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A revolta da juventude francesa contra o Estado racista



O Estado francês sob a gerência de Emmanuel Macron segue manifestando seu caráter racista e fascista na repressão sob a justa revolta do seu povo, que vem tomando as ruas do país há anos para lutar contra as medidas neoliberais impostas pelo governo, com a Reforma da Previdência que atropelou até mesmo a fachada “democrática” do parlamento, e pela crônica violência da repressão das forças policiais.


Mais uma vez a raiva dos franceses e francesas explodiu após um policial atirar à queima-roupa em Nahel M, de 17 anos, em 27 de junho em Nanterre, na capital Paris. No vídeo denúncia feito por uma testemunha, um policial é visto parando Nahel, um jovem de ascendência argelina e marroquina, dirigindo seu carro e após uma breve conversa, Nahel ligou o carro e foi baleado, vindo a falecer com ferimentos de bala no peito e no braço esquerdo.


A polícia francesa tentou encobrir mais este crime alegando que Nahel tentou matar o policial. A mentira provocou a ira de sua comunidade e de outros setores do país, que acreditam que sem o vídeo da testemunha a polícia mais uma vez iria divulgar sua versão do ocorrido para encobertar seu caráter criminoso e discriminatório.


Como resultado de mais este caso, a raiva acumulada por décadas de muitos franceses diante do racismo arraigado, da brutalidade policial e do fascismo do Estado francês explodiu. Os manifestantes descrevem o governo Macron como “flutuando na realidade” diante dos fatos que demonstram a justa insatisfação dos cidadãos franceses.


O assassinato de Nahel agora está sendo comparado ao assassinato de George Floyd por policiais que impulsionou o movimento Black Lives Matter nos Estados Unidos. A última vez que houve um surto semelhante na França foi em 2005, quando dois jovens foram eletrocutados após serem perseguidos pela polícia.


Os protestos mais recentes começaram em Nanterre, onde a maioria dos moradores são da classe operária. Nos dias seguintes, o número de manifestantes em Nanterre aumentou e começou a se espalhar por Paris e outras grandes cidades do país. Eles atearam fogo em carros, shoppings, mercearias e bancos. Os danos materiais são estimados em US$ 109 milhões.


A raiva profunda e intensa dos franceses, especialmente dos jovens, foi recebida com violência pelo governo Macron, como nas ocasiões anteriores. Mais 45 mil policiais e forças especiais em veículos blindados e helicópteros foram mobilizados nas comunidades de Nanterre e outras áreas de Paris, bem como em Marselha, Nice e Estrasburgo.


Algumas centenas de milhares de manifestantes foram detidos pelas forças repressivas. Autoridades locais proibiram protestos, interromperam trens noturnos e impuseram toque de recolher.


Contudo, os protestos contra a brutalidade policial seguem. No sábado em Paris, Youssouf Traoré foi agredido e detido em uma manifestação em memória de seu irmão Adama, um garoto de 24 anos de origem malinesa que foi assassinado em uma delegacia após sua prisão em julho de 2016. De acordo com o médico que o atendeu, o empurrão desferido por um policial durante sua detenção causou fratura no nariz, trauma cranioencefálico com contusão ocular, contusões torácicas, abdominais e lombares.


Mais uma vez o governo Macron e sua polícia comprovam com suas ações que a insatisfação e a revolta dos franceses se justifica.

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