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Paramilitares atacam povo Guarani Kaiowá no MS


Os últimos meses têm testemunhado enorme intensificação da violência contra os povos originários do Mato Grosso do Sul. O aumento da fome, dos assassinatos e das ameaças atestam o total abandono destes povos por parte do governo federal e autoridades locais.

Na última segunda feira (22), um grupo de cerca de 60 indígenas Guarani Kaiowá retomaram parte de seu território tradicional reivindicado, a aldeia Kurusu Ambá, tomada pela Fazenda Madama. A aldeia, palco do assassinato de dezenas de lideranças dos povos originários, como o da matriarca de 70 anos de idade, Xurite Lopes, no ano de 2007, retoma sua tradição de novo palco de massacres das minorias nacionais. Apenas dois dias após erguerem o acampamento na aldeia, cerca de 30 pistoleiros organizados de maneira paramilitar começaram a disparar contra os indígenas, incendiando barracos e roubando pertences. O ataque contra a aldeia, ordenado por Aguinaldo, arrendatário da Fazenda Madama, foi realizado com total conivência da polícia local: segundo os Guarani-Kaiowá que participaram da retomada, policiais uniformizados estavam nos locais de onde partiram os disparos dos pistoleiros.

Os cerca de 60 indígenas que participaram da retomada se dispersaram, e cerca de dois foram feridos. Da fuga, duas crianças, J. M., de 11 anos, e D. P., de 10 anos, desapareceram e até agora não foram encontradas.

Junto com a conivência da polícia com o ataque efetuado contra os Guarani-Kaiowá, pistoleiros e fazendeiros realizaram também ameaças contra dois agentes da Funai encarregados de proteção e denúncia às violências contra os indígenas locais. Uma enorme crise política e social já está estalada na região sul do Mato Grosso do Sul.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que visitou os locais onde estalaram os ataques dos grupos paramilitares contra os Guarani-Kaiowá, alerta que novos ataques destes grupos podem vir a ocorrer nos próximos dias. Na mesma segunda feira, mais famílias indígenas retomaram territórios tradicionais da antiga aldeia Guaivyry. Segundo indígenas que participaram destas retomadas, homens armados permanecem em tocaia em fazendas próximas aos acampamentos erguidos em terras retomadas.


por Alexandre Rosendo

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