Fazenda do “Magnata do Sexo” é ocupada pelo MST
- NOVACULTURA.info
- 17 de abr. de 2018
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A figura execrável de Oscar Maroni teve seu holofote midiático no final de semana em que Lula foi preso pela PF. Maroni em comemoração à prisão do ex-presidente organizou um evento em frente da sua casa de prostituição no bairro de Moema Zona Sul de São Paulo, o Bahamas Hotel onde distribuiu cerveja e expôs mulheres dançarinas para os que ali estavam. Como se não bastasse tamanha insanidade, Maroni fez uma encenação onde se vestia com um macacão listrado em branco e preto, roupa usada pelos encarcerados junto à uma de suas prostitutas. Fotos dos agentes pró-americanos do judiciário Sergio Moro e Cármen Lúcia foram usadas como pano de fundo em uma espécie de altar. O cafetão ainda chegou a afirmar que daria uma recompensa para quem matasse o petista na cadeia. Acontecimento dantesco de mais uma capítulo da fascistização da sociedade brasileira onde cada um interpreta o canário político de acordo com a sua própria fantasia. O episodio aberrante no Bahamas Hotel nos faz lembrar o Caribe da primeira metade do século XX quando os países daquela região eram usados como verdadeiros clubes de jogos e prostituição pelos colonizadores ianques. Aquele que defende a prisão ilegítima de um ex-presidente como também as figuras de um judiciário anti-povo e anti-pátria, acumula crimes. Maroni foi acusado pelo Ministério Público de São Paulo de manter casa de prostituição e tráfico de pessoas. O empresário foi condenado em primeira instância no ano de 2011, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) o absolveu em outubro de 2017. Em resposta a Maroni nessa terça feira (17) o MST anunciou a ocupação da fazenda Santa Cecília em Araçatuba interior de SP que pertence ao proprietário do Bahamas Hotel com a palavra de ordem “aliciadores não passarão”, exigindo que a área seja destinada à Reforma Agrária e para a construção de assentamentos. O local de 1,7 mil hectares foi ocupado por cerca de 300 integrantes do MST, outros atos já foram concretizados na área. De acordo com o MST, a fazenda de Maroni já esteve envolvida em ações trabalhistas que a colocaram em leilão no ano de 2016. A fazenda do candidato a deputado federal possui 600 hectares arrendados para a Cosan, gigante ao setor sucroalcooleiro.
Segundo o site do MST “A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária que além de rememorar os 22 anos de impunidade do Massacre de Eldorado dos Carajás, também denuncia a paralisação da Reforma Agrária, a arbitrariedade da prisão de Lula e a agilidade nas investigações do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes”. A data da ocupação foi escolhida em menção ao massacre de Eldorado dos Carajás no PR no dia 17 de abril de 1996 e da votação do impeachment de Dilma Rousseff na mesma data em 2016.
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