"Um grito de guerra para todos os tempos"
- NOVACULTURA.info
- 5 de dez. de 2022
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“Aqui ninguém se rende!”. Aquele grito de guerra, que mais uma vez levantou a moral dos rebeldes, foi depois multiplicado na luta histórica de um povo.
Quando as convicções estão profundas nos sentimentos dos homens justos e o anseio por uma pátria corre em suas veias, não há perigos que intimidem seu espírito.
Só assim se pode compreender a enorme vontade daqueles 82 expedicionários liderados por Fidel, que apenas três dias depois do pouso acidental em Los Cayuelos – e depois de uma caminhada lenta e cansativa – tornariam gigantesca a epopeia do Granma com seu batismo de fogo em 5 de dezembro de 1956.
Naquele dia, o cenário estava se movendo. Em uma floresta esparsa e inóspita no lugar conhecido como Alegría de Pío, no atual município de Niquero em Granma, os rebeldes inexperientes tentaram aliviar o cansaço, a sede, a fome e os ferimentos nos pés antes de seguir em direção à Sierra Maestra.
Ao entardecer daquele dia, por volta das 16h30, um tiro quebrou o silêncio, e em poucos segundos houve um “furacão de balas” acompanhado de uma “chuva de fogo”, provocada pela aeronave inimiga, que pegou os guerrilheiros de surpresa.
A confusão causou a divisão das tropas em 28 grupos, e com a dispersão veio o primeiro revés para o nascente Exército Rebelde. Também ali, na terra amada, foi derramado o sangue corajoso dos primeiros mártires: Humberto Lamothe Coronado, Carlos Israel Cabrera Rodríguez e Oscar Rodríguez Delgado.
Porém, em meio ao tiroteio e antes do chamado dos militares de Batista à rendição, um grito reafirmaria a decisão dos revolucionários de lutar: “Aqui ninguém se rende!”.
Aquele grito de guerra, que mais uma vez levantou o moral dos rebeldes, multiplicou-se depois na luta histórica de um povo que, face às circunstâncias mais adversas e às ameaças de toda a ordem, continuou a exaltar aquela resolução irrevogável de não se render.
Do Granma
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