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Broyelle: "Contra o eterno feminino"


Confúcio morreu faz mais de 2 mil anos, mas sua ideologia corrupta segundo a qual os homens são nobres e as mulheres inferiores, ainda influencia as pessoas e se manifesta a cada momento.

Eis aqui um exemplo do que se pode ler atualmente na imprensa chinesa. No que batem esses artigos particularmente numerosos, consagrados às mulheres, não é no reconhecimento que existe na China ainda hoje das doutrinas, das concepções “antimulheres”; isto se diz há muito tempo. Não, o que se observa em primeiro lugar é o tom desses artigos que significam claramente o que expressam. E também o que acrescentou como confirmação do que “resta por fazer” para chegar à igualdade completa entre ambos os sexos.

Eis o que contrasta com as correntes direitistas que se manifestam especialmente todos esses últimos anos, e segundo as quais mulheres e homens seriam hoje em dia perfeitamente iguais. Alguns até havia chegado a pensar que “uma vez que esta igualdade já existe, não há razão para criar de novo uma organização específica de mulheres”. Não mais opressão, não mais problema.

Evidentemente, semelhante corrente, tendendo no fundo a negar a luta de classes e, portanto, a necessidade de lutar, se apoiava sobre as ideias erradas no povo, podia entranhar graves consequências. É o que aconteceu algumas vezes, em diferentes domínios. Esta corrente, menos paradoxalmente do que parecia à primeira vista, coexistir pacificamente com o que se poderia chamar de antifeminismo ultraclássico e universal, que consiste em pregar muito descarada e abertamente o desprezo pelas mulheres, sua inferioridade “biológica”, natural. Distinguindo-se por sua linguagem, por suas palavras, essas duas correntes se encontram confundidas em um ponto primordial: frear com todas suas forças a iniciativa das mulheres, impedir-lhes de “passar a ação” como, pelo contrário, lhes recomenda o editorial de 8 de março de 1974.

A réplica revolucionária a esta ofensiva da reação (que, além do mais, não tem se limitado apenas no domínio das mulheres mas que, pelo contrário, tenta progressivamente em todos os domínios da vida social atrair uma restauração da antiga ordem, restauração que necessita imperiosamente do retorno das mulheres a um estatuto de seres inferiores), começou há mais de um ano. Desde o princípio de 1972, ou seja, apenas uns meses depois do final de Lin Piao – e certamente isso não é uma mera coincidência – se poderão encontrar na imprensa chamados para preocupar-se sobre a questão feminina. O editorial do Renmin Ribao de 8 de março de 1973 [1] dará o verdadeiro início a uma arrancada profunda no movimento de libertação das mulheres. Arrancada que uns meses mais tarde será marcada particularmente pela reconstrução regional da Federação das Mulheres. Há um ano, esta campanha se ampliou. A colocação em marcha no início desse ano, “pi Lin pi Kong” [2] apela de imediato para sua participação massiva, como o veremos mais adiante.

Para fazer hoje o balanço provisório desta campanha, nos é possível reconstituir bastante claramente os domínios nos quais a burguesia tentava ainda, opera sua “restauração”, da mesma forma que a colocação em marcha do contra-ataque revolucionário. Na hora que em nossos países as mulheres têm cada dia mais consciência da opressão que padecem, em que são cada vez mais numerosas para combatê-la, esta nova onda do movimento de libertação das mulheres na China, sem dúvida não carece de interesse para a nós.

É necessário libertar as mulheres do trabalho doméstico?

Afirmar que homens e mulheres são desde agora iguais, é ao mesmo tempo impedir-se de tomar medidas concretas necessárias para permitir as mulheres justamente chegar a essa completa igualdade. O soberbo desprezo ancestral pelo trabalho doméstico encontra aí sua razão. O desenvolvimento das oficinas de trabalho doméstico que são medidas concretas materiais (de grande importância pública, jamais se tirar o suficiente!) para libertar as mulheres das tarefas domésticas, foi freado, inclusive até às vezes detido, sobre o pretexto de que o homem e mulheres compartilham de agora em diante equitativamente o trabalho doméstico.

Esta tendência nefasta é duplamente errada. Em primeiro lugar porque considera sistemática uma prática que é ainda produto de uma vanguarda, ainda que esta última seja relativamente grande. Em segundo lugar e, sobretudo, porque está claro que o desaparecimento do trabalho doméstico feminino deriva principalmente da sua socialização e sua mecanização, e não de uma nova repartição igualitária entre maridos e mulheres, ainda que a repartição siga absolutamente necessária por mais de uma razão, como indicamos. [3]

No artigo aparecido no número de dezembro de 1973 do Hogqi, se existe sobre a importância dessa questão: “sobre a questão da polarização das mulheres em relação às tarefas domésticas, se deve fazer uma análise concreta. Durante milênios, as mulheres foram reduzidas ao papel de escravas domésticas. O pensamento fundamental dos proprietários latifundiários, da burguesia, era: fechá-las na casa, aborrecê-las com trabalhos domésticos, impedi-las de participar das atividades da produção social e das atividades políticas. Uma das tarefas importantes do proletariado é libertar as mulheres dessa escravidão. Depois da libertação, graças ao socialismo, com a participação das grandes massas de mulheres na produção social, esse estado de coisas mudou profundamente. Porém, em razão da ideologia das classes exploradas, do chauvinismo masculino, e nessa razão dos limites das condições materiais, as mulheres não foram completamente libertadas das suas tarefas domésticas”.

Com efeito, se essas tarefas foram defendidas, o pretexto evocado não seria a única causa. No transcurso de visitas recentes pudemos descobrir outras. Por exemplo, o desprezo pelo trabalho doméstico, por todo trabalho doméstico, denunciado vigorosamente hoje, evidentemente arraiga um atraso na sua socialização. Algumas ideias poderão influenciar, tais como: “trabalhar em uma oficina de serviço não é servir o povo, é serviu interesse privado as pessoas”. O melhor: “só o trabalho produtivo – compreendido como o trabalho na fábrica – é nobre”, ideia bastante difundida em certo momento entre a juventude [4], ou ainda mais, e ao contrário, a velha demagogia liushista: “ocupar-se de sua casa e de seus filhos, é também uma tarefa revolucionária”.

Entretanto, as oficinas de serviços não são mais do que o início do desaparecimento do trabalho doméstico. Ainda falta, sobre a base de colocar em comum tarefas antigamente familiares, realizar a mecanização. Esta mecanização, por sua vez não pode vir fundamentalmente senão de dois setores: por uma parte, os melhoramentos efetuados na base pelos mesmos trabalhadores desses serviços, e por outra, o desenvolvimento da indústria ligeira nos ramos respectivos (por exemplo, produção de máquinas de lavar coletivas).

Porém, os progressos nesses dois setores são estreitamente ligados à linha política que os guia. Seus trabalhadores dos serviços, mulheres em sua imensa maioria, não elevam seu nível de conhecimento, cultural e técnico, se sua cooperação com operários experimentados não está corretamente organizada, a mecanização pode retroceder-se muito. Também, se as necessidades concretas das massas nesse domínio não estão suficientemente sistematizadas e conhecidas pelo setor industrial é possível chegar a uma situação na qual se avalie mal a importância de tal ou qual produção para a libertação das mulheres. Aqui também a Federação das Mulheres tem um grande papel a desempenhar, papel de união das massas de mulheres, de pesquisa acerca das suas necessidades, motor de novas iniciativas. Os “limites atuais das condições materiais” de que trata o artigo citado deverão ser superados. E para isso é essencial a mobilização política e ideológica.

A formação de quadros femininos

Este domínio é especialmente interessante já que permite ver, com toda evidência, até que ponto ambas as concepções, supostamente opostas: “homens e mulheres são perfeitamente iguais”, e “as mulheres são inferiores” se juntam e se comunicam na harmonia mais completa.

O mesmo artigo de Hongqi do que falávamos mais acima, que justamente se intitula “Preocupemo-nos com a formação de quadros femininos”, diz muito claramente: “No momento atual na China o número de quadro femininos não corresponde às necessidades da edificação de nosso país. Há uma distância muito considerável entre o número atual e o que necessitaria dentro do partido; sobretudo dentro das equipes dirigentes, o número de quadros mulheres é muito pequeno. Este estado de coisas torna mais lento o ritmo de movimento para libertação das mulheres. É necessário compreender a importância desta questão e tomar medidas a respeito para acabar com a situação”. [5]

Como se poderia tomar medidas especiais para favorecer a formação de quadros femininos se as pessoas se contentam em reprisar em todos os tons que as mulheres já chegaram a igualdade com os homens? Também, descuidando de tomar as medidas que se impõem, tenta justificar a posteriori o número relativamente pequeno de quadro femininos; se continuar a, pois, dizendo aqui e ali que é porque as mulheres são atrasadas naturalmente.

Comprovar ou reformar

A pessoa se limita então a “lamentar” que seu nível cultural e político seja ainda demasiado baixo, que não tenham tempo devido às ocupações domésticas, em suma, que hoje em dia não se lhes poderiam confiar responsabilidades, mais tarde se verá... entre outras coisas o Hongqi replica: “alguns camaradas estimam o que elas têm um nível de formação muito baixo, pouca aptidão... Acham que estão inteiramente absorvidas pelas tarefas domésticas. Portanto, chegam à conclusão de que é difícil selecionar quadros entre as mulheres. Esta maneira de ver as coisas é também uma causa que tem diminuído o ritmo do movimento. Achar que as mulheres têm menos aptidão é superficial e em desacordo com a realidade. Se entre os camaradas há ainda mulheres pouco aptas e de nível cultural baixo, é necessário buscar suas razões nas condições de classe e na história social. Ao chegar a compreender isso, se deve fazer ainda mais esforços para ajudá-las na formação, a elevar seu nível, e não há que subestimá-las no absoluto”.

Dizer das mulheres que “estão ainda demasiado absorvida” eis aí com efeito uma afirmação objetiva, aparentemente neutra, porém tirar daí a conclusão de que “não é possível confiar-lhes tarefas de responsabilidade”, eis uma atitude reacionária que o Partido e os comitês das mulheres criticam com veemência. É necessário preocupar-se mais com problemas concretos, particularidades das mulheres: desde o editorial do 8 de março de 1973, é que surgem to­da a propaganda sobre este assunto. Certamente existe ainda hoje contradições entre o trabalho doméstico que as mulheres realizam e as tarefas políticas, ideológicas e culturais que devem assumir. Negá-lo, já o vimos, não ajuda as mu­lheres, mas contentar-se em comprová-lo, tão pouco adianta.

Para avançar é necessário aplicar energicamente uma série de reformas que já se provaram em muitos lugares de vanguarda. [6] É por isso que se reafirma política seguinte: “É necessário, pois, uma justa solução para a contradição entre o trabalho revolucionário trabalho doméstico. É necessário elogiar o fato dos maridos e mulheres compartilhar o trabalho doméstico. Ao mesmo tempo, é necessário ajudar as mulheres a resolver sistemas particulares, defender o matrimônio tardio e o planejamento familiar, administrar bem os estabelecimentos de bem-estar social [7] para proteger as mulheres, as mães e os filhos, assegurar um bom funcionamento das creches. [8] Apenas adotando uma atitude justa e tomando medidas concretas é que facilmente poderão ser superadas as dificuldades no que diz respeito as mulheres”.

Somente aplicando firme e sistematicamente essas reformas, é que se poderá resolver a contradição. Ao mesmo tempo, hoje em dia na China, reformar ou não aparece como único critério objetivo que permite julgar, para além de toda manifestação formal sobre a “causa das mulheres”, e se segue ou não uma linha revolucionária.

A formação de quadros femininos seguirá ainda por muito tempo um terreno privilegiado da luta entre a revolução e a contrarrevolução. Mulheres nos postos de direção, eis o que choca diametralmente com a velha moral reacionária. “Se elas triunfarem nessas tarefas, para que servirão então os homens?” – escreve uma operária ao se referir sobre a inquietude de certos maridos.

Pouco convencidos no fundo, alguns se consideram muito satisfeitos (e acreditam haver realizado uma façanha digna de elogios (assim que sua equipe de direção aumenta com algumas mulheres.

O citado artigo de Hongqi responde: “a promoção de quadros mulheres nas equipes dirigentes significa o começo e não o fim do processo da sua formação. Para que elas possam continuar dando prova de dinamismo e de entusiasmo é necessário ainda levar a cabo um trabalho minucioso. É relativamente fácil para uma organização do partido fazer elevar-se a quadros algumas mulheres; porém fazê-las amadurecer politicamente, isso é outra questão. Por isso é que as equipes dirigentes nos diversos níveis deve concentrar seus esforços na educação política e ideológica das mulheres, animadas a progredir e a superar seus pontos débeis para que tenham a audácia de assumir responsabilidades importantes [...]. A via fundamental para a formação de quadros mulheres é deixá-las experimentar-se nos três grandes movimentos revolucionários para elevar assim seu nível de consciência e de competência [...]. Os comitês do Partido nos diferentes níveis devem ter como tarefa criar as condições para um desenvolvimento rápido e bom das mulheres, para que tenha mais oportunidades de aguerrir-se. As mulheres quadros, quando assumir responsabilidades devem ter ocasião de valorizar-se e gozar de confiança e apoio, sobretudo, de ajuda nos momentos difíceis. É uma tarefa para todo o Partido e não somente para alguns departamentos especializados [...]. Os comitês do partido nos diferentes níveis devem compreender esta questão no marco da luta de duas linhas e da consolidação da ditadura do proletariado [...]. Sem deter o trabalho profissional é necessário organizar para as mulheres períodos de estudo, criar para elas escolas de quadros do 7 de maio, é necessário elaborar planos para sua educação. As mulheres quadros devem ter uma compreensão suficientemente clara da sua gloriosa tarefa na edificação socialista e na revolução, devem ampliar seu horizonte e ter audácia de lançar-se à prática, estudar assiduamente para desenvolver se com rapidez. Seguramente veremos as mulheres aportarem uma imensa contribuição a edificação e a revolução socialista”.

Um pouco por todas as partes, unidade de base escreveram nos jornais nacionais para referir os resultados que elas obtiveram aplicando esta política e retificando o estilo de trabalho. Uma comuna popular do Kiangsu [9] relata que doze de suas equipes de trabalho estavam compostas principalmente por mulheres. Antes, todos os chefes de equipe eram homens, o que havia criado uma má situação. Os homens ignoravam os problemas das mulheres ou melhor, não se preocupavam o suficiente. Por outra parte, devido às tradições ancestrais a respeito do lugar da mulher na sociedade, estas não se atreviam a expressar seus pontos de vista, suas divergências e dificuldades. No transcurso do movimento de crítica à Lin Piao e de retificação do estilo de trabalho, “a brigada estudou conscienciosamente esse problema”. Foram eleitos novos chefes de e­qui­pe e todos são mulheres. Os resultados não se fizeram esperar: a unidade entre dirigentes e dirigidos se estreitou, os problemas concretos puderam ser estudados e resolvidos a tempo na medida em que apareceram, o estudo político fez grandes progressos no seio dessas equipes. O trabalho produtivo se desenvolveu notavelmente. De tímidas no início, mulheres se temperaram em suas novas responsabilidades. Seu prestígio ressaltou sobre o conjunto de mulheres que se acham revalorizados. A lição é clara: aqueles que creem que a natureza ou o destino fizeram as mulheres para obedecer docilmente e para ocupar-se de tarefas subalternas, consciente ou inconscientemente, tomam caminho da contrarrevolução.

A Federação de Mulheres se reconstitui

É, pois, no contexto desta campanha orientada para voltar a centrar a questão feminina que a chinesas começaram o movimento de crítica contra Confúcio e Lin Piao. Porém, outro fator que lhes é muito favorável na luta em curso, é a reconstrução da Federação de Mulheres. Desde junho de 1973, se celebrou em todas as regiões da China congressos da Federação de Mulheres; um pouco por todas as partes se haviam tornado a criar antes novos comitês de base da Federação de Mulheres, que desenvolveram imediatamente uma gran­de atividade. Desde 1966, as mulheres em sua grande maioria não se haviam organizado como tais. Uma “tão longa ausência” da Federação e talvez de levar se encontra nessas correntes “igualitaristas” de que temos falado. Em todo caso, deve ter sido mais negativo para as mulheres do que para as outras partes das massas que também permaneceram sem suas organizações tradicionais durante muitos anos. De fato, se a Liga da Juventude, e os sindicatos, foram provisoriamente suspensos como foi o caso da Federação de Mulheres, os jovens e os operários tiveram desde o princípio da Grande Revolução Cultural Proletária suas próprias organizações revolucionárias, necessárias nesta fase de luta, e onde podiam colocar e debater seus problemas, como por exemplo as organizações de guardas vermelhos, ou dos rebeldes revolucionários nas fábricas, mais tardes congressos de fábricas. Enquanto às mulheres, não tiveram – em geral – lugar político próprio no qual pudessem elaborar uma crítica coletiva do que ainda as oprimia.

Por padecer em uma opressão específica, mulheres têm necessidade organizações específicas, tanto para ajudá-las a participação plenamente no conjunto da revolução, como para ajudar a revolução a compreender a importância do movimento da metade da população. [10]

As mulheres são uma força motriz no movimento de crítica a Confúcio e Lin Piao

Desde o início da campanha de crítica que nestes últimos tempos tomou amplitude nacional, citam-se os quatros desprezos reacionários da ideologia confuciana: desprezo pelo trabalho manual, desprezo pelas mulheres, desprezo pelos jovens e desprezo pelos governados.

Sem adiantar-se imprudentemente, se pode apostar que a questão feminina estará com esse movimento [de critica a Confúcio], ainda mais do que com a Revolução Cultural, em vista da luta de classes.

As mulheres não se equivocaram a respeito, e escreve aí no Renmin Ribao [11]: “Somos nós, as mulheres trabalhadoras, que temos sofrido mais pelo confucionismo, por isso é que temos os maiores direitos a tomar a palavra na crítica à Confúcio”.

Os comitês da Federação de Mulheres partiram para a guerra contra Confúcio. Organizam-se períodos de estudo. As mulheres chinesas se propuseram a acertar as contas de uma ideologia mais de duas vezes milenar, de tal maneira estendida e enraizada que quase se poderia acreditá-la como “sabedoria popular”. Se há uma história tão longa, é porque as bases materiais da antiga China eram adequadas para essa ideologia. Evidentemente, as coisas mudaram fundamentalmente hoje. Mas essa concepção subsiste, não somente porque marcou profundamente a cultura, a maneira de pensar, incluindo a do povo, mas também porque existem ainda sequelas materiais da antiga sociedade que constituem um veículo [12]. Aprofundar nesta crítica necessariamente conduzir a reformar as relações sociais arcaicas que subsistem. E para esta ofensiva se deve, apoiando-se firmemente nas relações revolucionárias de produção que já existem, mobilizar a opinião pública, as grandes massas de homens e mulheres, criticar os velhos hábitos, colocar à frente os novos costumes socialistas. É necessário permitir as mulheres “libertar seus espíritos” e, por ondas sucessivas, abater o eterno feminino.

As mulheres da Federação da Rua Yuen Pin, em Fukien, escreve: “Na mobilização das mulheres do bairro para a crítica à Confúcio, se afirmaram as “cinco destruições e a cinco construções”, tendo em conta fenômenos da luta de classes que se manifestam atualmente no setor ideológico: 1) destruir as superstições feudais [13]; edificar a concepção segundo a qual é o trabalho o que cria o mundo; 2) liquidar o antigo sistema matrimonial segundo o qual os pais decidem arbitrariamente (ou fazem “pressões”) o matrimônio seus filhos, e consideram matrimônio como mercado; reforçar a liberdade do matrimônio, que se faz de uma maneira nova; 3) eliminar a ideologia segundo a qual os homens são nobres e as mulheres humildes, eliminar o poder marital. Se lhe substitui pelo conceito de igualdade de direitos entre ambos os sexos; praticar o princípio “trabalho igual, salário igual”; praticar o controle de nascimentos; 4) eliminar a teoria segundo a qual as mulheres são retrógradas; opor a esta a concepção segundo a qual as mulheres são “a metade do céu”; 5) eliminar as teorias: “fazer estudo para converter-se em alguém “e “ir ao campo para fazer-me ver”; opor a concepção: “estudar para servir o povo” e “valorizar o trabalho agrícola”.

Para levar a cabo essas “cinco destruições e cinco construções” as mulheres da Rua Yuen Pin organizaram sua campanha. Dão certas indicações da amplitude de sua mobilização durante algumas semanas: período de estudos, manifestações de críticas, reuniões e debates, redação de pequenos jornais, artigos na imprensa, dazibaos. No total, 1200 mulheres da Rua Yuen Pin participam ativamente nesta mobilização. Os cursos vespertinos de política foram reforçados, o número de mulheres que participa neles se duplica. Algumas que por complexo de inferioridade, não se atreviam até então a tomar a palavra, agora intervêm.

Em artigos da imprensa se pode comprovar que a ofensiva contra o chauvinismo masculino se levava por três lados de uma vez.

Propagava-se as façanhas reais femininas, mostrando que os tempos mudaram, publicando, por exemplo, o que as mulheres de tal ou qual lugar criaram para a coletividade, por exemplo, em Yuen Pin: “Ao chamado da diretiva do 7 de maio as mulheres do bairro empreenderam o preparo de novos campos. Elas os arrumaram. Durante três anos consecutivos obtiveram um rendimento nos cereais de 75 quintais por hectare. Contando com suas próprias forças, constituíram pequenas fábricas elevando consideravelmente a produção industrial. O bairro foi transformado por elas, de bairro “de consumo” em bairro “de produção”. Estes fatos indiscutíveis constitui o rechaço implacável a doutrina do desprezo pelas mulheres, de Confúcio, Liu Shaoqi, Lin Piao e outros.

Com frequência as mulheres evocaram em seu favor unidade femininas de vanguarda no plano nacional. Os artigos da imprensa central, que glorificavam suas proezas, foram comentados, estudados e publicados localmente.

Simultaneamente, denunciam doutrinas confucianas tais como “mu­lheres estão feitas para obedecer”, “mulheres são difíceis de manejar”, “é necessário fixar regras de conduta para as mulheres e os filhos, senão, se afastaram do bom caminho”, “como a galinha ou galo, a mulher pertence ao marido”, “quanto mais filhos, maior felicidade”, etc.

O editorial do Renmin Ribao de 8 de março de 1974, reforça a esse respeito: “a teoria da superioridade do homem sobre a mulher e da escravidão e da independência da mulher devem ser condenadas impiedosamente, e se deve liquidar sua sinistra influência. Não apenas as mulheres, mas também os homens devem criticar essas teorias”.

A maior parte do tempo, essas críticas se fazem a partir de exemplos concretos, individuais ou não, conhecidos por todos localmente. Por exemplo: “Sie Sieu Yin tem quatro filhas; para ter um filho que continuasse o nome da família, se recusou a participar a contracepção”. Outra recusou converter-se em quadro temendo não estar à altura; outra mais não se atrevia deixar sua casa acreditando que seu destino ela está ali. Os exemplos desse gênero, vestígios do confucionismo não faltam. Esses casos se estudam coletivamente para federação local das mulheres. Coletivamente se ajuda em sua solução. Cada êxito é popularizado e serve para animar os demais.

Enfim, se elaboram medidas concretas a mais longo prazo, principalmente na criação de novas pequenas oficinas ponta no velho bairro de Pequim visitado otimamente, ficavam ainda donas-de-casa “em casa”. Essencialmente, eram mulheres de bastante idade, aposentadas, ou mulheres de pouca saúde, inclusive mutiladas, de modo que sua participação no trabalho das pequenas oficinas vizinhos eram praticamente impossível. Estudando esse problema, o comitê de habitantes criou uma pequena oficina de pequenas manufaturas de elementos de decorações teatrais (flores de papel, grinaldas, etc.), oficina do 7 de maio. [14] Situado no coração das pequenas ruelas, a oficina permitiu as mulheres reunir-se aí segundo suas possibilidades, alguma só à tarde, algumas duas horas ao dia, na medida das suas forças. Organizam elas mesmas sua produção e recebe um salário. Este trabalho não somente é útil e responde à necessidade do Estado, mas além disso lhe permite reunir-se, a romper com o isolamento que, sem esta adequada medida, seria seu destino.

Igualmente se vê com frequência apareceu ultimamente a crítica das três audiências e das quatro virtudes. Apregoadas por Confúcio e Mencio, as três obediências significam que a mulher deve obedecer seu pai e a seus irmãos mais velhos durante a juventude, a seu marido durante o matrimônio, e a seus filhos na viuvez. Quanto às quatro virtudes, fixam o comportamento que mulheres devem observar em sua conduta, seus propósitos, sua arrumação e suas tarefas domésticas. Mais precisamente: a mulher deve moderar-se em todas circunstâncias, observar ritos tanto em suas palavras quanto em sua conduta. Sua conversação, para não irritar os homens, deve ser “reservada” e, para não dizer mais, “reduzida”. Se ri deverá tapar sua boca com a mão, pois mostrar os dentes e a língua é impudico. A escolha da sua arrumação é ditada pelo imperativo de agradar aos homens; enfim, deve realizar com agrado suas tarefas domésticas.

Ao diabo toda essa insensatez retrógrada! Ouve-se dizer e se lê quase por todas as partes.


É claro, hoje em dia na China [15] não se encontrará mais muita gente que defenda abertamente e ao pé da letra essas regras feudais.

Porém como dizia o princípio deste texto, essas teorias continuam influenciando as pessoas a cada instante. A doutrina de Confúcio, eminentemente antipopular, quase se poderia dizer que racista em relação ao povo e às mulheres em particular, pesa há 25 séculos sobre as massas e ainda marca a ideologia das massas chinesas; por outra parte, explica porque a burguesia ainda hoje está obrigada a apoiar-se no confucionismo para seus projetos contrarrevolucionários. Isto explica também que o movimento atual é de importância crucial para o futuro da Revolução Chinesa. Desacreditar radicalmente o confucionismo entre as grandes massas, é assestar um golpe muito severo à reação. E como não se trata de um assunto insignificante, será um movimento de longa duração. Há 50 anos, o Partido Comunista da China existe e, no fundo, o combate contra o confucionismo, jamais cessou. Contudo, desta vez o salto é sistemático.

As mulheres estão no coração dessa luta. Rechaçando a docilidade ancestral, o que se quebranta são todas as relações de hierarquia paternalista herdadas do feudalismo. Entre as que lutam contra o “poder absoluto” do marido, e as que combatem a severidade dos seus professores nas escolas, as que rechaçam o deus dos estímulos materiais, a solidariedade se produz rapidamente. Os temas ideológicos mais importantes da luta têm efeito muito profundo para as mulheres. Por exemplo, a crítica radical da teoria do gênio. Além disso na China, como na Europa, se sabe bem que “gênio” é o destino privilegiado de certos homens; destino desconhecido pelas mulheres, a própria ideia de gênio, isto é a predisposição natural, inata, para realizar certas tarefas em lugar de outras, é à base de todos os sistemas teóricos sobre a desigualdade entre os sexos. Entendesse que ao denunciar o gênio, mulheres têm algo a dizer e a ganhar. Sabem do que falam. Vamos mais longe: é inimaginável que a crítica conto desprezo pelo trabalho manual, pelos governados, resulte vitoriosas e as massas de mulheres que, desde a mais longínqua antiguidade se encontravam por princípio ao lado do trabalho manual, não façam que se funda sua experiência com a revolução em curso.

O “pi Lin pi Kong”, é além disso um método por meio do qual o povo aprende a não se deter no que é superficial, e sim ao contrário, analisar a essência dos fenômenos. “Está proibido desprezar as mulheres”, diz o número de dezembro de 1973 em Hongqi: “entre os oprimidos, eram as mulheres as que o estavam mais; seu estatuto político e econômico era o mais baixo. Porém, também eram elas que formavam as reivindicações mais urgentes e alimentavam maior entusiasmo pelo socialismo”. Não ver que sua aparente inferioridade, não só não está de acordo com a realidade, mas priva a revolução desse maior entusiasmo.

No editorial do Renmin Ribao de 8 de março de 1974, justamente se levantam contra os que acreditam que as mulheres não poderão, em razão do seu nível cultural mais baixo, desempenhar grande papel no “pi Lin pi Kong”. É que, na realidade, essas mesmas pessoas fizeram que o movimento de crítica fosse uma simples discussão acadêmica entre pessoas do mundo a respeito de alguns detalhes arqueológicos.

O desenvolvimento da luta mostrará que, longe de ser atrasadas, as mulheres são um dos maiores essenciais do “pi Lin pi Kong”.

Uma vez mais a Revolução Chinesa nos recorda aqui que não há que se esquecer da luta de classes. Negar a persistência da desigualdade das mulheres, acantonar se em um palavrório jurídico, em uma palavra, falar às pressas de vitória definitiva da libertação das mulheres, é oposto ao movimento da história, é entorpecer a luta das mulheres por sua emancipação, é opor-se expressamente a Mao Tsé-Tung, que não cessou de reafirmar que a emancipação das mulheres necessitaria de um combate de longa duração e de todos os momentos: “não é senão no transcurso do período de transformação socialista da sociedade no qual as mulheres poderão libertar-se progressivamente”. Enquanto não acabe este período, a libertação das mulheres não será completa e, para dizer de uma vez, será suscetível de um regresso a opressão anterior.

As mulheres chinesas transformaram fundamentalmente seu estatuto hoje em dia. Eis aí um ponto capital, a base a partir da qual se lançam todas as lutas atuais. Negar tal transformação, subestimá-la, manter a esse respeito uma visão superficial das coisas, isolar de seu contexto alguns fatos aqui ou ali, recusar a ver a tendência da revolução, sua orientação, isto é, queira-se ou não, adotar um ponto de vista estático e metafísico. Isso faz parte da mesma corrente que, na China, tende a negar as “novidades socialistas”, as aquisições da Revolução Cultural.

Assiste-se a uma operação em dois tempos. Primeiramente, alguns desenvolvem todos os seus esforços para obstaculizar ou desfigurar as transformações postas adiante pela Revolução Cultural, como por exemplo a reforma do ensino; depois, frente às dificuldades momentâneas, clamam com duvidosa inocência: “A Revolução Cultural não serviu de nada, não mudou nada; que desordem, que bagunça!” O mesmo passa em relação às mulheres. Opondo-se à revolução, se opõem às iniciativas das mulheres, fazem frente e sabotam medidas a favor delas. Depois proclamam: “As mulheres não se interessam mais do que por sua pequena família. Essa é a sua natureza, não se pode fazer nada a res­peito”. Contra eles, contra todos os reacionários e seus sonhos de passado, contra o eterno feminino, se levantam uma vez mais as mulheres chinesas e, estejamos firmemente convencidos, não pela última vez!

Do livro "Metade do Céu: o Movimento de Libertação das Mulheres na China", de Claudie Broyelle.

Notas

[1] Veja-se Informação de Pequim de 12 de março de 1973: “As mulheres trabalhadoras, uma grande formação revolucionária”, editorial do Renmin Ribao de 8 de março de 1973.

[2] “pi Lin pi Kong”, fórmula condensada utilizada na China para designar a atual campanha de crítica de Confúcio e de Lin Piao.

[3] Cf. o capítulo consagrado à socialização do trabalho doméstico.

[4] Na fábrica da rua Chau Yung, em Pequim, que eu havia visitado em 1971 e onde regressei em 1973, os operários me contaram que durante a Revolução Cultural, 4 das 6 jovens diplomadas da escola de educadores para jardim de infância, abandonaram seu posto na creche, achando essa profissão “pouco gloriosa”, sem nobreza. Nessa época, foi impossível convencê-las de que se pode servir ao povo em outra parte que não seja uma fábrica. Imagina-se facilmente a ressonância que podia ter tal posição sobre as creches e, portanto, imediatamente, sobre a libertação das mulheres.

[5] No que diz respeito à proporção de mulheres nos organismos de direção, ou em outros domínios como o ensino superior, pude notar um claro progresso em relação a minha viagem anterior. Com efeito, em 1971 nos foi explicado que o objetivo fixado nessa época pelo Partido era alcançar 30% de mulheres nos diferentes postos de direção. Hoje em dia são numerosas as pessoas que dizem que isso não é mais que uma etapa, um degrau que terá de ser superado rapidamente. Na Universidade de Singua, onde recentemente fomos recebidos, o Comitê Revolucionário nos deu as seguintes cifras referentes à proporção de mulheres entre os estudantes: 1971-27%; 1972-30%; 1973-34%. O presi­dente do Comitê Revolucionário acrescentou: “Eis aqui progressos estimulantes, mas as cifras não nos ‘satisfazem’. Necessitamos alcançar rapidamente 50%, isto é, realmente, a metade do céu”. Este exemplo me parece particularmente interessante, sobretudo ao considerar que Singua é uma universidade científica e técnica, isto é, um domínio tradicionalmente masculino.

[6] É por essa razão que ao lado de artigos críticos, como o do Hongqi, se encontram na imprensa numerosas reportagens e balanços que descrevem os enormes progressos realizados nas comunas populares, nos bairros, nas fábricas, onde estas questões são levadas a sério, onde as mulheres desempenham plenamente seu papel de metade do céu.

[7] São chamados estabelecimentos de bem-estar social as oficinas de serviços domésticos (lavanderias, oficinas de costura e remendo, de limpeza, etc.), os refeitórios, os serviços de saúde, as creches e jardins de infância dependentes das diferentes unidades de base.

[8] Pode-se supor aqui que a autora desses artigos faz alusão a certas dificuldades que entorpeceram a boa marcha deste setor. De fato, desde 1966, e segundo sabemos, ainda hoje, a Escola Normal de Pequim para a formação de educadoras para jardim de infância, está fechada. Há 8 anos não tem havido, portanto, novos diplomados. “Isso em si – nos disseram no Jardim de Infância nº5 de Pequim – é uma manifestação de interferência da linha de direita”, que colocou, e sem dúvida segue ainda colocando, sérios problemas. Por um lado, é necessário continuar ampliando a rede de creches e maternais, e por outro, se fecha a fonte de levantar novos diplomados. Por outra parte, existem regulamentos que preveem uma certa porcentagem de diplomados no conjunto do pessoal de creches. Respeitar esse regulamento equivale muitas vezes a recusar-se a tomar novas crianças. Da mesma forma, não se oculta, influi o fato de tenha havido um certo aumento de nascimentos no transcurso da Revolução Cultural, crianças hoje em dia em idade de ir ao maternal. Por isso é que frente a esta situação algumas creches e, sem dúvida alguma, sobretudo as creches administradas diretamente pelas fábricas ou pelos comitês de bairro, fazem caso omisso desses regulamentos e recrutam empregados diretamente, quer seja entre os operários da fábrica, ou entre as donas-de-casa do bairro. Em troca, nos pareceu que as creches que dependem de diferentes administrações, de organismos de ensino superior, inclusive do próprio Estado, sofrem ainda sensivelmente essa situação (por exemplo na creche da fábrica têxtil nº 3 de Pequim, há dois diplomados por 40 empregados; em Chau Yan igualmente, dois diplomados por duas dezenas de empregados).

[9] Reportagem de uma brigada de produção de Kiangsu, no Hongqi de março de 1973.

[10] Tirando o balanço de suas experiências nesse terreno, de suas dificuldades e seus êxitos, o responsável da comuna popular sino-cubana, próxima de Pequim, que nos recebeu disse em conclusão: “As tarefas principais do comitê de mulheres são: 1) o trabalho ideológico entre as mulheres, 2) o comitê de mulheres pode tomar a palavra pelas mulheres, para defendê-las dentro ou fora da família 3) o comitê de mulheres se ocupa do trabalho das mulheres”. Por exemplo, as mulheres não po­dem fazer exatamente os mesmos trabalhos que os homens quando estão menstruadas. Muito bem, nesse terreno, ideias feudais subsistem e fazem que mulheres não queiram dizer quando as têm; porém o comitê de mulheres, que as conhece bem e está ciente das suas datas, pode dizê-lo por elas. O comitê de mulheres intervém igualmente se o princípio “trabalho igual, salário igual” não se aplica bem, o que acontece. “Se não há comitê de mulheres, não pode garantir-se o direito igual das mulheres”.

[11] Renmin Ribao de 22 de fevereiro de 1974 (artigo de Yang Polan e Shen Pei-shen).

[12] Não quero tomar como exemplo disso mais do que a sobrevivência das tarefas domésticas com seus corolários mencionados mais acima.

[13] Está claro para o conjunto destes cinco pontos que trata de continuar a destruição, de destruir radicalmente. A Revolução Chinesa não esperou hoje para empreender a eliminação dessas concepções reacionárias.

[14] Diferentemente das pequenas fábricas de rua, as oficinas do “7 de maio”, criadas a partir da diretiva do presidente Mao do mesmo nome, parecem ter como principal tarefa organizar o trabalho produtivo coletivo das pessoas demasiado velhas ou de saúde demasiado precária para suportar um horário e um trabalho de fábrica. Por isso é que essas oficinas geralmente não têm uma divisão interna do trabalho demasiado complexa, para que as ausências de umas e outras não entorpeçam o trabalho. Com frequência se fabricam aí peças secundárias para uma pequena fábrica de rua ou uma fábrica de Estado. Não somente a produção responde a necessidades reais da sociedade, mas também sua forma coletiva em seguida permite às mulheres que trabalham nela – e isto é talvez o mais importante – tomar em suas mãos a administração de sua oficina, organizar dentro dela o estudo político e cultural, e participar elas também na edificação socialista (Veja-se a este respeito, em Pequim Information n. 12 de 1973 o artigo sobre as mulheres, que aborda esta questão).

[15] No continente, fica claro, pois no que se refere à China ainda não libertada, Taiwan, sob o domínio de Chiang Kai-shek, continua a doutrina de Confúcio em 1974, sendo o credo infalível e imposto ao povo com todo seu rigor.

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