"Resistir ao monstro selvagem do imperialismo norte-americano"

Apenas um mês se passou desde que Donald Trump assumiu o cargo de presidente dos Estados Unidos da América, e ele já atacou e feriu tudo ao seu redor, como um monstro obcecado em reivindicar tudo para o seu reino. Por meio de suas declarações e ações, Trump arrancou a máscara de “promotor da democracia” dos EUA, expondo sua verdadeira face e natureza como uma potência imperialista insaciável, mergulhada em crise e desesperada para salvar seu império em declínio.

Dentro dos EUA, refletindo a aprofundada crise política e a ascensão de tendências fascistas, racistas e ultraconservadoras, o governo de Trump está pisoteando amplamente os direitos democráticos do povo americano. Sob as ordens de Trump, dezenas de milhares de funcionários públicos foram abruptamente demitidos sob o pretexto de “austeridade”. Ele mobilizou agências estatais armadas para deter violentamente ou deportar milhões de imigrantes “ilegais” nos EUA.

Em quase todos os cantos do mundo, povos e nações enfrentam pressões econômicas e ameaças de agressão do imperialismo norte-americano. Trump está usando a imposição de tarifas comerciais e a retirada ou retenção de ajuda militar e econômica contra países que ele deseja pressionar, subjugar ou dobrar às suas ordens.

Trump impôs tarifas adicionais a produtos do Canadá, México e China na tentativa de pressioná-los a ceder às suas demandas. Ao mesmo tempo, Trump declarou seu desejo de anexar o Canadá aos EUA como o 51º estado. Ele também anunciou planos de retirar o controle do Canal do Panamá do Panamá, alegando que ele favorece a China. Trump ainda fez barulho sobre sua intenção de "comprar" ou ocupar a Groenlândia.

Trump também declarou seu plano de “assumir o controle” e “possuir” a Faixa de Gaza, expulsando todos os palestinos de suas terras e casas. Isso é uma violação flagrante da liberdade e dos direitos dos palestinos à autodeterminação. Trump está instigando o estado sionista de Israel a retomar os bombardeios em Gaza, violando o acordo de cessar-fogo.

Recentemente, Trump ordenou a suspensão por 90 dias de programas no valor de US$ 64 bilhões financiados pela USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional). Ele está usando a suspensão para pressionar ainda mais países subdesenvolvidos que dependem fortemente dos programas da USAID. Entre os países pressionados por Trump estão os programas de saúde da África do Sul, para forçar o país a retirar a condenação à guerra genocida de Israel contra os palestinos e impedir a implementação de reformas agrárias que desmantelariam a ordem fundiária do antigo regime do apartheid.

Por iniciativa de Trump, os EUA e a Rússia iniciaram negociações supostamente para encerrar a guerra na Ucrânia. Tornou-se cada vez mais claro que essa guerra é uma guerra por procuração. Trump agora culpa a Ucrânia por “começar a guerra”, quando, na realidade, os EUA há muito usam a Ucrânia para se envolver com a Rússia. Na reaproximação de Trump com a Rússia em relação à Ucrânia, ele busca assumir o controle dos recursos minerais da região, enquanto cria uma divisão entre Rússia e China, com o objetivo estratégico de isolar a China.

Sob o comando de Trump, as forças militares dos EUA continuam a estabelecer uma presença significativa na Ásia, particularmente ao redor da China, e a equipar as forças armadas das Filipinas e o governo fantoche de Marcos Jr., para escalar continuamente as tensões com a China.

Temendo que Trump possa submeter o governo filipino a pressões semelhantes às impostas a outros países, o regime de Marcos agora se esforça para impressionar seu novo mestre, provando sua lealdade ao imperialismo norte-americano. Marcos está amarrando ainda mais a política externa e o bem-estar das Filipinas aos interesses e à agenda geopolítica de seu mestre imperialista, para cercar e conter o crescente poder da China imperialista.

Nas últimas semanas, o governo Marcos incitou uma histeria anti-China, prendendo supostos “espiões” chineses nas Filipinas (enquanto agentes da CIA operam livremente no país, como em seu avião espião abatido em Maguindanao). Também houve demonstrações contínuas de “expulsão” do “monstro” navio da Guarda Costeira chinesa no Mar da China Meridional (enquanto permanece em silêncio quando o enorme USS Carl Vinson passou pelas águas territoriais das Filipinas, entrando entre Leyte e Mindanao, antes de se posicionar em Palawan).

As ações do governo Trump demonstram o desespero do imperialismo norte-americano em se afirmar como a principal potência mundial, apesar de seu declínio estratégico. Ele representa os interesses dos capitalistas monopolistas americanos que buscam expandir o alcance da influência e do controle dos EUA sobre recursos naturais, rotas comerciais e campos de investimento em várias partes do mundo.

As ações brutais, violentas e destrutivas de Trump estão provocando uma resistência generalizada ao seu governo. Mesmo agora, a indignação dos trabalhadores e cidadãos americanos está crescendo rapidamente. Até alguns tribunais e agências governamentais se opõem à tirania de Trump. O número crescente de protestos em todo os EUA é um indicativo de uma onda gigantesca de manifestações que certamente engolfará o regime de Trump, mais cedo ou mais tarde.

O povo filipino também deve agir imediatamente para lutar contra o regime fantoche submisso de Marcos, se opor à intervenção dos EUA e se opor aos esforços para arrastar o país para conflitos iniciados pelos EUA em benefício próprio, especialmente contra sua rival, a China. Elevar o espírito de patriotismo do povo filipino para avançar a guerra popular pela genuína liberdade nacional e acabar com o controle e a dominação do imperialismo norte-americano, que é a maior causa raiz do sofrimento e das dificuldades do povo filipino.

Do Ang Bayan