top of page
  • Foto do escritorNOVACULTURA.info

A guerra de Israel contra as mulheres palestinas


Noor estava grávida quando Israel ordenou que ela deixasse seu apartamento na Cidade de Gaza. Enquanto se movia para o sul, ela sentiu fortes dores no abdômen. A dor se intensificou, mas ela fez o possível para escondê-la. Embora a dor tenha desaparecido passado algum tempo, ela encontrou mais problemas depois de se abrigar – juntamente com o seu marido e dois filhos – na casa do seu tio em Rafah, a cidade mais a sul de Gaza.

 

Cada vez que havia um bombardeio na vizinhança, Noor sentia mais dores abdominais, seguidas de sangramento. Preocupada com a possibilidade de um aborto espontâneo, ela foi à maternidade al-Helal al-Emirati, em Rafah, acompanhada pela tia. A seção de imagens do hospital estava lotada quando ela chegou. Havia apenas cinco leitos disponíveis na seção e apenas um médico. No entanto, havia dezenas de mulheres grávidas. Depois de esperar três horas, uma enfermeira chamou o nome de Noor. Noor foi convidada a deitar-se em uma cama para que pudesse ser examinada.

 

Noor contou a um dos funcionários do hospital sobre as dores e o sangramento que estava sentindo. Ela foi informada de que tais problemas eram provavelmente causados pelo estresse constante e pelo medo de viver uma guerra.

 

Logo após aquela viagem, Noor – então grávida de sete meses – sentiu que estava entrando em trabalho de parto. Ela foi levada ao hospital de carro. Como não havia leitos disponíveis, ela teve que dar à luz numa sala de espera. Seu novo bebê era um menino chamado Ahmad. Ele pesava apenas um quilo e meio. Ahmad foi colocado em uma incubadora. Nas duas semanas seguintes, ele ganhou 500 gramas de peso.

 

“Quando o tirei da incubadora, não sabia o que ele deveria vestir”, disse Noor. “Não encontrei nenhuma roupa de bebê nas lojas. Minha tia pegou emprestadas algumas roupas de inverno dos vizinhos, mas não conseguiu encontrar latas de leite para bebês suficientes para ele nas farmácias”.

 

A história acima foi relatada por Khuloud Rabah Sulaiman, jornalista que vive em Gaza e acompanha o desenvolvimento do genocídio levado a cabo pelo governo do Estado de Israel há mais de 100 dias sob a justificativa de uma guerra contra o Hamas, mas que cada vez fica mais claro o alvo: os civis palestinos, principalmente mulheres e crianças.

 

Noor é só mais uma das cerca de 50 mil mulheres grávidas na região segundo a ONU, vítimas da guerra sangrenta e psicológica contra todo o povo palestino para obrigá-los a abandonar sua terra e abrir caminho para o avanço da colonização sionista. Não é à toa que recebemos diariamente as imagens de bairros e cidades devastadas, sem nenhum prédio em pé e a invasão e destruição de todos os hospitais existentes na Faixa de Gaza e o ataques aos médicos e socorristas que seguem trabalhando para ajudar os palestinos mesmo sob os bombardeios e franco atiradores que todo dia martiriza dezenas de palestinos. Além do uso da escassez de alimentos, água e combustível como arma contra o povo palestino.

 

Em dezembro, o Ministério da Saúde palestino em Gaza, já havia destacado que dos quase 19 mil mortos pelos ataques sionistas, 70% eram mulheres e crianças. O número segue aumentando e as mulheres e mães palestinas são os alvos preferenciais do governo de Israel, porque sempre representaram a resistência na perpetuação do povo palestino, que vive sob o colonialismo israelense há 75 anos, despojados de direitos e de sua soberania.

 


textura-03.png
pacoteREVOLUÇÕES.png

HISTÓRIA DAS
REVOLUÇÕES

  • Instagram
  • Facebook
  • Twitter
  • Telegram
  • Whatsapp
PROMOÇÃO-MENSAL-abr24.png
capa28 miniatura.jpg
JORNAL-BANNER.png
WHATSAPP-CANAL.png
TELEGRAM-CANAL.png
bottom of page