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Algumas bases dos petroleiros rejeitam indicativo de fim de greve da FUP


Em assembleias realizadas em bases por todo o país, entre esta sexta (13) e sábado (14), resultou na decisão pela continuidade da greve dos petroleiros e funcionários da Petrobras na maioria dos Estados. Nas bases controladas pela FNP (os sindicatos de Alagoas/Sergipe, Litoral Paulista, São José dos Campos, Rio de Janeiro e Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá) a orientação era para que os trabalhadores votassem pela continuidade da greve, em rejeição ao indicativo da FUP. Como o esperado, nestas bases, a greve se manteve.


Porém a grata surpresa foi a insurreição dos trabalhadores de bases controladas pela própria FUP, que em assembléias de varias localidades votaram contra o indicativo da direção sindical, que defende a suspensão do movimento de greve. Foram as bases do Espírito Santo, Norte Fluminense, Duque de Caxias, Ceará/Piauí e Minas Gerais. Em alguns destes casos, a votação foi expressiva e reflete a insatisfação das bases com as atuais lideranças sindicais. Como no importante sindicato do Norte Fluminense, onde foram 620 votos contra o indicativo da FUP e apenas 122 a favor.


Os trabalhadores reclamam principalmente do desconto de metade dos dias parados pela greve, o reajuste oferecido e outras cláusulas do novo ACT. Alguns contestam também a eficácia dos Grupos de Trabalho (GTs) que serão criados para avaliar e criar propostas sobre o programa de desinvestimentos traçado para a empresa. Entretanto, diante da postura e de declarações de diretores e mesmo da própria presidenta da República, estes GTs, sem nenhum poder de decisão real, não apresentam garantia alguma de mudança.


Entretanto, é inegável que a greve dos petroleiros sofreu grandes derrotas, após o golpe perpetrado pela direção sindical nestes últimos dias. Nas bases da Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo, Amazonas e Rio Grande do Sul o indicativo da FUP foi aprovado em assembléia e o movimento de greve suspenso. Na Bahia, por exemplo, a mobilização dos trabalhadores tinha conseguido parar metade da produção de óleo do Estado e seguia se fortalecendo.


Diante destes reveses, fica improvável que a greve volte a registrar crescente adesão e acúmulo de força, como vinha acontecendo antes do conchavo entre direções da FUP e Petrobras. Mesmo onde o movimento permanece mobilizado, as perspectivas dos trabalhadores é conseguir melhorias no Acordo Coletivo e não pautar os desinvestimentos e privatizações da empresa. A falta de uma liderança realmente comprometida com a causa e os interesses dos trabalhadores brasileiros pode, portanto, custar muito caro aos petroleiros e à todo o povo do país.

por Guilherme Nogueira

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