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Revolução colorida no Irã


Trump agradou os sionistas reconhecendo Jerusalém como a capital de Israel, com esse agrado o presidente dos Estados Unidos deseja em troca apoio em uma possível empreitada de desestabilização do Irã. Sabemos que não é de hoje que Washington e Tel Aviv tem como objetivo final mais uma mudança de regime na região [1]. Menos de um mês após a declaração de Trump começaram uma série de protestos simultâneos em cidades importantes do Irã. No dia 28 de Dezembro de 2017 estouraram focos de insurgência nas cidades de Razavi Khorassan (fronteira com o Afeganistão país dominado pelos EUA, portanto mais suscetível a infiltrações da CIA), Meched, Birjand, Kashmar e Nishapur entre outras. O presidente norte-americano mais do que depressa declara “que chegou a hora de mudanças no Irã” [2] e ainda ameaça impor mais sansões ao país [3], o seu homólogo Hassan Rohani retrucou dizendo que Trump não tem o direito de opinar sobre os acontecimentos sendo que este chamou o povo iraniano de terrorista.

O desemprego oficial no Irã está acima de 12,6%, a taxa de crescimento anual despencou de 16.8% para 12.9% no ultimo ano, também houve o aumento da taxa de inflação e de juros [4], a elevação do preço do combustível etc., esse é o saldo do governo Rohani. São válidos os protestos contra as políticas econômicas neoliberais de seu governo, mas no curso dos acontecimentos a insatisfação popular foi sequestrada e vetorizada para outros interesses, como reza o script das revoluções coloridas [5]. Elas começam com ações de pequenos grupos até envolver as massas desnorteadas pela crise econômica. Esses grupos são preparados por ONGs ou think-tanks financiadas pelos grandes capitalistas do cenário global. Como os “revoltosos” se mobilizam? Nas revoluções coloridas as redes sociais são ferramentas decisivas utilizadas pelos “manifestantes” para coordenar as ações. No Irã ao decorrer das insurgências os slogans rapidamente mudaram, de temas econômicos, para gritos como “Esqueçam a Palestina”, “Nem Gaza nem o Líbano! Minha vida, só pelo Irã”, "morte ao Hezbollah", "deixem a Síria, em vez disso, pensem em nós". O número de mortos já gira em torno de 20 [6], as autoridades tomaram providências para impedir que o problema de alastre como foi no caso da Primavera Árabe ocorrida em outros países no ano de 2011 e para não ser diferente a mídia ocidental já molda a opinião pública.

Manifestações pró-governo já tomam as ruas do Irã, por hora os tumultos foram contidos e até o momento os “revoltosos” não obtiveram sucesso havendo uma pequena aderência do povo iraniano. Mas o que não devemos perder de vista são os atores principais do ocorrido.

Os think-tank de grande bilionários, a CIA, os agentes sionistas do Mossad e Londres com o apoio dos petrodólares da Arábia Saudita, ou seja, os mesmos de sempre estão nos bastidores da tentativa de desestabilização do Irã, principal bastião anti-imperialista na região. E assim caminha mais uma missão dos EUA e seus aliados no Oriente Médio de destruir outra nação soberana.

Os comunistas e todos os elementos democráticos devem prestar solidariedade a mais um povo agredido pelo Imperialismo.

Escrito por A. L.

Notas e referências

[1] https://www.wsj.com/articles/cia-creates-new-mission-center-to-turn-up-heat-on-iran-1496426232

[2] https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/2018010210202168-trump-tweet-ira-mudancas/

[3] https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/2018010210205967-protestos-eua-ira-nao-descartam-sancoes/

[4] https://pt.tradingeconomics.com/iran/indicators

[5] https://www.novacultura.info/single-post/2017/08/25/A-armadilha-das-revolucoes-coloridas

[6] https://brasil.elpais.com/brasil/2018/01/02/internacional/1514879595_182372.html

[7] http://www.orientemidia.org/extensao-das-manifestacoes-a-um-terco-do-ira/

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