"Organizar-se para derrotar a agenda fascista de Trump! Construir o movimento de massas e avançar as lutas populares!"

Fascismo e o segundo Governo Trump
No dia 20 de janeiro de 2025, Donald Trump assumiu oficialmente a presidência dos Estados Unidos, colocando a facção mais perigosa da classe dominante – e a mais aberta sobre suas intenções contra o povo – no comando do imperialismo dos EUA. Sua primeira semana de políticas de “choque e pavor” mostra como essa facção pretende consolidar ainda mais sua supremacia, não apenas negligenciando a população, mas atacando-a ativamente.
O simples fato de que Trump é um criminoso condenado ocupando a Presidência e agindo como se estivesse acima da lei e da Constituição dos EUA expõe a podridão e corrupção do sistema. Suas escolhas para o Gabinete, baseadas na lealdade em vez de competência, continuam a tendência de consolidar o poder da facção mais repressiva da classe dominante. Seu discurso de posse e suas Ordens Executivas na primeira semana de governo mostram a intensificação de ataques diretos contra a maioria do povo, evidenciando que qualquer “direito” anterior era apenas uma proteção legal temporária, dependente dos caprichos da facção dominante.
Em seu discurso de posse, Trump falou sobre a chegada da “era dourada da América”. Logo em seguida, deixou claro o que queria dizer com isso: uma era de fascismo total, de mais guerras e militarização pelo mundo; onde comunidades migrantes – já deslocadas por políticas dos EUA – são ainda mais perseguidas e atacadas; onde mulheres e pessoas LGBTQ sofrem maior violência, seja pela normalização da violência sexual, seja pela repressão estatal e a remoção de direitos reprodutivos, cuidados de afirmação de gênero e proteções no local de trabalho; onde trabalhadores são ainda mais explorados enquanto as grandes corporações prosperam; e onde os recursos naturais continuam sendo saqueados em meio a crises ambientais cada vez mais severas.
Trump promete resolver os problemas da sociedade, mas não se enganem – ele é um mentiroso. Ele e o Partido Republicano são inimigos do povo. Desde sua eleição, ficou claro de que lado ele está, desde suas escolhas para o Gabinete até suas políticas. Ele quer tornar o povo dos EUA e do mundo mais vulnerável à exploração e opressão, servindo diretamente os interesses das grandes empresas das quais ele mesmo faz parte.
Devemos lembrar que o fascismo não é um mal abstrato ou uma falha moral, mas uma resposta da classe dominante à sua própria crise. Durante décadas, os EUA evitaram o fascismo interno sustentando regimes fascistas em suas colônias e semicolônias para manter os lucros em crescimento. Mas a ascensão de Trump sinaliza o aprofundamento da crise no sistema imperialista. O capitalismo, em sua busca incessante por expansão e controle dos mercados mundiais, tem causado crises econômicas e políticas constantes. Com a decadência da hegemonia dos EUA como principal potência imperialista, o país se torna cada vez mais agressivo e repressivo, exportando violência e instabilidade ao redor do mundo. O império está morrendo e desesperado – o povo deve se unir para lutar!
O que o Fascismo significa de verdade
Apesar de negar durante a campanha, Trump e seu gabinete estão implementando o Projeto 2025, uma agenda que ameaça eliminar agências reguladoras da educação, saúde e trabalho, consolidando uma ideologia protecionista e ultraconservadora.
O que o fascismo significa para os trabalhadores
Desde seus financiadores bilionários até suas escolhas para o Gabinete, está claro de que lado Trump está. Durante sua campanha, magnatas como Elon Musk, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos doaram milhões para garantir influência sobre seu governo.
Os trabalhadores já sofrem com a crise econômica, com salários baixos, ataques à sindicalização, aluguel alto, falta de acesso à saúde e condições de trabalho precárias. Agora, Trump intensificará essa exploração, removendo proteções trabalhistas conquistadas através de décadas de luta sindical. Suas Ordens Executivas já mostram esse ataque direto:
“Congelamento Regulatória até Revisão”, impedindo qualquer agência governamental de propor novas regulamentações sem a aprovação de um indicado por Trump.
“Fim da Discriminação Ilegal e Restauração da Meritocracia”, encerrando programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) e incentivando empresas privadas a fazer o mesmo.
O que o Fascismo significa para os imigrantes
Trump iniciou sua guerra contra imigrantes com dez ordens executivas sobre imigração logo após sua posse. Ele revogou proteções a imigrantes, fechou o processo de asilo, ordenou deportações em massa e militarizou ainda mais a fronteira com o México.
Ele quer criminalizar imigrantes e usá-los como bodes expiatórios para as crises do país, incitando o ódio e o medo. Suas políticas visam beneficiar corporações privadas que lucram com a expansão de centros de detenção imigratória desumanos.
O que o Fascismo significa para mulheres e pessoas LGBTQ
Trump assinou uma ordem executiva chamada “Defendendo Mulheres Contra a Ideologia de Gênero Extremista”, negando a existência de pessoas trans e revogando financiamento público para proteção de direitos LGBTQ. Isso inclui cortar recursos para cuidados de saúde e abrigo para mulheres trans sobreviventes de violência doméstica.
Essa ordem é um ataque direto às mulheres e pessoas LGBTQ, dividindo o povo e reforçando a vigilância, criminalização e violência contra essas comunidades.
Impactos globais
A presidência de Trump não prejudicará apenas o povo dos EUA, mas o mundo todo. Seu governo buscará expandir ainda mais as provocações militares e a construção da máquina de guerra imperialista, levando o mundo à beira de uma guerra global.
Trump já declarou sua intenção de fortalecer as Forças Armadas e adotar políticas agressivas para manter a supremacia dos EUA. Suas declarações sobre reivindicar a Groenlândia ou renomear o Golfo do México como “Golfo da América” expõem suas aspirações imperialistas.
Além disso, diante da crise climática global, Trump está desmontando políticas ambientais e incentivando a extração de petróleo e combustíveis fósseis.