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"Sois a favor ou contra a União Soviética?"

Foto do escritor: NOVACULTURA.infoNOVACULTURA.info

No outono de 1917, milhões de operários dos países capitalistas acolheram com entusiasmo a notícia da vitória da revolução proletária na Rússia, da fundação do primeiro Estado operário e camponês no mundo. E quando os governos das potências imperialistas organizaram uma intervenção militar antissoviética, os trabalhadores da Inglaterra, da França, dos Estados Unidos e de numerosos outros países colocaram-se contra essa criminosa agressão e procuraram ajudar o jovem Estado soviético.


Desde esse momento a burguesia reacionária, apavorada, denunciou como pecado mortal a solidariedade ao Estado soviético. Em quase todos os países capitalistas, iniciou-se a perseguição, a caça aos amigos da União Soviética e, sobretudo, aos membros dos Partidos Comunistas, dos sindicatos revolucionários, das juventudes comunistas, das organizações femininas e das sociedades dos amigos da URSS.


No intervalo entre a primeira e a segunda guerras mundiais, os governos mais reacionários fizeram furiosas tentativas de liquidar, por meio de uma repressão feroz, de um regime de terror sangrento, todos os amigos fiéis e ativos da União Soviética. Não apenas os bandidos fascistas da Alemanha e da Itália, da Espanha e do Japão, mas também a Defensiva polonesa, a Segurança finlandesa, a Segurança romena e outras variedades da Gestapo caçavam sistematicamente os militantes de vanguarda do movimento operário e os intelectuais progressistas. Dezenas de milhares dos melhores filhos dos trabalhadores e trabalhadoras foram presos e atrozmente torturados. Via de regra, a pergunta de praxe que os inquisidores do século XX faziam às suas vítimas era a seguinte:


— Sois a favor ou contra a União Soviética?


E as câmaras de tortura da inquisição burguesa testemunhavam sempre sentimentos de firmeza heroica que essa pergunta revelava no coração das vítimas da reação. Esses homens sabiam que sua sorte pessoal dependia da resposta que dessem à pergunta. E não tinham a dizer mais que umas palavras, nada mais tinham a fazer que renegar o país dos Sovietes, se quisessem evitar a tortura. Mas eles confirmavam da maneira mais firme seu devotamento à União Soviética.


De onde lhes vinha essa firmeza ideológica e moral, essa elevação de espírito? Aos nossos adversários parecia um “fanatismo” inconcebível, pois jamais nenhum Estado burguês tinha sido, para os cidadãos de outro país, objeto de uma tal dedicação.


É que o Estado soviético, fundamentalmente diferente de todos os Estados anteriores, representa a realização desde há muito esperada de um objetivo histórico elevado, com o qual sonharam durante séculos os mais nobres espíritos da humanidade progressista. Os trabalhadores conscientes de todos os países compreendem que o Estado soviético é o primeiro Estado da sociedade socialista que o mundo conhece, o destacamento de vanguarda das forças progressistas da humanidade, chamadas a realizar o processo histórico universal que tende a substituir a sociedade burguesa exploradora pela livre sociedade socialista.


A existência mesma do Estado soviético anima a luta dos trabalhadores dos países capitalistas pela libertação do jugo dos exploradores. Compreendendo que de ora em diante a luta dos povos contra o imperialismo e a reação internacional, tem o apoio poderoso do grande país do socialismo triunfante, os trabalhadores que marcham à frente do combate, os comunistas e os socialistas honestos, adquirem uma fé inabalável na vitória do socialismo.


Assim sua profunda dedicação à causa do socialismo e do comunismo é inseparável de uma dedicação não menos profunda à União Soviética. Não é de estranhar, portanto, que o comunista ou o socialista convicto jamais renegue a União Soviética. O país dos Sovietes é, aos seus olhos, a própria Pátria do socialismo. Eles a amam. Como poderiam renegar uma tal Pátria? Como poderiam, esses homens honestos, trair sua Pátria socialista?



Desde os primeiros dias da existência da República dos Sovietes, a burguesia dos outros países exigiu dos partidos social-democratas uma atitude resolutamente hostil ao Estado soviético e a todo movimento operário solidário com o país dos Sovietes. Os líderes oportunistas da social-democracia que, desde há muito, procuravam provar à burguesia que, longe de ameaçar sua dominação, eles lhe eram úteis e necessários, se esforçaram desde então em demonstrar que estavam prontos a conduzir a luta antissoviética e anticomunista. Fizeram dos partidos social-democratas o pilar social da burguesia, de cujo poder se tornaram os agentes políticos, vendendo-se por postos de governo e outros empregos lucrativos.


Mas logo se tornou claro que, em numerosos países burgueses, os socialistas de direita não conseguiam impedir a adesão das massas operárias ao movimento comunista. Sabe-se que um tal estado de coisas se apresentou primeiro na Itália e, em seguida, na Bulgária, na Polônia e na Alemanha. Incapaz de conservar o poder pelos métodos da democracia parlamentar e com o concurso da social-democracia, a burguesia reacionária adotou então o regime terrorista da ditadura fascista.


Tendo os fascistas hitleristas, os inimigos do socialismo e da União Soviética tomado o poder na Alemanha, a burguesia reacionária de todos os Estados imperialistas baseou toda a sua esperança na agressividade antissoviética do fascismo alemão. Os imperialistas ingleses, franceses e americanos, sem falar dos militaristas japoneses e italianos, ajudaram-no por todos os meios, a preparar a guerra. Sabe-se que em 1939 esses imperialistas se viram forçados a revisar todos os seus projetos de “cruzada” contra a União Soviética. A política externa da União Soviética os havia denunciado em tempo oportuno. E, depois, todos os conspiradores de Munich tinham caído sob o fogo cruzado dos antagonismos imperialistas, previsto pela teoria científica de Lenin e de Stalin sobre as leis e as forças motrizes da História mundial no quadro da crise geral do capitalismo.



De fato, a Segunda Guerra Mundial, preparada por todos os imperialistas contra a União Soviética, começou na Europa como uma guerra das potências imperialistas mais agressivas (fascistas) contra outras potências imperialistas. Mas quando a Alemanha atacou a União Soviética e o Japão se lançou sobre os Estados Unidos, formou-se uma coalizão imensa das Nações Unidas contra os agressores fascistas. Depois, no curso da guerra, os heroicos exércitos da União Soviética derrotaram o grosso das forças da Alemanha fascista e de seus aliados. A derrota dos agressores fascistas foi completa.


Assim a marcha real da história “desviou” o ataque dos inimigos imperialistas que era dirigido contra o socialismo. Confirmou-se da maneira mais flagrante uma velha experiência histórica: quando reacionários furiosos, campeões dum regime social condenado, preparam seu “ataque geral” com o fim de destruir as forças do progresso social, eles nada mais fazem que acelerar o curso impetuoso do desenvolvimento histórico. Longe de enfraquecer-se, o campo internacional do socialismo e da democracia, com a União Soviética à frente, saiu infinitamente fortalecido da segunda guerra mundial. Quanto à reação imperialista, esta se achou, no após-guerra, privada de centros armados tão poderosos como a Alemanha fascista, a Itália e o Japão. Mais do que isso da mesma forma que na primeira guerra mundial a Rússia foi subtraída ao sistema imperialista, desta vez foram os países da nova democracia que se libertaram do imperialismo.


Tendo derrubado a reação interna, unida aos imperialistas estrangeiros, e tendo procedido à nacionalização de toda a grande indústria e à liquidação da grande propriedade territorial, esses Estados do oriente e sudeste da Europa tornaram-se países de democracia popular. Todos eles foram libertados do jugo alemão pelas tropas soviéticas. Esse fato, por si só, deu à União Soviética um prestigio imenso nesses países, prestigio que se encontra na base mesma do reconhecimento profundo das massas trabalhadoras ao povo soviético. A atitude francamente antissoviética das camarilhas da burguesia reacionária e dos socialistas de direita não tem feito mais que acelerar seu isolamento político e sua derrocada nas eleições. No curso mesmo da guerra e da ocupação alemã as massas populares da Polônia, da Tchecoslováquia, da Iugoslávia, da Romênia, da Hungria, da Bulgária e da Albânia puderam constatar, na