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"Viremos a Maré! Trabalhadores, uni-vos e lutai contra o Imperialismo!"

  • Foto do escritor: NOVACULTURA.info
    NOVACULTURA.info
  • 2 de mai.
  • 5 min de leitura

A Liga Internacional da Luta dos Povos (ILPS) se solidariza com todos os trabalhadores do mundo na celebração do Dia Internacional dos Trabalhadores e do espírito revolucionário do proletariado. Embora as condições enfrentadas pelos trabalhadores em todo o mundo hoje sejam devastadoras, o legado do Primeiro de Maio está sendo retomado pela classe trabalhadora para lutar contra o sistema do capitalismo e do imperialismo de uma vez por todas!

 

Após dias de labuta que os moem até o pó, os trabalhadores enfrentam estradas esburacadas a caminho de suas casas. São recebidos por tetos e paredes desgastados, e no centro da casa, uma mesa de jantar vazia aguarda as famílias trabalhadoras ao redor do mundo. A atual crise econômica atinge duramente todas as famílias trabalhadoras!

 

As famílias africanas enfrentam uma inflação de dois dígitos, com a média estimada no continente em 16%, mas chegando a mais de 38% no Burundi, enquanto na Nigéria gira em torno de 24%. Os salários não conseguem acompanhar a inflação – resultado planejado das imposições imperialistas e seus colaboradores da burguesia nacional. Os trabalhadores no Quênia receberam um aumento salarial de 6%, equivalente a apenas 60 dólares (7.997 xelins quenianos) por mês. Qualquer aumento salarial é anulado pela inflação galopante no continente.

 

Na Ásia e no Pacífico, a maioria dos trabalhadores está em empregos informais – quase 90% dos milhões de trabalhadores no Sul da Ásia atuam sob essas condições. Recebem migalhas como salário – muitas vezes atrasado ou sequer pago – enquanto os patrões são corpulentos e gananciosos, e novos bilionários surgem toda semana. O trabalho precário, devido à insegurança no emprego e às condições perigosas, é a norma; os trabalhadores frequentemente voltam para casa feridos – ou em um caixão.

 

Os trabalhadores da América Latina e do Caribe estão sufocados, enquanto a economia da região permanece atolada em dívidas. A dívida regional subiu de 58% do PIB em 2019 para mais de 70% em 2020. A dívida da Argentina ultrapassa 100% do PIB, e a inflação chegou a 143% em 2023. Desde 2020, Equador e Suriname entraram em calote. Em vez de ser baseada na indústria e na manufatura, estima-se que 80% da riqueza da região esteja concentrada nas mãos de poucos latifundiários e magnatas do setor imobiliário.

 

O povo trabalhador dos países ricos não está em situação melhor. Nos Estados Unidos, os trabalhadores recebem em média 45 mil dólares por ano, enquanto o custo anual de vida para uma família de quatro pessoas é estimado em 76.800 dólares. No Canadá, o salário médio anual gira em torno de 59 mil dólares canadenses, enquanto o custo de vida é de cerca de 72 mil. Na União Europeia, o salário mínimo mensal bruto varia de €551 na Bulgária a €2.638 em Luxemburgo, enquanto o custo de vida para uma família de quatro pessoas na Bulgária é estimado em cerca de €2.100.

 

A miséria e a privação dos trabalhadores são a base da riqueza da elite global. Do sangue, suor e lágrimas do povo trabalhador surgem os bilionários e seus portfólios corporativos trilionários, que multiplicam seus lucros às custas de cada família trabalhadora. Em 2025, os bilionários acrescentaram, em apenas um ano, mais 2 trilhões de dólares à sua riqueza, alcançando um total de 161 trilhões de dólares nas mãos de 3 mil bilionários globais. O ritmo da acumulação de lucros é tão obsceno que, em poucos anos, o povo trabalhador poderá ter que enfrentar os primeiros trilionários do mundo.

 

Mas a crise e a exploração não quebrarão a espinha do povo trabalhador. Não estamos condenados à pobreza e à exploração – mentiras espalhadas por apologistas que dizem que estamos no “fim da história” e que não há alternativa além da miséria atual.

 

Quando Ladi Anzaki Olubunmi, uma trabalhadora de aplicativo, foi encontrada morta em seu apartamento em Nairóbi, Quênia, em 7 de março de 2025, houve uma condenação imediata por parte de seus colegas de trabalho. Eles exigiram não apenas justiça por sua morte, mas uma mudança sistêmica na forma como os trabalhadores de plataformas é tratada pelas grandes empresas.

 

Quando a NEXPERIA Filipinas, uma empresa de propriedade chinesa, se recusou a negociar coletivamente e demitiu centenas de trabalhadores – incluindo dirigentes sindicais – os trabalhadores se organizaram para reagir. Prepararam-se para paralisar as atividades, conscientizaram os colegas e entraram em greve. Foram necessários quatro dias de paralisação para forçar a empresa a voltar às negociações, com a reintegração de dois dos líderes sindicais demitidos e outras conquistas.

 

Quando os dirigentes do Sindicato Independente de Trabalhadores e Trabalhadoras do Governo do Estado (SITTGE), no México, iniciaram uma “guerra suja” contra o sindicato – com demissões arbitrárias, pressões para renúncia à filiação, campanhas de difamação contra a liderança e retenção de pelo menos 140 milhões de pesos mexicanos em salários e benefícios – os trabalhadores não ficaram parados. Organizaram ações, buscaram apoio de outras organizações e resistiram aos ataques. Grupos como a Coordenadora do Movimento Amplo Popular (CMAP) e outros aliados montaram um acampamento de solidariedade em frente aos escritórios do governo em San Luis Potosí.

 

Quando os patrões nos EUA tentaram atacar os empregos e salários dos trabalhadores portuários, 50 mil deles exigiram melhores salários e segurança no emprego e responderam com uma greve. Quando patrões e governos da União Europeia quiseram cortar salários e benefícios, trabalhadores do transporte da França, Itália e Espanha também cruzaram os braços. Trabalhadores da limpeza e professores no Reino Unido estão em greve por melhores condições, defendendo seus salários contra os ataques dos capitalistas.

 

Essas são lutas heroicas dos trabalhadores contra seus patrões, mas não são suficientes. Nossos salários, empregos, proteção social e o bem-estar de nossas famílias estão sob ataque em todas as frentes, por meio da aliança entre capital e governo. Os capitalistas e os governos estão organizados e coordenados para explorar os trabalhadores e saquear até o último recurso que temos. Eles estão aumentando a intensidade dos ataques e tentando destruir a classe trabalhadora para obter ainda mais lucros.

 

Precisamos elevar o nível de nossa luta e espalhar as chamas da resistência por todos os cantos do planeta. Devemos estar organizados, coordenados e unidos em uma frente comum para combater a exploração e a opressão capitalista em todos os níveis. Uma frente comum de trabalhadores – com as organizações mais combativas e militantes à frente – deve construir conselhos de trabalhadores onde quer que estejam, e realizar diversas formas de luta coordenada contra o capital. Em resumo, uma frente unida de todos os trabalhadores, lado a lado, coordenada e em sintonia, lutando contra os patrões e seus defensores no governo, avançando nossas lutas em cada espaço possível.

 

Não permitiremos que os patrões nos separem, nem que nos dividam:

 

Vamos elevar o nível da nossa luta e lutar juntos por um mundo melhor!

 

Declaração da Liga Internacional da Luta dos Povos por ocasião do Dia Internacional dos Trabalhadores

 

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