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"O desafio de ser uma revolucionária em tempo integral"

Foto do escritor: NOVACULTURA.infoNOVACULTURA.info

 

Loren, uma jovem, começou a se conscientizar socialmente durante a pandemia. Ela ficou indignada com o tipo de lockdown aplicado pelo regime de Duterte, que acabou com eventos importantes de sua vida, como a formatura do Ensino Médio e a comemoração de seus 18 anos. Seus pais perderam os empregos, e a família perdeu um ente querido porque não tinham como pagar as contas do hospital.

 

“Era impossível para mim permanecer cega naquela época”, relembra. Ela estava imersa nas redes sociais e seguia as postagens do professor e ativista Chad Booc. A partir de discussões online, ela percebeu a importância de se juntar a organizações de massa de jovens como ela, que estavam despertando para diversas questões do país.

 

“Tornei-me uma participante regular em reuniões no Discord e outras plataformas online”, conta Loren. Mas, apesar de seu interesse, houve um momento em que parou de se preocupar com as questões sociais. Ela se agitou novamente ao ouvir sobre o brutal assassinato de Booc e outros, conhecidos como os “Cinco de New Bataan”.

 

“Chorei, fiquei furiosa e passei o dia todo condenando o regime fascista quando soube o que aconteceu com o professor Chad”, recorda. “Não consegui guardar a tristeza e a raiva para mim mesma. Participei de protestos nas ruas para exigir justiça por quem me ajudou a tomar consciência e me motivou a agir”.

 

Desde então, ela nunca mais deixou as ruas. Retornou como estudante da Escola Nacional Democrática (PADEPA) e participou de protestos relâmpagos.

 

Quando as escolas reabriram, ela ingressou em uma universidade como “bolsista”. Lá, enfrentou o problema do alto custo da educação e a negligência do Estado com seu setor. Por causa disso, perseverou em organizar seus colegas estudantes.

 

“Aqueles no poder não vão simplesmente entregar o que a juventude merece”, afirma. Ela comprovou isso quando seu pedido de auxílio financeiro no último ano da faculdade não foi concedido. “Tive que me humilhar para continuar meus estudos ou me juntar a milhares de outros estudantes na esperança de entrar em universidades públicas”.

 

Apesar disso, ela ainda esperava se formar, pois faltava apenas um ano para obter o diploma. Mas também percebeu a futilidade de um diploma para mudar o sistema opressivo feudal-patriarcal e a sociedade que oprime duplamente jovens mulheres como ela.

 

“Brincava com meus camaradas dizendo que não precisava de um diploma universitário, pois já ‘me formei na PADEPA’ e persevero em estudar teoria e prática”, diz.

 

Em sua experiência, a vida de militante em tempo integral na cidade significa lutar diariamente e optar por superar a cultura burguesa enraizada.

 

“Não participo mais das baladas com meus amigos”, diz Loren, que gostava de fumar vapes e usar aplicativos de encontros no smartphone. “Desejo mais aprender teorias, estudar o Marxismo-leninismo-maoismo, ensinar na PADEPA, participar de ações, não importa quão cedo seja, imergir com agricultores e trabalhadores, e ir às escolas para conscientizar, organizar e mobilizar”.

 

Há momentos em que ela pensa em abandonar o trabalho. Para superar essas crises, ela reflete sobre como outros camaradas resolvem tais contradições. Ela pensa na longa história da revolução e nas muitas vidas sacrificadas. Mas muitos permanecem, mesmo sabendo que podem não ver a vitória. Ela admira profundamente os camaradas que avançam a causa nacional democrática por seus filhos e pela memória e legado deixados pelos camaradas mártires.

 

“Sinto vergonha diante do meu organizador, o professor Chad, que está entre as milhares de vítimas do regime fascista”, diz. “Não sou uma ativista e organizadora perfeita, mas não vou cansar de aprender, ensinar, retificar, superar, amar e lutar”.

 

Este ano, Loren enfrenta mais uma encruzilhada: continuar em tempo integral na cidade ou ir para o campo.

 

Do Ang Bayan

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