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Mao: "Os Reacionários devem ser Castigados"



Hoje, 1 de agosto, estamos aqui reunidos para um comício em celebração de finados. Por que tal comício? Porque os reacionários assassinaram camaradas revolucionários, combatentes que resistiam ao Japão. Quem é necessário matar atualmente? Os traidores e os imperialistas japoneses. Já lá vão dois anos que a China se bate contra os imperialistas japoneses, mas ainda não está determinado o vencedor e o vencido. Os traidores permanecem muito ativos; muito poucos dentre eles foram executados. Em contrapartida, os camaradas revolucionários, os combatentes da resistência contra o Japão são os que são massacrados. E por quem? Pelo exército. Por que é que o exército mata combatentes da resistência contra o Japão? Porque executa ordens, porque lhe deram a ordem de matar. Quem lhe deu essa ordem? Os reacionários, Camaradas! Quem está, logicamente, interessado na morte dos combatentes da resistência contra o Japão? Primeiro, os imperialistas japoneses e depois os traidores e os vende-pátrias, como Uarn Tsim-vei. Mas agora o local do assassinato não foi qualquer dos pontos ocupados pelos japoneses e traidores, Xangai, Pepim, Tientsim, Nanquim, mas sim Pinquiam, na retaguarda antijaponesa, e entre as vítimas figuravam Tou Djem-cuen e Luo Tse-mim, camaradas responsáveis pelo Birô de Ligação do Novo IV Exército em Pinquiam. Está evidente que esse crime foi o gesto duma quadrilha de reacionários chineses que agiu por ordem dos imperialistas japoneses e de Uam Tsim-vei. Os reacionários se preparam para capitular, sendo por isso que obedecem servilmente às ordens dos japoneses e de Uam Tsim-vei, e fizeram dos combatentes mais resolutos da resistência antijaponesa as suas primeiras vítimas. Trata-se duma questão que não é insignificante, é um fato que temos de denunciar e contra o qual devemos elevar o nosso protesto.


Atualmente, o país inteiro resiste à agressão japonesa e a causa da resistência forjou uma grande união entre a totalidade do povo. Contudo, no seio dessa grande união encontram-se também reacionários, capitulacionistas. E o que fazem estes? Matam os combatentes da resistência antijaponesa, impedem o menor progresso, agem em colusão com os agressores japoneses e os traidores e preparam-se para capitular.


Houve alguém já que tivesse tomado em mãos essa grave questão, que é o assassinato, de que foram vítimas camaradas nossos da resistência antijaponesa? Eles foram mortos às três da tarde do dia 12 de junho e hoje já estamos a 1 de agosto. Durante todo este tempo, acaso vimos alguém ocupar-se da questão? Não. Quem deveria ter-se ocupado? A lei chinesa, os juízes. Se fato semelhante se tivesse produzido na região fronteiriça Xensi-Cansu-Ninsia, há muito que o nosso tribunal supremo teria intervindo. Mas já se escoaram cerca de dois meses após esse Incidente Sangrento de Pinquiam e a lei, os juízes, ainda não estão em ação. Qual será então a causa desse estado de coisas? É o fato de a China não estar unificada.

A China precisa de ser unificada pois doutro modo não poderá vencer. E que significa unificação? Significa que todos devem resistir ao Japão, que todos devem unir-se e concorrer para o progresso, havendo que recompensar e punir equitativamente. Quem se torna necessário recompensar? Os que resistem ao Japão, os que são pela união e pelo progresso. Quem se torna necessário punir? Os traidores e os reacionários, que sabotam a resistência, a união e o progresso. O nosso país está unificado neste momento? Não. O Incidente Sangrento de Pinquiam é uma prova disso. Ele mostra que a unificação ainda não está realizada ali onde devia estar. Há já muito que estamos reclamando a unificação do país. Primeiramente, uma unificação baseada na resistência. No entanto, nesta altura, longe de terem sido recompensados, Tou Djem-cuen, Luo Tse-mim e outros camaradas da resistência antijaponesa foram selvaticamente massacrados, ao passo que continuam sem punição os miseráveis que fazem campanha contra tal resistência, que se preparam para capitular e recorrem ao assassinato. Isso não é unificação. Há que lutar contra esses miseráveis, contra esses capitulacionistas e deter esses assassinos. Segundo, uma unificação baseada na união. Os partidários da união deveriam ser recompensados e os sabotadores punidos. Contudo, são Tou Djem-cuen, Luo Tse-mim e mais camaradas partidários da união os que foram punidos, assassinados selvaticamente, e os miseráveis que sabotam a união escapam a todo o castigo. Isso não é unificação. Terceiro, uma unificação baseada no progresso. O país todo tem de progredir, os retardatários devem procurar acertar o passo pelos mais avançados e estes não devem ser puxados para trás em alinhamento com os retardatários. Os carrascos de Pinquiam mataram progressistas. Desde que começou a Guerra de Resistência, os comunistas e demais patriotas assassinados contam-se já por centenas, não sendo o Incidente Sangrento de Pinquiam mais do que o último em data. Se se continuar assim, a China correrá para o desastre: todos os que resistem ao Japão arriscam-se a ser massacrados. Que significam esses assassinatos? Significam que os reacionários chineses, executando ordens dos imperialistas japoneses e de Uam Tsim-vei, preparam-se para capitular. Assim, há primeiro que matar os militares que se batem contra o Japão, matar os comunistas, matar os patriotas. Se não se põe fim a isto, a China perecerá às mãos da reação. Trata-se, por consequência, duma questão que respeita a todo o país, uma questão de alta importância. Nós devemos exigir que o Governo Nacional castigue esses reacionários com o máximo rigor.


Os camaradas devem dar-se igualmente conta de que, recentemente, as provocações do imperialismo japonês intensificaram-se, assim como se intensificou a ajuda que o imperialismo internacional dispensa ao Japão. Simultaneamente, os traidores no interior da China, os Uam Tsim-vei declarados e camuflados, empenham-se mais ativamente do que nunca na sabotagem da resistência antijaponesa, na sabotagem da união, em fazer-nos marchar para trás. Procuram conduzir a maioria da China à capitulação, provocam divisões internas, a guerra civil. Sob a designação de “medidas para limitação da atividade dos partidos heréticos”, circulam atualmente umas instruções secretas que são medidas de todo reacionárias que ajudam o imperialismo japonês e prejudicam a resistência, a união e o progresso. Mas quem são os “heréticos”? São os imperialistas japoneses, é Uam Tsim-vei, são os traidores. Acaso poderão qualificar-se de “heréticos” o Partido Comunista e os demais partidos e grupos políticos antijaponeses que se unem no combate ao agressor japonês? No entanto, há capitulacionistas, reacionários e obstinados que não hesitam em provocar fricções e divisão entre as fileiras antijaponesas. Serão tais atividades justificáveis? De modo nenhum! (Aplausos em toda a sala.)


A quem, pois, se torna necessário impor essa “limitação”? Aos imperialistas japoneses, a Uam Tsim-vei, aos reacionários e aos capitulacionistas. (Aplausos em toda a sala.) Por que motivo se limitará então o Partido Comunista, que resiste ao Japão com um máximo de firmeza e é o mais revolucionário e o mais progressista de todos os partidos? Por pura aberração. Nós, população de Ienan, opomo-nos resolutamente e levantamos um protesto enérgico contra isso. (Aplausos em toda a sala). Devemos nos opor às “medidas para limitação da atividade dos partidos heréticos”, fonte de toda a espécie de comportamentos criminosos destruidores da união. O comício de hoje, realizamo-lo para vincar a nossa vontade de prosseguir na resistência, na união e no progresso. Para isso, as “medidas para limitação da atividade dos partidos heréticos” devem ser suprimidas, os capitulacionistas e os reacionários devem ser castigados, a proteção assegurada a todos os camaradas empenhados na revolução, aos camaradas e ao povo que se batem na resistência à agressão japonesa. (Aplausos retumbantes, palavras de ordem ressoam pela sala).


Discurso proferido pelo camarada Mao Tsé-tung num comício organizado pela população de Ienan, em 1 de Agosto de 1939, em memória dos Mártires do Incidente Sangrento de Pinquiam.

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