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"Carlota: o heroísmo também se herda"

  • Foto do escritor: NOVACULTURA.info
    NOVACULTURA.info
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

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Sua rebelião, unindo-se a tantos outros escravos levantados nas terras do engenho Triunvirato, transformou-se, mais de 130 anos depois, no grito de guerra de um continente.

 

Aquele gesto de altruísmo sem igual dos internacionalistas cubanos foi justamente denominado Operação Carlota, em tributo à cativa africana de indômita bravura. Ela é paradigma da resistência diante da exploração e parte do patrimônio cubano de rebeldia contra a opressão.

 

A operação herdou o nome da escrava que se sublevou movida pelo desejo de ser livre. Foi um presságio: a de Angola seria também uma guerra pela liberdade. Uma extraordinária façanha do nosso povo.

 

Em 5 de novembro de 1975, a pedido do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), o governo cubano decidiu apoiar de modo direto a nação africana.

 

Assim nasceu a Operação Carlota, uma ação audaz e de proporções titânicas. Foi o início da ajuda militar internacionalista prestada por Cuba a Angola, diante das ameaças à sua soberania por parte do exército sul-africano do apartheid e seus aliados.

 

Agonizante, o império português retirava-se da África, deixando atrás de si uma ferida aberta chamada Angola. De Washington e Pretória sopravam ventos de guerra, armando e financiando os inimigos do MPLA. A vitória da opressão racial parecia inevitável.

 

Nesse contexto, Cuba respondeu ao pedido de Angola para lutar por sua libertação ao lado das FAPLA.

 

De 1975 a 1991, cerca de 300 mil cubanos participaram da epopeia africana, e mais de 2 mil perderam a vida, cujos restos foram repatriados durante a chamada Operação Tributo.

 

Como disse o poeta, os nomes daqueles que nunca regressaram estão escritos no coração de Angola e no mármore da memória de sua pátria.

 

A guerra para impedir o renascimento do colonialismo em Angola foi longa e teve seu ponto culminante na batalha de Cuito Cuanavale (1987–1988). Ali, no sul de Angola, o poderio militar sul-africano chocou-se contra a determinação das tropas cubanas e angolanas.

 

“Foi a virada para a libertação da África e do meu povo”, diria o próprio Nelson Mandela.

 

Ali quebrou-se a espinha dorsal do apartheid. Forçou a África do Sul a se retirar não apenas de Angola, mas também da Namíbia, acelerando sua independência. Foi o princípio do fim para o regime racista de Pretória, como consideram não poucos historiadores.

 

Fidel, condutor daquela missão, afirmou que a Operação Carlota foi “uma extraordinária façanha do nosso povo, especialmente da juventude”, e que “poucas vezes se escreveu uma página semelhante de altruísmo e solidariedade internacional”.

 

No ato de despedida aos caídos naquela gesta, ele declarou que morreram lutando contra o colonialismo, o racismo, o saque, a exploração, e a favor da independência, do socialismo e do internacionalismo.

 

E se para Cuba a Operação Carlota é motivo de orgulho, para os angolanos — como reconhecem os mais altos líderes dessa nação — é razão de reconhecimento e gratidão, porque hoje são um povo verdadeiramente livre e soberano, donos de seu próprio destino e, em grande medida, reconhecem que essa vitória também pertence aos cubanos.

 

A vitória mudou um continente. Assegurou a soberania de Angola, quebrou o apartheid e libertou a Namíbia. Mas mais que uma campanha militar, a Operação Carlota foi um ato de solidariedade e a prova de que a dignidade pode inclinar a balança da história.

 

Lugar de memória perene

 

No local onde se situava o antigo engenho Triunvirato, brilha hoje o Museu ao Escravo Rebelde. Trata-se de uma instituição com inegáveis valores patrimoniais, históricos e culturais — memória perene do drama da escravidão e emblema da profunda vocação internacionalista dos cubanos.

 

O museu possui várias salas de exposição, espaço de permanente evocação que sintetiza a profunda vocação internacionalista do nosso povo.

 

A casa principal, ampla construção colonial erguida entre 1824 e 1831, cercada por um pomar de árvores frutíferas, recria ambientes ao estilo da época e expõe também recentes achados arqueológicos e objetos de artes decorativas.

 

Em uma de suas salas, exibem-se armamentos e objetos dos combatentes que atenderam ao chamado do povo angolano, e outra é dedicada aos caídos naquela epopeia.

 

Em cada espaço daquele pedaço da geografia matancera respira-se o exemplo de rebeldia que sintetiza a escrava Carlota, mulher de extraordinário valor.

 

Com razão, seu nome foi escolhido para batizar a missão internacionalista de Cuba na República Popular de Angola — uma página honrosa da história pátria, sobre a qual o General de Exército Raúl Castro Ruz expressou: “A glória e o mérito supremo pertencem ao povo cubano, verdadeiro protagonista dessa epopeia”.

 

Do Granma

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