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A tragédia gaúcha e a lógica do Capitalismo

Foto do escritor: NOVACULTURA.infoNOVACULTURA.info
Enchentes no RS (foto Gustavo Vara)

 

A tragédia que atinge o povo do Rio Grande do Sul (RS), com as inundações ocorridas no último mês, sensibiliza boa parte dos brasileiros, que se mobilizam para enviar doações e oferecer trabalho voluntário, inclusive de pessoas de outros estados, para auxiliar os nossos queridos irmãos gaúchos nesse momento difícil.

 

Os dados atualizados pela Defesa Civil do RS nos últimos dias dão conta de 56 desaparecidos, 171 mortos, 806 feridos, 12.497 animais resgatados, mais de 55 mil pessoas estão em abrigos, 469 municípios afetados, 2,3 milhões de pessoas afetadas. Ao todo, são 600 mil desabrigados em todo o estado, sendo que boa parte estão albergados em casas de parentes e amigos.

 

Mas não podemos dizer que a tragédia sensibiliza a todos, pois, como denuncia matéria publicada pela agência de jornalismo Repórter Brasil “mesmo com enchente histórica no Rio Grande do Sul, Congresso avança em pautas criticadas por ambientalistas, com apoio de setores do próprio governo.”

 

O fato é que o que ocorre no Rio Grande do Sul é uma das tragédias mais do que anunciadas e ignoradas pelos governantes que, estando a serviço do capitalismo, se negam a tomar medidas que contrariam os interesses de classe da burguesia imperialista. Em nossas páginas já tivemos oportunidade de analisar outros acontecimentos semelhantes, denunciando a lógica por trás deles. Foi o caso, por exemplo, do desabamento em Petrópolis (RJ), no início de 2022. São milhões de pessoas vivendo nas encostas dos morros que podem desabar a qualquer momento, como aqueles que vivem em São Sebastião (SP) ou em Maceió (AL), lembrando apenas mais esses dois casos.

 

Neste último mês, ganharam algum destaque em certos meios, trabalhos de cientistas que previram a possibilidade do que está ocorrendo no Sul. Os sucessivos governos foram alertados que as estruturas construídas para conter enchentes estavam sem manutenção, que os leitos dos rios estão ficando mais rasos, devido a política agrícola que vem sendo estimulada. Mas nenhuma medida séria para prevenir a tragédia foi tomada. Ao contrário, ao longo dos últimos anos, as autoridades permitiram a construção de prédios e condomínios na beira dos rios, que agravaram os riscos e as consequências do que veio a acontecer.

 

A intensificação da crise climática, estudada e debatida em várias reuniões internacionais, é propositalmente esquecida pelos governos controlados pelos interesses empresariais. A ciência é colocada a serviço da ganância dos grandes grupos econômicos e não dos interesses do povo, que é a maior parte daqueles que são prejudicados quando ocorrem eventos como esses. São esses que perdem suas vidas, sua saúde, seus bens.

 

O que verificamos nas últimas décadas, com as privatizações, é a destruição dos equipamentos e serviços públicos, que deveriam, em uma situação como esta, ser acionados para impedir ou ao menos minimizar os danos sofridos pela população trabalhadora. Sem isso, os prefeitos e o governador dos gaúchos não podem fazer outra coisa que não seja dar diretivas desencontradas.

 

Ainda mais revoltante num momento como esse é o atendimento privilegiado dado a alguns bairros, onde vivem os mais ricos, enquanto as regiões em que vivem os mais pobres permanecem sem atendimento algum.

 

E a razão pela qual pela qual os governantes ignoram os avisos é clara. As crises climáticas e suas consequências são tratadas pela burguesia e pelos que governam para ela assim como são tratadas as guerras. Elas geram oportunidade de negócios e aumento dos lucros. É por isso que ouvimos alguns governantes falarem contra as doações que tem sido recolhidas em todo o país. Para eles, tais doações podem prejudicar o comércio na região.

 

Assim, se é verdade que o governador do RS Eduardo Leite (PSDB) deve ser criticado por suas ações e omissões, bem como o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), defensores que são das políticas que geram e que agravam essas catástrofes, essa crítica deve ser feita também a todos aqueles que se negam a denunciar as suas causas mais profundas. Sobretudo, as consequências sociais destes acontecimentos seriam minimizadas, caso a ciência estivesse sendo desenvolvida e utilizada no interesse de todos e não de uns poucos. 

 


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