Feira da Reforma Agrária é realizada em Assis (SP)
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No último domingo (20) foi realizada em Assis, no interior de São Paulo, a “II Feira Popular: Reforma Agrária Já!” O evento que ocorreu no Galpão Cultural e reuniu camponeses de assentamentos de toda a região. Os assentamentos do MST dos munícipios de Gália, Promissão, Iaras e o assentamento Boa Esperança, do município de João Ramalho estiveram presentes compondo a Feira e aproveitaram a oportunidade para vender os produtos que eles mesmos produziram em seus respectivos assentamentos.
Contudo, o evento não serviu apenas para a comercialização dos produtos, aspecto sem dúvida importante e necessário para o desenvolvimento das lutas no campo, mas também como um espaço de discussão política, onde a fala foi aberta para que os diversos Partidos e organizações de esquerda que compuseram o evento pudessem debater questões urgentes como: a necessidade e pertinência atual da reforma agrária; a luta contra o Golpe de Estado; o avanço reacionário que estamos vivenciando no Brasil entre outras questões candentes.
Sabemos que desde que a crise do capitalismo atingiu em cheio o Brasil, a miséria dos camponeses e assalariados rurais, bem como das populações tradicionais vem se agravando. Consequentemente a intensificação da luta de classes no campo é tomada pelas ações violentas do paramilitarismo, da pistolagem e da grilagem latifundiária que massacram a população rural há séculos em nosso país. Ao mesmo tempo, as movimentações políticas dos camponeses com terra ou com pouca terra, bem como de assalariados rurais tende a se intensificar e radicalizar. O latifúndio semicolonial e semifeudal, arcaico, anti-social e antieconômico representa hoje um dos principais entraves ao desenvolvimento de nosso país.
Setores democráticos como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), movimentos camponeses de massas, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e outros, cumprem um importante papel na luta contra as arbitrariedades dos latifundiários. As bases trabalhadoras destas organizações devem impor seus interesses e avançar na organização e luta dos camponeses brasileiros. Os comunistas devem auxiliar da melhor forma possível neste processo. A União Reconstrução Comunista se coloca lado a lado com os camponeses na luta contra a exploração desenfreada e a miséria no campo.
Abaixo o fascismo rural!
Contra o Golpe, tomar todas as terras do latifúndio!