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Ataques terroristas sionistas e as lutas das massas palestinas



Falar das cotidianas e escandalosas humilhações perpetradas pelos supremacistas judeus contra a população árabe palestina poderia parecer repetitivo. Fuzilamentos, demolições de casas, encarceramentos arbitrários e demais já parecem fatos naturalizados diante dos olhos dos conglomerados de imprensa, mas certamente não parecem diante dos palestinos que sofrem tais humilhações de forma cotidiana. O ano de 2020, que coincidiu com o alastramento da pandemia da Covid-19 pelo mundo, fez com que os supremacistas judeus empregassem a mesma doença como uma das várias armas de extermínio étnico que já aplica há mais de setenta anos contra os árabes. É possível que utilizar mísseis, disparar projéteis ou empregar retroescavadeiras sejam ações muito mais caras do que simplesmente cortar a entrega da vacina para a população que se quer exterminar. É possível que esta forma de genocídio seja até mesmo mais eficiente para a entidade ilegal que se gaba de ser o “país” que mais avançou na vacinação da sua população contra a Covid-19, conforme já comentamos há alguns dias.


Mas a nova arma da Covid-19 não tem feito o sionismo renunciar às armas tradicionais que acabamos de mencionar, tampouco este cotidiano de humilhação tem impedido o povo palestino de lutar.


É de conhecimento geral a política colonialista de expandir assentamentos judeus ilegais na Cisjordânia, que se encontra ocupada pelo exército sionista desde 1967: grilam terras da Palestina para a construção de assentamentos riquíssimos (que mais parecem bairros dos subúrbios da classe média estadunidense) como forma de cercar e transformar em verdadeiros guetos as aldeias palestinas. Sabotam o fornecimento, para tais aldeias, de direitos elementares como energia elétrica, água encanada, e outros, assim como constrangem os moradores palestinos às mais absurdas humilhações, que incluem até mesmo o cerceamento à liberdade de movimento. A esse respeito, nos últimos dias, uma horda de judeus racistas provenientes do assentamento Mitzpe Yair, ao sul de Hebrom, atacou um casal de lavradores, junto a seus filhos, enquanto estes cultivavam sua pequena propriedade rural no distrito de Masafer Yatta, aldeia Kawakis. No último link que indicamos, é possível ver que os camponeses de Masafer Yatta se encontram sob condições desumanas de vida e sob ameaça constante de expulsão por parte do exército sionista, logo, não é coincidência que uma família moradora tenha sido vítima desta agressão brutal pelos sionistas. O pai de família Said Awad foi apedrejado e espancado. Ademais, os sionistas destruíram o carro da família e uma pequena instalação agrícola.


O cerco contra o distrito de Masafer Yatta e a preocupação dos sionistas em demolir as dezenove aldeias da localidade para dar lugar a projetos de assentamento se expressaram na visita de caráter provocativo feita por Benjamin Netanyahu ao local, desta vez na aldeia de Susyia. Acompanhado de uma multidão de colonos extremistas e sob cobertura do exército, Netanyahu desfilou junto a seus correligionários enquanto as forças sionistas estabeleciam um cerco militar na área, o que incluiu a repressão contra um protesto de forças nacionalistas palestinas contra a provocação em curso.


Ainda neste mês de março, nem mesmo crianças foram poupadas. As crianças palestinas são duplamente oprimidas pelas políticas de constrangimento pessoal e pelas demolições, que inviabilizam o desenvolvimento da produção agropecuária nas aldeias e joga milhares nos braços da fome e da desnutrição: cinco meninos palestinos procuravam restos de plantas para comer em uma área ao sul de Hebrom que estava, coincidentemente, sob a grilagem de um assentamento judeu ilegal. Um grupo de colonos que avistou as crianças chamou o exército israelense que inundou o local com carros blindados para prender os cinco meninos desarmados. Dias depois, na cidade de Yatta, também no sul de Hebrom, os colonos judeus não se limitaram a chamar o exército, mas dispararam com seus próprios fuzis contra dois adolescentes de 13 e 12 anos que apenas estavam levando gado para pastar.


Nas áreas urbanas da Cisjordânia, como na Jerusalém ocupada, Netanyahu também tem levado adiante os projetos racistas de expansão de assentamentos. Em Abu Dis, os sionistas confiscaram cerca de 150 hectares de terras para a construção do assentamento ilegal de Kedar, projeto este que fora atrasado por se tratar de um assentamento estratégico, na medida em que sua implementação dividiria a Cisjordânia em duas partes, ao impedir qualquer traslado direto entre norte e sul.


No início do ano de 2021, operários palestinos da indústria de tratamento de água Yamit, na cidade de Tulcarém, na Cisjordânia ocupada, iniciaram uma greve para reivindicar para lutar contra a discriminação racial e nacional imposta pela burguesia judaica, que trata os operários palestinos como mão de obra barata, que recebe salários muitíssimo inferiores aos trabalhadores judeus, assim como menos direitos. Ademais, exigiram que a companhia cumprisse as negociações coletivas de trabalho, em substituição às negociações individuais que dividem os trabalhadores e permitem a discriminação contra não-judeus:


“Aproveitando-se das exigências de permissão de trabalho e da falta de perspectivas de emprego nos assentamentos e áreas industriais da Cisjordânia, os patrões israelenses não fornecem equipamentos de proteção individual adequado, não pagam salários justos e não fornecem seguridade.


“Até mesmo para os operários palestinos mais qualificados da companhia Yamit, alguns dos quais trabalham lá há quase duas décadas, os salários deles equivalem apenas ao salário-mínimo israelense. Não há possibilidade de promoção. A companhia também não oferece pensões.


“Enquanto o salário-mínimo médio nos assentamentos é cerca de quatro vezes maior que aquele que se paga em uma empresa palestina, patrões israelenses se aproveitam deste fato ao seguirem cometendo violações grosseiras de direitos humanos e despojando os trabalhadores de benefícios básicos, dizem ativistas sindicais.


“Até mesmo o salário de um professor palestino de ensino médio é menor que o de qualquer trabalhador de Nitzanei Shalom que não possui sequer ensino superior. Eles se sentem sortudos apenas por trabalhar, e aceitam empregos sem condições sociais adequadas", disse Maan’s Adiv ao Electronic Intifada.


“Os operários não são indenizados por quaisquer acidentes de trabalho, e há denúncias frequentes de eles serem deixados nos checkpoints ou abandonados fora dos hospitais.


“Os operários também denunciam persistentes doenças de saúde como resultado de anos de trabalho em péssimas condições nas obras de construção civil e nas fábricas.


“Shehab afirmou que os trabalhadores sofrem com a fumaça e poeira sufocantes como consequência da falta de ventilação na fábrica Yamit.”

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