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Camponês é brutalmente assassinado no Pará


A zona rural do município de Tucuruí, sul do Pará, foi palco nos últimos dias de um choque sangrento e desproporcional entre as forças do progresso e as forças do atraso. O histórico acampamento na Fazenda Petrópolis, ocupada há mais de treze anos por milhares de camponeses sem terra, passou nos últimos dias por um sangrento enfrentamento entre os colonos da fazenda e os pistoleiros bancados pelo latifundiário dono da fazenda.


Cansados das arbitrariedades e da violência por parte dos bate paus do latifúndio, os colonos da Fazenda Petrópolis se rebelaram e foram recebidos à bala por parte dos pistoleiros. O enfrentamento, que durou mais de quatro dias, resultou no incendeio de roças e casas dos camponeses, bem como no ferimento de dezenas de lavradores, em ameaças e assédios contra as famílias dos camponeses, dentre outras arbitrariedades. Temendo retaliações por parte dos latifundiários e da pistolagem, os lavradores estão colocando suas famílias para se esconderem no mato, sob precaríssimas condições, sem dormirem e sem comerem sob o medo de novos ataques e intimidações. Em entrevista ao jornal Bom Dia Pará, um agricultor não identificado relatou o seguinte fato: “Eles ameaçam. Fizeram a gente abrir o nosso barraco, na marra, dizendo que eram policiais. Eles arrombaram a porta, deram dois tiros, jogaram pedra para quebrar a porta e nós ficamos quietos. Eles entraram e disseram para a gente botar as mãos na cabeça e ficar de joelho, botaram uma sacola na nossa cabeça para descobrir quem era o dono, mas o dono não estava no barraco esse dia." O agricultor, continuando, relatou que cerca de doze pessoas já abandonaram a fazenda, fugindo dos pistoleiros. Vários outros colonos receberam ameaça de morte por parte dos pistoleiros.


Na madrugada do dia 15, no calor do enfrentamento, o lavrador José Osvaldo de Sousa, de 49 anos, foi pego por jagunços e golpeado com coronhadas até a morte. Somente na segunda feira, dia 15, que o Instituto Médico Legal de Tucuruí conseguiu identificá-lo, pois José Osvaldo não estava em posse de seus documentos ao ser assassinado. Não há ainda informações se José Osvaldo era ou não uma liderança camponesa do acampamento.


Os últimos meses têm sido marcados por um recrudescimento dos crimes da pistolagem no Pará e em estados próximos. O atual momento de massacres e chacinas contra os povos do campo, contra os assalariados agrícolas, camponeses e povos tradicionais, demandam nossa maior atenção aos conflitos em curso, bem como nossa solidariedade concreta aos trabalhadores rurais para a conclusão da tarefa principal da Revolução Brasileira que, junto com a derrubada da dominação imperialista estrangeira, é a conclusão da reforma agrária, da conquista da terra por parte do campesinato.

por Alexandre Rosendo

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