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Nos 200 anos da "Independência" do Brasil a nossa tarefa é lutar



Chegamos a 2022, o ano que marcará os 200 anos da proclamação da independência do nosso país. Em um ano como este, certamente a data será invocada por diversas camadas e setores da fauna política nacional, com maior ou menor oportunismo, para usar isso para seus interesses. Por isso nós, da campanha iniciada há já mais de 3 anos, reforçamos a importância da data, não para usar com demagogia por aí, mas para relembrar a ainda necessária libertação do povo brasileiro e a conquista da nossa segunda e definitiva independência.


Passamos por um momento crítico na história do Brasil: a crise do capitalismo aprofunda ainda mais as desigualdades e a miséria do nosso povo. Enquanto poucos lucram com a crise e a pandemia, dezenas de milhares de brasileiros e brasileiras enfrentam enormes dificuldades para se manterem vivos e com dignidade.


A fome mais uma vez aumenta, ainda que o nosso país tendo milhares de terras agricultáveis. Centenas de famílias passam pelo flagelo de não ter o que comer, enquanto o latifúndio e o agronegócio dominam o campo brasileiro e a política nacional.


A política agrária atual amplia a prioridade ao latifúndio e o agronegócio, condenando qualquer ideia de reforma agrária possível e abrindo espaço para uma grande e agressiva ofensiva dos grandes senhores de terras no país contra os camponeses pobres, os indígenas e os quilombolas.


Contra os camponeses vemos cada vez mais os ataques de grileiros, jagunços e mesmo as forças policiais do Estado contra quem resiste na luta pela terra em nosso país. Os massacres de camponeses seguem ocorrendo, como vem acontecendo mesmo nos chamados tempos de “democracia” dos anos 80 para cá.


Os indígenas e quilombolas também veem se aprofundar o plano de sua eliminação enquanto povos. O desmonte da política indigenista é o último estágio da tendência que vem há vários governos, nesse verdadeiro genocídio programado contra os povos originários, para que as classes dominantes se apropriem de suas terras ancestrais.


Os trabalhadores e trabalhadoras das cidades não veem cenário melhor para seu futuro, entregues ao desemprego ou quem ainda tem ocupação, à superexploração da sua força de trabalho. O sistema público de saúde e educação vem sendo destruídos sistematicamente, enquanto todos os demais direitos do nosso povo, conquistados à custa de muito suor e sangue, são atacados um a um pelas ratazanas nos Três Poderes da nossa chamada “República Federativa do Brasil”.


O apodrecimento do velho Estado brasileiro e a crise geral que abate o nosso país e condena o nosso povo a uma vida miserável e sem perspectivas, entregues a todo tipo de sofrimentos, confirmam o que ressaltamos quando do lançamento da nossa campanha, sobre a necessidade de se conhecer concretamente as verdadeiras causas da situação do Brasil, de se livrar de ilusões de um ou outro salvador e de reconhecer quem são os nossos verdadeiros inimigos.


Reafirmamos o que destacamos em nosso documento-base: “nesses mais de 500 anos sempre estivemos submetidos aos interesses estrangeiros e hoje se coloca mais destacadamente o domínio do imperialismo estadunidense que por diversos meios – econômicos, políticos, culturais, ideológicos – dominam o nosso país para atender os seus próprios interesses, impedindo que o Brasil se desenvolva para atender as necessidades do seu povo”.


E para sair de tal situação, não basta só constatar que a conjuntura demonstra que a luta contra o imperialismo e seus fantoches locais é necessária. Precisamos avançar na defesa do programa proposto pela campanha e na luta pela sua concretização. Pois o que devemos enfrentar não é uma situação casual de um governo ou de outro, mas sim um processo que vem de longa data e responde à dinâmica geral do capitalismo. Portanto, somente combatendo as próprias estruturas da nossa dominação é que poderemos um dia conquistar a nossa libertação nacional.


Por isso para 2022, conforme deliberado em nossa III jornada realizada no último mês de setembro, conclamamos todos os nossos militantes e apoiadores a “manter a campanha na rua”, para ampliar as atividades de agitação e propaganda para o próximo período. Nosso objetivo em um ano como este deve ser centralizar o debate nas questões programáticas e na disputa dos símbolos nacionais, focando nas questões fundamentais para o nosso país, que poderão ficar escanteadas em meio a disputas meramente eleitorais. Somente assim poderemos atingir nosso objetivo de longo prazo: buscar avançar nas condições subjetivas para a luta anti-imperialista e de libertação nacional.


Chegamos a um momento fundamental para a nossa luta pela segunda e definitiva independência: 2022 será decisivo para o avanço da Revolução Brasileira. E todos devemos estar preparados.


Sigamos na luta!



Documento da campanha Brasil: pela Segunda e Definitiva Independência publicado em seu último boletim








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