top of page
stalin-povosoprimidos.png

"Mulheres coreanas sexualmente abusadas processam soldados ianques"

  • Foto do escritor: NOVACULTURA.info
    NOVACULTURA.info
  • há 1 hora
  • 2 min de leitura
ree

 

No dia 5 de setembro, 117 mulheres coreanas conhecidas como “mulheres de conforto dos soldados americanos” entraram com uma ação em um tribunal local pelo abuso sexual que sofreram às mãos das tropas dos EUA. Este é considerado o primeiro caso histórico no país que responsabiliza diretamente os militares estadunidenses pela prostituição generalizada vinculada às suas bases militares durante as décadas de 1960 e 1970.

 

Diversas organizações de mulheres e de direitos humanos apoiam o caso, incluindo o Conselho Coreano para Justiça e Memória sobre as Questões da Escravidão Sexual Militar e o Nodutdol para o Desenvolvimento da Comunidade Coreana.

 

Nas décadas de 1960 e 1970, milhares de soldados americanos viviam em bases militares dos EUA em Dongducheon, na Coreia do Sul, após o fim da Guerra da Coreia. Em torno dessas bases, o Estado coreano estabeleceu agrupamentos de bares licenciados, casas de entretenimento e bordéis chamados gijichon ou “vilas militares”. A prostituição surgiu nesses camptowns, administrados pelo Estado para os soldados americanos. O governo coreano chamava as mulheres que trabalhavam ali de “patrióticas” e “diplomatas civis”, por seu suposto papel na economia e na segurança do país. As mulheres que apresentaram a denúncia disseram que muitas foram sequestradas e vendidas a cafetões nos gijichon. Outras foram enganadas com promessas de empregos diferentes. Para escravizá-las, os cafetões as aprisionavam em dívidas ou as mantinham sob coerção.

 

Em uma coletiva de imprensa no dia 8 de setembro, as mulheres apontaram os militares dos EUA como os “verdadeiros culpados” da prostituição e exigiram desculpas e indenização. Um dos abusos descritos consistia em “tratar” mulheres infectadas com doenças sexualmente transmissíveis colocando-as em prisões isoladas e aplicando-lhes altas doses de penicilina, o que levou algumas à morte. Os militares dos EUA também sabiam que muitas das mulheres exploradas por cafetões e oferecidas aos soldados eram menores de idade.

 

As vítimas afirmaram que continuam a enfrentar forte discriminação na sociedade coreana, apesar do chamado “serviço patriótico”. Elas não receberam a mesma solidariedade oferecida às mulheres de conforto que foram sexualmente abusadas por soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.

 

As mulheres já haviam vencido um processo em 2022 contra o governo sul-coreano por seu papel na promoção da prostituição em bases militares dos EUA. Segundo a decisão judicial, o Estado sul-coreano incentivou as mulheres a ingressarem na prostituição para obter dólares para o país e preservar sua aliança de segurança com os EUA. A Suprema Corte ordenou que o governo indenizasse as mulheres pelo trauma que sofreram como “mulheres de conforto” dos soldados americanos. O primeiro processo foi iniciado em 2014 por 122 mulheres. Quando o veredito foi emitido, apenas 95 delas ainda estavam vivas.

 

Do Ang Bayan

GIF Vietnã 1080x1350.gif
SORTEIOS DE LIVROS (1).png
  • TikTok
  • Instagram
  • Facebook
  • Twitter
  • Telegram
  • Whatsapp
capa37 miniatura.jpg
PROMOÇÃO-MENSAL-setembro 2025.png
GIF NC10ANOS (campanha) (5000 x 1932 px).gif
JORNAL-BANNER.png
WHATSAPP-CANAL.png
TELEGRAM-CANAL.png
bottom of page