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Pablo Hasél preso pela Justiça franquista do Estado espanhol



O rapper Pablo Hasél foi preso na última terça-feira pelas forças policiais da Espanha, na Universidade de Lleida, onde havia se aquartelado com mais de 50 camaradas, após ter se encerrado o prazo dado para se entregar voluntariamente.


A acusação que sustenta a condenação foi baseada nas justas críticas feitas pelo cantor contra a moribunda e corrupta monarquia espanhola, as denúncias dos assassinatos de imigrantes e a repressão contra manifestantes efetuados pela polícia espanhola. Supostamente também fizera uma apologia ao ETA, a principal organização que lutou pela libertação nacional do País Basco.



À condenação de 9 meses e um dia de prisão do processo original, foi somada nesta semana mais uma segunda condenação de 2 anos pela suposta “apologia ao terrorismo” do músico.


É mais uma demonstração da farsa da democracia burguesa na Espanha, a que os oportunistas do Podemos e os revisionistas do Partido Comunista da Espanha tentam salvar de seu próprio apodrecimento.


Não à toa, na mesma semana na qual Hasél é preso por expressar verdades, no último sábado, mais de 300 fascistas desfilaram livre e impunemente (como o fazem há mais de uma década entoando cantos antissemitas e anticomunistas), para celebrar a Divisão Azul, uma unidade voluntária de fascistas espanhóis a mando de Franco, que, junto à Wehrmacht nazista, tentou invadir a URSS - empreitada devidamente derrotada pelo Exército Vermelho.


E não é a primeira vez que o Tribunal Supremo da Espanha persegue pessoas por posições políticas. Em 2018, o também rapper catalão Valtònyc foi condenado por acusações semelhantes as feitas a Hasél, no entanto conseguira fugir para a Bélgica e, depois do pedido de extradição, encontra-se foragido. No ano anterior, Cassandra Vera também fora condenada por ter feito piadas no Twitter com o Almirante Luis Carrero Blanco, braço direito de Francisco Franco em sua ditadura, que foi devidamente justiçado pelo ETA em um atentado a bomba na década de 70.


Fica claro, com mais esse episódio, que a tão falada liberdade de expressão na sociedade capitalista é apenas um “direito” reservado àqueles que se submetem ao atual estados de coisas, e não aos que se levantam contra às desgraças e opressões das classes dominantes.


A prisão de Hasél provocou uma série de protestos na Espanha. Há três dias manifestantes estão realizando combativos atos pedindo a liberdade de Pablo Hasél e denunciando o autoritarismo do Estado burguês espanhol.


Nesta quinta-feira, cerca de 500 pessoas entraram em confronto com a polícia na frente do Departamento de Interior em Barcelona. Milhares de pessoas participaram das manifestações desde terça na capital catalã. Protestos também ocorreram em outras cidades, como Vic, Lleida, Girona, Reus, Valencia e na capital Madrid, com barricadas e enfrentamento da repressão policial.


Os manifestantes gritaram palavras de ordem como "liberdade para Pablo Hasél" e "os Bourbons são ladrões" e estenderam faixas com a frase "morte ao Estado fascista", pronunciada pelo rapper no momento da sua detenção.


Mais de 51 pessoas já foram presas nas manifestações contra a prisão arbitrária de Hasél, e mais de 50 ficaram feridas, dentre elas, uma menina de 19 anos que perdeu a visão de um olho devido aos ataques das forças policiais.


A União Reconstrução Comunista se une a campanha #LibertatPabloHasel e a denúncia contra a Justiça franquista do apodrecido Estado burguês espanhol.


Liberdade para Pablo Hasel!

Os Bourbons são ladrões!

Morte ao Estado fascista!







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