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"Estados Unidos: o império do narcotráfico"


O negócio da droga serviu aos Estados Unidos para financiar as atividades subversivas da CIA contra outros Estados. O Serviço de Inteligência estadunidense (CIA) e a DEA (expulsa da Venezuela e Bolívia) têm atuado pela mão e como exército de apoio no tráfico mundial da droga, convertendo assim esse país num Império do Narcotráfico.

O historial de operação da CIA com o Narcotráfico para a obtenção de recursos remonta aos anos 50, onde atuou na Tailândia e outros países da Ásia financiando operações com grandes quantidades de droga. Embora o clímax destas atividades estadunidenses tenha ficado à vista nos anos 80, quando Estados Unidos financiaram a organização liderada por Osama Bin Laden (1980) com o dinheiro obtido da heroína trazida do Afeganistão para a Europa Ocidental. Tal como ocorreu na América Central quando os Estados Unidos, através da CIA, financiavam a contra nicaraguense (1986) com o dinheiro da cocaína que retiravam de Colômbia, Peru e Bolívia e introduziam no seu próprio território. Relatórios publicados pelo Congresso estadunidense e documentos desclassificados confirmam como a CIA e a DEA trabalharam com narcotraficantes forneciam ajuda material, utilizando inclusivamente as suas contas bancarias (Banco de Crédito e Comercio Internacional, BCCI) para lavar o dinheiro proveniente da venda de droga, com o qual financiavam as suas atividades secretas em todo o mundo. Devido ao escândalo internacional que desacreditava a posição dos Estados Unidos de “luta contra o narcotráfico” e que os mostrava como um narco-estado, todos os funcionários envolvidos nestes casos foram levados a julgamento e condenados, mas, entretanto, nenhum cumpriu pena e quase todos foram reintegrados nos seus postos com o governo de George Bush júnior. Continuam os Estados Unidos a repetir o mesmo esquema? Os recursos monetários da venda de narcóticos continuam sendo utilizados pelos Estados Unidos para financiar operações clandestinas, mas, além disso, têm-lhes servido para financiar as suas próprias crises. Em 2008 o Diretor do Escritório da ONU contra a Droga e o Delito expressou-o: “Os milhares de milhões de narcodólares impediram o afundamento do sistema no pior momento”. Posteriormente, surpreendeu ainda mais o Relatório publicado de 2012 pela Subcomissão do Senado dos Estados Unidos que reza: “a cada ano, entre 300 mil milhões de dólares e um milhão de milhões de dólares de origem criminosa são lavados pelos bancos através do mundo e a metade desses fundos transita pelos bancos estadunidenses”. Tais alegações da Subcomissão do Senado são confirmadas quando um Tribunal Federal de Nova York tornou pública em 2012 a participação dos bancos HSBC, JP Morgan, Wells Fargo e Bank of América na lavagem de dinheiro proveniente do Narcotráfico; no caso do Banco HSBC confirmou-se que em 2008 lavou 1.100 milhões de dólares do Cartel de Sinaloa com destino aos Estados Unidos. Em alguns destes casos o Tribunal impôs multas, mas nenhum dos seus diretores nem ninguém do seu pessoal foi preso. O que indica que estamos perante uma sociedade de cúmplices, em que por meio das multas o Estado conclui o processo de legalização do dinheiro do narcotráfico. Existem outros bancos estadunidenses que são identificados com a lavagem de dólares do narcotráfico, tais como City Group, Bank of New York, Bank of Boston entre outros, todavia tudo indica que contam com a proteção das autoridades desse país. Na nossa região são incontáveis os escândalos confirmados da DEA, entidade estadunidense que mantém absoluta ligação com os cartéis da droga da Colômbia apesar de se apresentar como quem os combate. Em março de 2015 é publicado um Relatório do Departamento de Justiça estadunidense onde são confirmadas as condutas irregulares destes funcionários, participando em festas com narcotraficantes, usando as instalações da DEA ao seu serviço e recebendo ofertas dos mesmos. A isso junta-se o aumento da produção e tráfico do produto refinado a partir da Colômbia nos últimos anos, o que indica que esse mercado se reforçou.

Os Estados Unidos usam de forma flagrante o narcotráfico para se financiar, manter as suas atividades encobertas à margem da lei internacional, bem como para enfrentar as suas crises financeiras. A conduta assumida nos anos 80 é mantida na atualidade, e tanto a CIA como a DEA continuam a proteger os seus corredores do narcotráfico e continuam sendo os facilitadores mundiais deste negócio. O que continua a chamar a atenção é que o Escritório da ONU contra a Droga e o Delito, apesar de contar com informação determinante para culpar esse país e seus funcionários de constituírem um narco Estado, mantém uma atitude inerte face a este flagelo que assassina centenas de milhares de pessoas por ano e causa tanto dano à sociedade. Os interesses econômicos prevalecem novamente sobre os da humanidade.

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