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"Por ocasião do aniversário da Declaração Balfour: não há concessão quanto à unidade da terra nem renúncia aos direitos"

  • Foto do escritor: NOVACULTURA.info
    NOVACULTURA.info
  • 4 de nov.
  • 4 min de leitura
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Ó filhos de nosso povo palestino,

Ó massas de nossa nação árabe,

Ó livres do mundo,

 

Em 2 de novembro de 1917, a Grã-Bretanha colonial emitiu a malfadada Declaração Balfour — uma punhalada traiçoeira no coração da nação e do povo palestino — ao conceder a quem não tinha direito algum aquilo que não lhe pertencia: a permissão para o estabelecimento de um “lar nacional para os judeus” na terra da Palestina.

 

Essa declaração foi uma continuação dos tratados coloniais (em especial o Acordo Sykes–Picot) e a expressão da convergência de interesses entre o imperialismo e o movimento sionista. Ela abriu caminho para o crime do século: o deslocamento forçado, o roubo e a implantação de uma entidade colonial artificial na terra da Palestina. Desde então, nosso povo palestino vive uma Nakba contínua, uma tragédia aberta cujos capítulos ainda não chegaram ao fim.

 

Com o passar de mais de um século desde esse crime histórico, a data coincide neste ano com a continuidade da guerra de extermínio em Gaza, os crimes incessantes na Cisjordânia e em Jerusalém, a usurpação da terra e dos locais sagrados e a imposição de políticas racistas contra nosso povo no interior ocupado — tudo isso sob o apoio político e militar descarado do Ocidente e, em especial, da Grã-Bretanha, o que aprofunda e prolonga a tragédia.

 

A Frente Popular para a Libertação da Palestina, nesta data maldita, afirma o seguinte:

 

1. Esta declaração é nula em forma e conteúdo. A Grã-Bretanha deve assumir sua responsabilidade histórica, legal e moral pela Declaração Balfour e por suas consequências, pedir desculpas ao povo palestino e contribuir de forma prática para corrigir essa injustiça, por meio de compensações e iniciativas efetivas que devolvam os direitos aos seus legítimos donos. A história não absolve criminosos, e crime algum prescreve com o tempo.

 

2. O cerne do conflito na Palestina é um conflito existencial entre nossa nação árabe, de um lado, e o projeto sionista e “Israel”, de outro. O povo palestino se mantém na vanguarda da luta nacional e árabe contra esse projeto colonial.

 

3. Resistir à ocupação é um direito legítimo garantido por todas as leis e princípios internacionais. A resistência em todas as suas formas — inclusive armada — é uma escolha nacional legítima de um povo que trava uma luta de libertação contra uma entidade criminosa, artificial e temporária.

 

4. Reafirmamos a determinação do povo palestino e de suas forças de resistência em pôr fim total à agressão e em obrigar a ocupação a um cessar-fogo abrangente, à retirada completa e ao levantamento do bloqueio com a abertura de todas as passagens, para que se possa iniciar a reconstrução e a recuperação. A comunidade internacional e os países garantes devem assumir suas responsabilidades diante das tentativas da ocupação de contornar ou violar qualquer acordo.

 

5. A Palestina — sua terra e seu povo — pertence unicamente ao povo palestino. Ela não é passível de divisão nem de tutela, e seu povo é o único detentor do direito de autodeterminação. A administração dos assuntos de Gaza após qualquer retirada da ocupação é uma questão interna palestina. A unidade da terra palestina não está sujeita a barganha nem a chantagem. Ao mesmo tempo, qualquer força internacional deve ter como missão proteger o povo palestino e monitorar o cessar-fogo, sob uma resolução das Nações Unidas que garanta responsabilização da ocupação por suas agressões e a interrupção de suas violações.

 

6. A questão dos prisioneiros constitui uma ferida aberta no coração de nosso povo. Ela representa a continuidade dos crimes sionistas contra eles — tortura, abusos, isolamento e execuções lentas — configurando um crime de guerra completo e uma escalada brutal que busca quebrar a vontade de nosso povo. Mas a resistência não ficará de braços cruzados: tratará essa questão como um tema nacional explosivo que não pode ser silenciado nem objeto de barganha.

 

7. A unidade nacional é uma necessidade vital para enfrentar o genocídio e os planos da ocupação e para fortalecer a firmeza de nosso povo. Ela se concretiza através da reconstrução das instituições nacionais sobre bases democráticas, o que exige uma reunião urgente dos secretários-gerais das facções para reativar a Organização para a Libertação da Palestina, formar um governo de caráter nacional que prepare eleições gerais e consolide uma verdadeira parceria na tomada de decisões, enfrentando assim os desafios existenciais que ameaçam nossa causa nacional.

 

8. Conclamamos os povos árabes e suas forças vivas a mobilizarem todas as suas energias e capacidades na batalha pela existência contra o genocídio e a limpeza étnica sistemática que atingem nosso povo. Devem participar ativamente dos esforços de reconstrução e recuperação, e promover ações populares e institucionais para combater a normalização em todas as suas formas, rejeitando qualquer penetração sionista — política, cultural ou econômica — em nossa nação árabe.

 

9. Conclamamos as forças progressistas e as instituições de direitos humanos do mundo a intensificar e expandir as mobilizações, a fim de pressionar a ocupação, o governo dos Estados Unidos e o Ocidente pela consolidação do cessar-fogo e pela garantia de proteção internacional ao povo palestino frente às contínuas violações e crimes da ocupação; para quebrar o bloqueio, reforçar a resistência de nosso povo, expor a verdadeira natureza do projeto sionista — como um projeto colonial e racista —, levar seus líderes a julgamento como criminosos de guerra e promover seu boicote em todos os níveis.

 

Ó massas de nosso povo resistente,

 

A passagem de mais de um século desde a Declaração Balfour não mudou a realidade: o povo palestino permanece firme em sua terra, apegado ao seu direito à liberdade, ao retorno e à independência — por mais tempo que leve e por maiores que sejam os sacrifícios.

 

A Frente Popular para a Libertação da Palestina renova seu compromisso de permanecer fiel aos sacrifícios dos mártires, prisioneiros e feridos, e de continuar a luta junto a todas as forças de resistência árabes e progressistas até a derrota da ocupação e a queda do projeto sionista, construindo um futuro árabe livre, unido, baseado na justiça, na soberania e na libertação.

 

Glória aos mártires...

Liberdade aos prisioneiros...

Cura aos feridos...

E vitória ao nosso povo e à sua luta contínua!

 

Frente Popular para a Libertação da Palestina

2 de novembro de 2025

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