"Combatente auxiliar do Partido Bolchevique"

O Komsomol, e com ele toda a juventude soviética, celebra o vigésimo quinto aniversário de sua existência. O Komsomol percorreu um caminho glorioso e tem em seu haver grandes méritos históricos perante a Pátria. Nascido na luta pelo regime soviético, o Komsomol, obedecendo ao apelo do Partido, lutou heroicamente, ombro a ombro com a geração adulta, contra os guardas brancos e os intervencionistas, defendendo a jovem República Soviética.
Durante os vinte e cinco anos de sua existência, a União das Juventudes Comunistas passou por uma grande escola. As organizações do Komsomol conquistaram um sólido prestígio em todas as esferas da atividade estatal, econômica, cultural e educativa. Os komsomois sempre estiveram na primeira linha, onde quer que tenha sido necessário energia moça, ardor juvenil e abnegação. Não era em vão que o camarada Stalin dizia que “o Komsomol sempre marchou na primeira linha de nossos combatentes. Não conheço um só caso em que ele tenha sido superado pelos acontecimentos de nossa vida revolucionária”. [1]
Lenin e Stalin nos ensinam que em cada empreendimento o principal é saber encontrar o elo fundamental por meio do qual se possa puxar toda a corrente. Nosso Komsomol assimilou este preceito e, juntamente com o Partido e sob sua direção, foi solucionando os mais importantes problemas da edificação e consolidação do Estado socialista soviético. Basta recordar o importantíssimo papel desempenhado pelo Komsomol e a juventude na reconstrução da indústria ao terminar a guerra civil, e depois, na industrialização do país, particularmente nos Urais.
Centenas de milhares de membros do Komsomol e de jovens não enquadrados em suas fileiras trabalharam abnegadamente na construção do combinado metalúrgico de Magnitogorsk, na abertura de novas minas e na construção de centrais elétricas. Obra de suas mãos são as fábricas de tratores de Stalingrado e de Kharkov e a central hidrelétrica do Dniéper. E como um presente para as gerações futuras, os komsomois construíram num lugar remoto, entre selvas impenetráveis e nas margens do majestoso rio Amur, a cidade que ostenta seu nome, Komsomolsk, que já se converteu num importante centro fabril do Extremo Oriente e cuja significação industrial aumenta dia a dia.
Não são menores os méritos do Komsomol na coletivização da agricultura. O Komsomol do campo foi um fiel executor da linha do Partido, foi seu ativo auxiliar na luta pela criação e consolidação do regime kolkhoziano.
Caiu em terreno fecundo o apelo do camarada Stalin, exortando o Komsomol a estudar tenaz e pacientemente, a estudar com todo o empenho para assimilar a ciência e forjar novos quadros de especialistas bolcheviques em todos os ramos do saber. Centenas de milhares de membros do Komsomol e de jovens em geral estudaram com grande empenho e adquiriram conhecimentos especiais; no começo da guerra nosso país dispunha dum quadro considerável de jovens especialistas. Foi, como se disséssemos, o ato culminante duma grande obra criadora realizada em nosso país e que nos permitiu, nas difíceis circunstâncias da guerra atual organizar o trabalho nas empresas evacuadas e desenvolver progressivamente alguns ramos da indústria, como a construção de aviões, tanques, etc. Através de sua experiência diária na frente, cada soldado pode convencer-se, agora, de maneira palpável, do grande benefício trazido pela palavra de ordem lançada pelo camarada Stalin de que os komsomois devem dominar a ciência.
O Komsomol desempenhou um grande papel no fortalecimento da capacidade defensiva do país. O patrocínio das Forças Aéreas e da Marinha de Guerra pelo Komsomol é uma das páginas brilhantes de sua história. Milhares de magníficos komsomois se incorporaram à Marinha e ingressaram nas escolas navais; no começo da conflagração nossa Marinha de Guerra já era uma força poderosa. O mundo inteiro admira os heroicos marinheiros que defenderam Odessa, Sebastópol e Leningrado; a lembrança de suas façanhas viverá eternamente na memória de nosso povo.
De fato, tivemos que criar desde o princípio nossa frota aérea. Nela, o papel desempenhado pelo Komsomol não foi menor, mas talvez maior do que na Marinha de Guerra. Os esforços do povo, e em particular os do Komsomol, deram abundantes frutos na guerra atual. Os exemplos de Alexandre Molódtchi, Bóris Safónov, Dmítri Glinka, Vassíli Záitzev, Mikhail Bondarenko, Vassíli Efrêmov, duas vezes Heróis da União Soviética, e dos Heróis da União Soviética, Nikolái Gastello, Vítor Talalíkhin, Piotr Kharitónov, Stepan Sdoróvtsev, Mikhail Júkov e muitos outros, todos eles educados pelo Komsomol, servirão para as futuras gerações de aviadores como um modelo de abnegado serviço à Pátria e de grande mestria na pilotagem aérea.
Assim, pois, nos vinte e cinco anos de sua existência, o Komsomol, que iniciou sua vida lutando contra os guardas brancos e os intervencionistas, participou abnegadamente na restauração e no desenvolvimento da indústria, na edificação do regime kolkhoziano no campo e assimilou com êxito a ciência nas universidades, nos institutos; nos laboratórios fabris e nos campos de experimentação agrícola, aumentando assim a potência defensiva do país. O frutífero trabalho avançava em plena marcha. Abriram-se, ante o Komsomol e a juventude, ilimitadas possibilidades de trabalhar em paz e dedicar-se ao trabalho científico.
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A guerra que nos foi imposta pela Alemanha hitlerista interrompeu o trabalho pacífico e criador dos cidadãos soviéticos. Chegaram dias duros para o Komsomol e toda a nossa juventude. Era preciso defender a Pátria e todas as conquistas conseguidas em quase um quarto de século, graças ao esforço comum de todos os povos da URSS.
A guerra é uma dura prova para o povo, para seu regime estatal, sua política e seus dirigentes. No fundo, este conceito é aplicável também a toda organização social e, em particular, ao Komsomol. Antes da guerra, entre os komsomois e, em gera', entre muitas pessoas soviéticas influenciadas pela construção cada vez mais vasta e pelos êxitos econômicos e culturais, predominavam as tendências próprias dos tempos de paz. A guerra terminou bruscamente com tudo isso e ante o Komsomol surgiram novas tarefas relacionadas com a guerra. Compreende-se não ser fácil a tarefa de desarraigar o espírito dos tempos de paz, sobretudo se levarmos em conta que o Komsomol é uma organização que conta com milhões de filiados. Não obstante, podemos dizer em honra do Komsomol, que ele se saiu airosamente dessa prova.
A palavra de ordem “Tudo para a guerra!” era simples, compreensível e foi acolhida com entusiasmo pelos komsomois e por toda a juventude. Mas faltava ainda orientar de forma organizada a energia juvenil pelos diversos canais da atividade prática direta. As dificuldades que se alçavam neste caminho eram enormes e ainda hoje tropeçamos nelas.
A juventude apenas começa a viver, mas a guerra exige tudo do homem, inclusive a vida. Para que esta necessidade fosse compreendida por milhões de seres, era preciso dar-se plena conta de que a guerra nos tinha sido imposta pela força, de que era inevitável e de que a participação na luta é um dever sagrado e de toda justiça. Não é pouco o que a organização do Komsomol fez e continua fazendo neste sentido.
É natural que ante o Komsomol, como ante cada organização soviética e ante cada cidadão de nosso pais, se apresentasse a questão primordial: onde e como empregar melhor suas forças para a defesa da Pátria? E milhares de komsomois, rapazes e inclusive moças, fiéis às melhores tradições do Komsomol, incorporaram-se voluntariamente ao exército em operações, e os que se achavam nas regiões ocupadas ingressaram nos destacamentos de guerrilheiros. E esta atração pela frente, característica dos komsomois, continua até hoje.
As dificuldades e os perigos não assustam a juventude, a atraem, a impelem para r