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"Stalin e a luta emancipadora dos povos nacionalmente oprimidos"

Foto do escritor: NOVACULTURA.infoNOVACULTURA.info

O septuagésimo aniversário do camarada Stálin é um acontecimento excepcional que vai servir para assinalar o alto nível que já atingiu no mundo contemporâneo a força unificadora do internacionalismo proletário.

Voltam-se para Moscou e para a figura gigantesca de Stálin as massas de milhões dos povos do mundo inteiro. É a maioria esmagadora da humanidade, da humanidade que trabalha e produz, que concentra seu pensamento e dirige seus melhores sentimentos de gratidão e de esperança ao homem que reconhecemos como nosso irmão, mas que admiramos como mestre e guia genial e que amamos como a um pai previdente, bom e justiceiro. Esta universalidade é um fato novo que traduz, sem dúvida, o triunfo mundial da verdade científica do marxismo-leninismo, da doutrina do proletariado, que o camarada Stálin hoje personifica como o melhor e mais fiel discípulo de Lênin e, como este, continuador também da obra genial de Marx e Engels.

Mas se esse sentimento de gratidão e de amor assume no transcurso do septuagésimo aniversário do camarada Stálin uma amplitude mundial jamais vista, isto se deve em grande parte à participação entusiástica dos povos dos países coloniais e dependentes, que constituem ainda hoje a grande maioria da população do globo. Sim. Os oprimidos do mundo inteiro que lutam pela emancipação do jugo imperialista vêem em Stálin, o pai de todos os povos, o homem que como nenhum outro os tem ajudado na luta pela libertação nacional e cujos sábios conselhos, quando convenientemente ouvidos e praticados, têm sido o principal fator para as virarias até agora alcançadas, e dão a todos a segurança do triunfo final e total.

É efetivamente, um dos traços mais característicos da atividade do camarada Stálin, como revolucionário e como teórico marxista, a atenção muito especial que ele sempre deu ao problema nacional e à luta emancipadora dos povos oprimidos dos países coloniais e dependentes. Neste setor da revolução mundial, a contribuição do camarada Stálin não tem igual. A luta emancipadora dos povos coloniais e dependentes ganhou vulto justamente após a Revolução de Outubro e, ainda mais ampla e intensamente, após a morte de Lênin, cabendo por isso muito especialmente ao camarada Stálin enriquecer o marxismo, não somente no terreno da construção do socialismo, como também no da sua aplicação teórica e prática às lutas emancipadoras dos povos oprimidos dos países coloniais e dependentes.

Sua contribuição para a vitória do povo chinês durante os 28 anos de vida do grande Partido Comunista chinês foi constante e de imenso valor, não só para os povos da China, como igualmente para os povos nacionalmente oprimidos do mundo inteiro.

Tarefas dos Comunistas nos Países Coloniais e Dependentes

Na impossibilidade prática de enumerar sequer as questões teóricas mais importantes resultantes da aplicação do marxismo-leninismo nas condições novas da luta emancipadora dos povos nacionalmente oprimidos, cuja solução foi dada pelo camarada Stálin, e os problemas práticos que no mesmo terreno foram resolvidos com êxito graças aos seus conselhos sempre sábios e oportunos, quero aqui referir-me a um apenas dos múltiplos aspectos do importantíssimo problema da formação do Partido Comunista nos países coloniais e dependentes e que sempre mereceu do camarada Stálin o maior desvelo.

Referindo se à repercussão internacional da Revolução de Outubro, que libertou todos os povos oprimidos do vasto império czarista, acentua o camarada Stálin, no seu artigo sobre o décimo aniversário da Revolução, em 1927:

"Precisamente por isso, porque em nosso país as revoluções nacional-coloniais foram realizadas sob a direção do proletariado e sob a bandeira do internacionalismo, precisamente por isso, os povos párias, os povos escravos, elevaram-se pela primeira vez na história da humanidade à condição de povos verdadeiramente livres e verdadeiramente iguais, contagiando com o seu exemplo aos povos oprimidos do mundo inteiro.

Isto significa que a Revolução de Outubro abriu uma nova época de revoluções coloniais, que se realizam nos países oprimidos do mundo em aliança com o proletariado, sob a direção do proletariado" [1].

E acrescenta, após uma análise histórica da solução do problema nacional:

"Os tempos em que se podia explorar e oprimir tranquilamente as colônias e países dependentes passaram. Começou a era das revoluções libertadoras nas colônias e nos países dependentes, a era do despertar do proletariado destes países, a era de sua hegemonia na revolução" [2].

Chamando a atenção para o despertar do proletariado nas colônias e países dependentes, como se vê, o camarada Stálin liga este fato imediatamente ao problema da hegemonia do proletariado, o que significa a existência do Partido da classe operária, sua vanguarda organizada, capaz de ligar-se às massas populares e de arrancá-las da influência da burguesia conciliadora, quer dizer, da influência daqueles setores da burguesia que em consequência do próprio despertar do proletariado abandonam o campo da revolução e buscam um entendimento com o opressor imperialista. Esta necessidade do Partido do proletariado nas colônias e países dependentes, especialmente naqueles mais desenvolvidos no sentido capitalista, já fora, aliás, acentuada pelo camarada Stálinno seu discurso aos estudantes da Universidade Comunista dos Trabalhadores do Oriente, em 1925, em que, depois de analisar a situação dos povos nacionalmente oprimidos, chega às três conclusões seguintes:

"1. É impossível obter-se a emancipação dos povos coloniais e dependentes em relação ao imperialismo sem uma revolução triunfante: a emancipação não se obtém sem esforço.

"2. É impossível impulsionar a revolução e conquistar a emancipação total das colônias e dos países dependentes, desenvolvidos no sentido capitalista, sem isolar a burguesia nacional conciliadora, sem libertar as massas revolucionárias pequeno-burguesas da influência dessa burguesia, sem concretizar-se a hegemonia do proletariado, sem organizar os elementos avançados da classe operária num Partido Comunista independente.

"3. É impossível conquistar-se uma sólida vitória nos países coloniais e dependentes sem um ajustamento real entre o movimento de emancipação desses países e o movimento proletário dos países avançados do Ocidente" [3].

Estas conclusões ainda hoje orientam no fundamental todo o trabalho dos comunistas nos países coloniais e dependentes, só nelas baseados podem os comunistas realizar com sucesso o movimento revolucionário e consolidar orgânica e ideologicamente seu partido de classe, como vanguarda do proletariado. Foi por nos havermos afastado na prática desta orientação que cometemos os numerosos erros já conhecidos pelo Comitê Nacional de nosso Partido e que só poderemos efetivamente corrigir na base de um estudo aprofundado do marxismo-leninismo e muito especialmente dos grandes ensinamentos do camarada Stálin no que se refere à formação do Partido Comunista nos países coloniais e dependentes.

Como se Manifestam os Desvios de Esquerda nos Países Coloniais

A luta nas duas frentes, contra os desvios de direita e de esquerda, é a grande lei do desenvolvimento e formação do Partido do proletariado. Saber aplicar esta lei nas condições muito particulares dos países coloniais e dependentes é condição precípua para o êxito do movimento revolucionário. Neste terreno, muito especialmente, devemos, os povos nacionalmente oprimidos dos países coloniais e dependentes, ao camarada Stálin, ensinamentos de importância fundamental. Ainda no discurso aos estudantes da Universidade Comunista dos Trabalhadores do Oriente, o camarada Stálin explica qual o sentido principal que assumem nos países coloniais e dependentes os desvios de direita e de esquerda, sob que formas eles praticamente se manifestam, acentuando que é na luta contra eles, em ambos os sentidos simultaneamente, que será po