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"O ato do dia 20 e a unidade dos movimentos populares contra o avanço da reação!"


As movimentações recentes na conjuntura nacional culminaram em um recente avanço da reação, que teve seu ponto de partida no segundo semestre de 2013, e que, inclusive, não podem ser desvinculados da própria política aplicada pelo PT em seus anos de governo - de administração dos interesses das classes dominantes. Esse avanço da reação toma forma a partir da fascistização do cotidiano, da ampliação do modelo neoliberal a partir da aplicação do programa do Imperialismo no Brasil, da pressão dos segmentos internos brasileiros associados ao Imperialismo, para continuar a promover a aplicação deste próprio programa, pressões estas que podem se desdobrar em um potencial impedimento de Dilma Rousseff. Esses fatores determinam uma ofensiva das classes dominantes brasileiras e das forças reacionárias, por dentro e por fora do governo. O Brasil, sendo um país cuja burguesia teve que se aliar com o latifúndio e que é dependente do Imperialismo, para consolidar seu poder político e econômico, possui um Estado cuja natureza já nasce como antidemocrático, e a própria contrarrevolução está sempre em marcha. Em 1964, por exemplo, o Governo de João Goulart possuía como aliados Nenê Galvão (o garoto de recados do Moreira Salles, testa de ferro dos Rockefeller) Jorge Serpa (diretor da Mannesmann), entre outros nomes mais ou menos reacionários, além de ter levado a cabo o Plano Trienal, onde se encontravam todas as imposições do FMI. Nem por isso a reação, junto ao Imperialismo, deixou de derrubar seu governo ao analisar que este não era mais funcional para seus interesses. O PT, tendo base de massas que exerce pressão em sua direção e até mesmo em seu governo em determinados momentos, e sendo diferente dos demais partidos da ordem, possui uma funcionalidade temporária para aplicar o programa da burguesia nativa ligada ao Imperialismo. Ao mesmo tempo, pelo seu caráter pequeno-burguês, em momentos de pressão exercida por ambos os lados, tende a capitular para a direita. O exercício de governo que partidos como o PT fazem em países dependentes é diferente de partidos social-democratas tradicionais, dos partidos dos países do chamado centro, onde tendem a se incorporar à ordem e se transfigurarem em partidos burgueses. Tendo a grande burguesia brasileira e o latifúndio rejeitado a ideia de aplicar um programa de reformas democráticas, qualquer forma de ascenso mínimo das massas populares, mobilização e reivindicações por políticas de caráter mais social, são tidas como ameaças para as classes que dominam no Brasil. O chamado “sucesso do lulismo” (ou lulo-petismo), como qualquer forma de conciliação de classes, é um sucesso a curto-prazo, pois o modelo de capitalismo burocrático seguido pelo Brasil não consegue conter a contradição antagônica entre os interesses do povo e as classes dominantes. Nos primeiros anos do governo petista, o “boom” das commodities garantiu um crescimento do PIB e uma economia estável dentro do Brasil. De todo modo, isso aumentou a dependência do Brasil ao agravar sua condição de exportador de matérias-primas, levando em consideração que o “agronegócio” (que é um latifúndio de novo tipo) se consolidou como essencialmente exportador, sendo assim apenas uma das formas de regressão neocolonial do Brasil. Após 2011, quando se notou uma taxa decrescente do PIB brasileiro, os preços das commodities haviam despencado. Essa queda repentina faz parte de uma guerra econômica que o Imperialismo trava contra os países emergentes do BRICS. O reformismo, sendo a pré-condição para o ascenso do fascismo, e não da revolução, também cria as condições para que o conservadorismo e outras posições reacionárias se aflorem entre os vários setores da população. Isso também é aproveitado pelo Imperialismo como massa de manobra, se tornando a tropa de choque da reação em períodos de crise econômica e política. Esse avanço da reação também se manifesta, na prática, com a atual Operação Lava-Jato, operação conduzida a serviço das grandes petrolíferas estrangeiras, contra a nossa soberania nacional, que fez com que paralisasse diversas atividades da Petrobras em todo o Brasil, em conjunto com uma campanha antinacional sendo conduzida diuturnamente pela mídia contra a Petrobras. Os ataques à Petrobrás são complementados com uma desnacionalização cada vez maior de suas subsidiárias, levada a cabo pelo governo Dilma, sendo a última ação a venda de 25% da BR Distribuidora. Ao mesmo tempo que o Governo Dilma é vítima da pressão da direita, é também cúmplice dela. Suas medidas neoliberalizantes, o ajuste fiscal, a desnacionalização da Petrobrás, fazem parte da capitulação de Dilma às pressões do Imperialismo para que ela aplique seu modelo. É um equívoco que gera consequências políticas graves não compreender que o avanço da reação não se dá apenas pela ofensiva burguesa contra o PT, mas que a capitulação do PT no governo também faz parte desse avanço. Aos moldes de 1964, onde João Goulart esteve sob uma forte crise política e não poderia mais capitular e entregou o poder para a direita, pode surgir, e pela própria falta de vontade política do PT pelo enfrentamento, um potencial impedimento do Governo Dilma. É necessário compreender que dentro da atual situação do país, onde estamos à beira de um abismo reacionário, um suposto golpe contra a Dilma, não seria um conflito inter-burguês, mas sim a aplicação de uma ordem ainda mais reacionária, e que atingir o PT seria apenas a aparência de algo que implicaria atingir todo o movimento popular e de massas em seu conjunto. Ao mesmo tempo, não devemos cair no erro de ficar a reboque do reformismo e da burguesia nacional e acharmos que sermos contra o golpismo implica em necessariamente apoiar a atual política econômica e postura do Governo Dilma. Nesse sentido, nós da União Reconstrução Comunista apoiamos e participamos da iniciativa da manifestação chamada no dia 20 de Agosto, para somarmo-nos contra o avanço da reação, contra o ajuste fiscal e pelos direitos democráticos do povo em todo o Brasil.

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