Obama, Estados Unidos e a hipocrisia nuclear

Os EUA testaram no dia 1º de julho uma versão atualizada da arma nuclear B61, chamada de Mod 12. A remodelação dessa bomba estratégica tem custado até agora US$ 11 bilhões e é considerada a atualização de arma nuclear mais cara da história. O teste foi realizado no deserto da grande bacia de Nevada. Esta bomba tática é a principal arma termonuclear dos EUA que pode ser lançada e transportada por um avião supersônico. Além disso, se trata de uma “bomba de gravidade”, o que significa que não pode ser guiada.
O desenvolvimento da arma vai de encontro as promessas hipócritas de campanha do presidente Barack Obama, que disse que diminuiria a quantidade e a dependência dos EUA das armas nucleares. Além de não diminuir o arsenal e continuar o desenvolvimento de novas armas nucleares, Obama impôs pesadas sanções e bloqueios econômicos à Coreia Popular e ao Irã por desenvolverem programas nucleares, para que assim tenham poderio suficiente para evitar que seus territórios sejam invadidos pelo imperialismo e seus capangas.
Do mesmo jeito que prometeu o desarmamento nuclear e descumpriu essa promessa de forma retumbante, prometeu que acabaria com as ocupações que os Estados Unidos começaram na sua “Guerra ao Terror”, no Iraque e no Afeganistão. Não apenas não retirou as tropas destes países, como foi responsável por mergulhar a Líbia, a Síria e a Ucrânia em longas e sangrentas guerras civis. Por causa dessas promessas absolutamente descumpridas, ele recebeu o prêmio Nobel da Paz em 2009.
Tudo isso é uma prova cabal de que tanto democratas quanto republicanos cumprem uma mesma agenda, a agenda do imperialismo, da expansão e manutenção da exploração, do saqueio, da escravidão e da barbárie imperialista através de massacres e genocídios, e também comprova a justeza do discurso de Ernesto Che Guevara na ONU em 1964, que o imperialismo transforma homens em bestas selvagens, determinadas a assassinar e a matar e, que não podemos confiar no imperialismo nem um pouco.
por Diego Gregório