Prefeitura reprime servidores em luta pela previdência em SP
Milhares de professores e professoras municipais de São Paulo estão em greve desde o dia 8 de Março para impedir a empreitada do tucano João Doria que visa destruir ainda mais as condições da educação e de trabalho no município. O prefeito quer aprovar a reforma da Previdência de servidores municipais. Essa medida de Doria visa compensar a derrota parcial da Reforma da Previdência de Michel Temer. É provável que uma série de reformas previdenciárias em âmbito municipal venham à tona por todo Brasil. Essa medida aumentaria, imediatamente, o valor da contribuição de 11% para 14%, número que pode chegar até 19% do salário, tanto dos servidores ativos quanto dos aposentados. Devemos levar em conta que isso equivale ao salário de 35 dias do ano e seria designado para pagar a aposentaria, isso sem contar o imposto de renda, fundo de garantia, e outras taxas que os servidores já pagam todos os meses. Esse produto final reduziria drasticamente o salário afetando cerca de 220 mil servidores municipais. Esse novo regime também pretende instalar o teto do INSS para a aposentadoria no valor de R$ 5.645,80. Em resposta a essa brutalidade, no mesmo dia da eclosão da greve um ato foi puxado em frente à Prefeitura de São Paulo. A greve dos professores da rede municipal de São Paulo até o momento atinge 93% das 1550 escolas de administração direta da prefeitura, sendo que 46% incorporaram a paralisação; as atividades de 47% das escolas estão sendo realizadas parcialmente e o baixo número de 7% de unidades funciona normalmente, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Educação desta terça-feira (13). Na quarta-feira (14) os professores mobilizaram um protesto na Câmara Municipal. Alguns manifestantes tiveram a permissão para entrar na Câmara e acompanhar a sessão que tinha como objeto de discussão a Reforma da Previdência dos servidores municipais. Os manifestantes que ficaram do lado de fora tentaram durante a sessão entrar no prédio, mas foram cruelmente reprimidos por PMs e guardas municipais, que usaram bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar a multidão. No interior da Câmara a repressão também ocorreu. Devemos manifestar toda a solidariedade aos professores, professoras e trabalhadores da educação que estão cerrando a linha de frente na luta contra a reforma antipopular do SAMPAPREV de Doria, destrutiva à todo os servidores municipais. Nesta quinta-feira está previsto novos protestos na Câmara Municipal.