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Avança a repressão contra a liberdade de expressão em nosso país



Com o aprofundamento da crise econômica e social no Brasil, tal como em outros países do mundo capitalista, as classes dominantes locais têm apostado claramente na tendência para o fascismo como possibilidade de saída para a crise. A tendência para o fascismo, por sua vez, tem trazido consigo uma tendência cada vez maior para a repressão contra a liberdade de expressão e a liberdade de pensamento.


O regime de Bolsonaro e dos militares reacionários tem buscado criar, no Brasil, um clima de obscurantismo ideológico e terror político como forma de calar todas as formas de oposição, até mesmo aquelas feitas por liberais e reformistas.


As manobras das classes reacionárias brasileiras contra a liberdade de expressão, porém, são muito anteriores à ascensão de Bolsonaro. Em junho de 2013, como forma de reprimir os protestos das massas que varreram os grandes centros urbanos brasileiros, o governo reformista encabeçado pelo “Partido dos Trabalhadores” (PT) decretou a monstruosa “Lei Antiterrorismo”, sancionada em 2016.


Em março de 2021, o Brasil foi palco de atentados grotescos contra a liberdade de expressão.


A professora Larissa Bombardi, da Universidade de São Paulo, é internacionalmente reconhecida por suas pesquisas feitas sobre a aplicação de agrotóxicos na agricultura brasileira. Ela tem denunciado há anos os impactos danosos dos agrotóxicos na saúde dos trabalhadores rurais e da população brasileira de forma geral. Há alguns meses, ela tem recebido ameaças de morte que a fizeram ter de mudar trajetos e sua rotina. Ameaças de morte a fizeram cancelar sua participação em um evento acadêmico na cidade de Chapecó (SC). Em março de 2021, com o aumento dos constrangimentos sofridos, ela foi obrigada a sair do país para salvaguardar sua segurança.


O digital influencer Felipe Neto, no início de março de 2021, foi absurdamente denunciado por supostamente atentar contra a “Lei de Segurança Nacional”, outra lei monstruosa, mais antiga que a “Lei Antiterrorismo”, por ter chamado Jair Bolsonaro de “genocida” durante uma gravação na Internet. Por mais que a juíza Gisele Guida de Faria tenha suspendido as investigações contra Felipe Neto em 18 de março de 2021, em razão de as acusações serem infundadas, a Lei de Segurança Nacional segue sendo utilizada para calar de forma arbitrária a oposição contra Jair Bolsonaro. No mesmo 18 de março de 2021, cinco ativistas foram presos por terem erguido, em Brasília, na Praça dos Três Poderes, uma faixa que estampava uma charge de Bolsonaro com as palavras “Bolsonaro Genocida”. A prisão dos ativistas foi feita sob pretexto da Lei de Segurança Nacional.

Em 03 de março de 2021, João Junior, que reside no município de Uberlândia – MG, foi detido após ter escrito o seguinte comentário em sua conta no Twitter, em claro tom de brincadeira: “Gente, Bolsonaro está chegando em Uberlândia amanhã. Alguém fecha virar herói nacional?” A detenção de João Junior foi utilizada como pretexto para arrastar para a cidade de Uberlândia mais vinte e cinco pessoas, que residem em diversos estados do país, para prestarem depoimentos diante da Polícia Federal. Estas pessoas, que de alguma maneira criticam o governo Jair Bolsonaro, estão sendo também constrangidas pela monstruosa Lei de Segurança Nacional.


Não há dúvidas que há uma tentativa por parte de Bolsonaro e dos militares reacionários de naturalizar esses constrangimentos pessoais contra opositores em maior ou menor medida. Sem que tais acontecimentos repercutam, não podemos esperar senão o alastramento desses absurdos e a repressão contra democratas e patriotas na base da surdina.

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