacional e ao Partido Comunista das Filipinas. Vamos eternamente valorizar as imensas contribuições que ele fez para o avanço da luta do povo por libertação nacional e social. Ao chorarmos sua partida, reafirmamos com firmeza nosso compromisso de levar adiante seu legado de serviço abnegado, humildade sem limites, integridade revolucionária e dedicação à revolução democrática popular até a vitória final.

 

Viva a memória de Ka Louie Jalandoni!

Levantemos e continuemos seu grandioso legado revolucionário!

 

Do Ang Bayan

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