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Justiça para Ênio Pasqualin!



Ênio Pasqualin, alto dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) do estado do Paraná, foi executado na noite de 24 de outubro de 2020 nas proximidades do assentamento Irene Alves dos Santos, município de Rio Bonito do Iguaçu (PR). Após ter sido sequestrado por pistoleiros em sua própria casa, no assentamento, levaram-no para um local das proximidades e o alvejaram a sangue frio.


O companheiro Ênio se engajou na luta antifeudal no ano de 1996, quando o MST conduziu a ocupação do latifúndio Giacomet Marodin, pertencente à atual empresa madeireira Araupel, no mesmo município de Rio Bonito do Iguaçu. A luta foi vitoriosa, e Ênio e sua família receberam um lote de terra para cultivar, tornando-se camponeses proprietários. Porém, mesmo tendo conquistado sua própria terra, Ênio jamais abandonou a luta, e auxiliou na condução de muitas outras ocupações de terras e na formação de cooperativas e associações camponesas.


Nos últimos anos, Ênio estava engajado na luta pela realização da reforma agrária sobre as terras griladas da empresa madeireira Araupel, município de Quedas do Iguaçu (PR, onde desde 2014 vivem 1,5 mil famílias camponesas sem-terra no acampamento Dom Tomás Balduíno, um dos maiores e melhor organizados acampamentos de lavradores despossuídos de nosso país, formado em grande parte por uma nova geração de camponeses cujos pais, décadas atrás, assumiam a vanguarda da luta pela terra e pela realização de uma verdadeira reforma agrária no estado do Paraná. É uma luta que diz respeito aos interesses democráticos e nacionais das massas trabalhadoras brasileiras.


O conflito agrário que se desenvolve nas terras griladas pela grande empresa madeireira Araupel mostra o quão obstinadas são as classes dominantes em manter seu domínio parasitário sobre a terra, nem que para isso tenham que tirar a vida de trabalhadores honestos. O companheiro Ênio Pasqualin é o terceiro militante envolvido na luta pela terra em Quedas do Iguaçu que terminou assassinado. No ano de 2016, os companheiros Leonir Orback e Vilmar Bordim, ambos militantes do MST, foram executados em uma emboscada conduzida pela Polícia Militar em uma das estradas que dava acesso ao acampamento Dom Tomás Balduíno. A emboscada também deixou outros sete militantes gravemente feridos: a caminhonete onde estavam os companheiros sofreu mais de trinta disparos.


Infelizmente, a execução do companheiro Ênio repercutiu relativamente pouco no seio dos setores democráticos e progressistas brasileiros. Em um momento no qual muitos estão embebedados com o atual processo eleitoral, denunciar as arbitrariedades conduzidas pelos mandantes reacionários é uma tarefa, sem sombra de dúvidas, muito mais importante.


Justiça para Ênio Pasqualin! Cadeia para os assassinos e mandantes!


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