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Epidemia de dengue aflige o povo brasileiro


Traço característico de todos os países semicoloniais do mundo é a enorme incidência de epidemias de doenças, bem como da fome e de doenças relacionadas à miséria e à pobreza. Sendo parte integrante das semicolônias do Terceiro Mundo, as epidemias voltam a se bater sobre o Brasil, tal como durante o período da profunda crise econômica dos anos de 1990, quando era caso corrente a morte de milhares de brasileiros do campo e da cidade pela doença da dengue. Do início do ano de 2015 ao dia 18 de abril deste mesmo ano, foram registrados aproximadamente 746 mil casos da doença da dengue, número este que, acreditamos, aumentou ainda mais de 18 de abril para cá. De 1 de janeiro de 2015 à mesma data citada, foram registrados também 229 casos de morte pela dengue, aumento de 45% em relação ao ano de 2014. A taxa de incidência nacional da dengue atual, de 367,8 casos por 100 mil habitantes, é epidêmica de acordo com critérios da Organização Mundial da Saúde. A ocorrência de casos de dengue no Brasil é a maior desde o ano de 2002, quando no último ano do governo do lacaio Fernando Henrique Cardoso se verificaram 794 mil casos de dengue: "recorde" este que poderá ser batido pelo governo reacionário de Dilma Rousseff caso as devidas medidas não sejam implementadas. É no estado de São Paulo onde a epidemia de dengue - que ocorre a nível nacional - toma uma face ainda mais aguda. Dos 746 mil casos de dengue verificados até agora em todo o Brasil, o estado de São Paulo concentra 401 mil, aproximadamente 54% dos casos, e um aumento de quase 400% se compararmos com o mesmo período do ano passado. Das 229 mortes ocorridas por conta da dengue a nível nacional, São Paulo concentra 169, ou 74% dos casos de morte. A epidemia de dengue no estado é agravada pelas políticas vende-pátria e desnacionalizantes aplicadas pelo governador Geraldo Alckmin, que vendeu a administração das represas paulistas para os players especuladores da Bolsa de Nova York, e faz agora o povo de São Paulo amargar com a pior seca em décadas e a consequente falta d'água, obrigando-o a armazenar galões d'água em casa para conseguirem resistir à estiagem. Assim, permanecem mais vulneráveis à ação do mosquito da dengue. Tudo isto, somado às precárias condições de infraestrutura urbana das zonas periféricas da região metropolitana de São Paulo, colocam o estado de São Paulo à frente de todos os outros na epidemia da dengue. A crise da epidemia de dengue atual, ao contrário do que é exposto pelo senso comum, não vem se aprofundando por ordem do acaso, mas está diretamente relacionada ao aprofundamento da dominação do imperialismo norte-americano sobre a economia brasileira e aos "pacotes de ajuste" impostos pelo ministro Joaquim Levy - diretamente bancado por Washington - sobre a classe operária e o povo brasileiros. O desmonte das campanhas nacionais de prevenção e combate à dengue imposto pelas políticas monstruosas de "cortes de gastos" estão entre as principais causas do exponencial aumento da epidemia atual. O governo Dilma, que no ano de 2013 despendeu um investimento de R$ 20 milhões no programa de Vigilância, Prevenção e Controle da Dengue, despencou os investimentos para ínfimos R$ 2,8 milhões, ainda que com o orçamento prevendo o investimento de R$ 13,8 milhões. Segundo levantamento realizado pela ONG Contas Abertas, o governo federal possuía, em 2014, R$ 10 milhões para investimentos em planos de combate e controle da dengue. Porém, gastou apenas R$ 5 milhões, metade do valor em mãos. O aumento dos casos de dengue também se relaciona com os cortes de gastos sociais implementados pelo Governo Dilma, que de 2014 para 2015 diminuiu em R$ 5,4 bilhões (de R$77,5 bilhões para R$72,1 bilhões) a verba para o Ministério da Saúde, que deixa de ser repassada para o SUS, hospitais e postos de saúdes públicos.

por Alexandre Rosendo

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