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"Protestos contra o regime fascista de Prabowo-Gibran na Indonésia"

  • Foto do escritor: NOVACULTURA.info
    NOVACULTURA.info
  • 8 de set.
  • 3 min de leitura
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Os protestos do povo indonésio contra as políticas antipopulares do presidente do país, Prabowo Subianto, e de seu vice-presidente, Gibran Rakabuming Raka, irromperam novamente em agosto. A indignação se intensificou após um veículo policial atropelar e matar o entregador Affan Kurniawan em 28 de agosto. Da capital Jacarta, os protestos se espalharam para 32 províncias e para as cidades de Bandung, Surabaya, Malang, Solo, Yogyakarta, Medan e Makassar.

 

Na mais recente onda de protestos, o povo expressou sua extrema revolta incendiando prédios públicos, instalações e veículos, além de saquear as casas de funcionários e políticos corruptos. O regime Prabowo-Gibran reprimiu as manifestações com gás lacrimogêneo, canhões de água e balas de borracha. O regime colocou ruas e comunidades sob condições semelhantes à lei marcial e ordenou à polícia que prendesse e atirasse contra manifestantes.

 

As forças estatais mataram até 10 pessoas entre 25 de agosto e 2 de setembro, prenderam 1.241 (incluindo desaparecidos) e feriram gravemente 800.

 

Os protestos foram desencadeados pela indignação diante da concessão, pelo regime, de auxílios-moradia mensais aos parlamentares 20 vezes superiores ao salário mínimo dos trabalhadores. Isso se soma aos seus salários, que chegam a 100 milhões de rupias ou ₱350.000 por mês. Ao mesmo tempo, Prabowo reduziu o orçamento destinado às regiões, forçando os governos locais a impor impostos adicionais de até 250%.

 

Os indonésios desprezam fortemente o regime, apesar de sua suposta “popularidade” durante as eleições. Em seu primeiro ano no poder, Prabowo concentrou-se em enriquecer seu gabinete e os parlamentares. Ele ampliou os poderes das forças armadas e da polícia para consolidar seu controle sobre o Estado. Fortaleceu a corrupção e os privilégios por meio da criação do BPI Danantara (Fundo Soberano Nacional).

 

A fúria dos indonésios já vinha se acumulando devido à incompetência do Estado em enfrentar a crise de subsistência e econômica. Os preços de bens e serviços, da educação e da saúde continuam aumentando. Muitos seguem desempregados, e a insegurança no trabalho é generalizada. O salário mínimo está muito aquém das necessidades de uma família.

 

Fora da capital nacional, intensifica-se a exploração do trabalho, corporações estrangeiras se apropriam de terras, os despejos de camponeses e povos indígenas são generalizados, a destruição ambiental prossegue e a oposição a megaprojetos de infraestrutura, mineração e plantações — iniciados pelo regime anterior de Widodo e perpetuados por Prabowo — é criminalizada.

 

Na cidade de Pati, em Java Central, 100 mil pessoas protestaram na primeira semana de agosto para rejeitar esses impostos adicionais, exigir a destituição do regente (prefeito) e reivindicar o fim de outras políticas antipopulares. Em julho, também ocorreram protestos de pequenos comerciantes, trabalhadores e pobres deslocados pelo megaprojeto de turismo Mandalika Special Economic Zone, de 1.175 hectares. No mesmo mês, trabalhadores da PT Huadi Nickel Alloy Indonesia entraram em greve contra demissões em massa e suspensões forçadas de trabalho, impostas sem negociação.

 

Os protestos indonésios atraíram apoio dos povos de países vizinhos da Ásia, que também sofrem com crises de subsistência semelhantes e enfrentam repressão e fascismo parecidos.

 

O Partido Comunista das Filipinas também expressou solidariedade aos protestos, afirmando que estes destacam o forte desejo do povo indonésio por uma mudança revolucionária. Junto às massas trabalhadoras da Indonésia, as massas trabalhadoras filipinas suportam o peso de um sistema econômico desigual, agravado pela crise capitalista global, enquanto as classes reacionárias e os políticos continuam a enriquecer.

 

Segundo o Partido Comunista das Filipinas, as condições na Indonésia estão maduras para uma intensa luta de classes, não apenas por meio de protestos de massas, mas, mais importante ainda, através da resistência armada e da guerra popular.

 

Do Ang Bayan

 

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