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"Salvar o Planeta do Imperialismo Climático e da Guerra!"

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    NOVACULTURA.info
  • há 16 minutos
  • 4 min de leitura
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À medida que a COP30 conclui seus trabalhos em Belém, a Liga Internacional da Luta dos Povos (ILPS) denuncia esta cúpula como mais um espetáculo climático imperialista fantasiado de “implementação”. Os governos e corporações mais responsáveis pelas emissões históricas, pela destruição ecológica e pelas guerras de agressão novamente utilizaram a UNFCCC como seu palco para lavar a imagem de sua pilhagem, proteger seus lucros e apertar o controle sobre os recursos e os povos do mundo. Enquanto falam de “ambição” e “implementação”, seu verdadeiro objetivo é preservar um sistema imperialista que sacrifica as massas e o planeta pelos superlucros de poucos.

 

Os resultados tão alardeados de Belém confirmam isso. Mesmo ao admitir que as atuais promessas ficam muito aquém do necessário para manter o aquecimento abaixo de níveis catastróficos, as potências imperialistas se recusam a assumir cortes obrigatórios, rápidos e profundos nas emissões, na escala exigida pela ciência e pela justiça. O chamado “Pacote de Belém” e a “decisão Mutirão” são apresentados como avanços, mas reforçam a mesma ordem desigual e orientada pelo lucro que criou a crise climática em primeiro lugar. As novas promessas de financiamento climático e adaptação são enquadradas como generosidade, porém dependem de empréstimos, financiamento misto e instrumentos de mercado que aprofundam a dívida e a dependência das economias mais pobres em relação a bancos, credores e corporações, em vez de entregar reparações climáticas incondicionais aos povos da linha de frente com base na responsabilidade histórica.

 

O estabelecimento de novos mecanismos e instalações para perdas e danos é propagandeado como justiça, porém permanecem subfinanciados, burocráticos e sujeitos aos ditames dos Estados ricos e das instituições financeiras. Não há obrigação vinculante para que os países imperialistas paguem sua dívida climática histórica, não há gatilhos automáticos para desembolsos rápidos após desastres, e não há garantia de que os fundos chegarão às comunidades afetadas em vez de consultores, intermediários e “parceiros implementadores” corporativos. O que é vendido como solidariedade é, na realidade, mais uma ferramenta para reciclar o capital monopolista e controlar as economias menos ricas.

 

O mais condenável é a covardia em relação aos combustíveis fósseis. Após décadas de negociações, tendo a própria Amazônia como pano de fundo, a COP30 ainda falhou em adotar uma eliminação clara e equitativa dos combustíveis fósseis. Em vez de compromissos vinculantes, os governos se contentaram com linguagem reciclada e referências vagas a uma “transição” enquanto promovem tecnologias não comprovadas, captura e armazenamento de carbono e estratégias de “emissões líquidas zero” que permitem a continuação da extração e queima, desde que as emissões sejam disfarçadas por meio de compensações. Essas chamadas soluções abrem novas fronteiras para o lucro enquanto empurram os custos e riscos do caos climático para trabalhadores, camponeses, povos indígenas e pobres. No fim, os grandes produtores e petro-Estados protegeram seus planos de extração. A ausência do governo dos EUA na cúpula não é sinal de fraqueza, mas de arrogância: continua expandindo a perfuração, o fracking e as emissões militares enquanto se recusa a ser vinculado até mesmo a este resultado já frágil.

 

A tão promovida “transição justa” e as iniciativas com marca de Belém revelam o mesmo padrão. Usam a linguagem dos direitos dos trabalhadores, da participação indígena e dos benefícios comunitários, mas mantêm o controle sobre energia, minerais e tecnologia firmemente nas mãos corporativas e imperialistas. Minerais críticos e tecnologias “limpas” são apresentados como novas fronteiras de desenvolvimento, justificando novas ondas de mineração, grilagem de terras e megaprojetos verdes em todo o Sul Global. O imperialismo climático também está explorando agora a mineração em águas profundas, um pretexto para promover a chamada energia renovável. O financiamento para florestas e natureza é embalado como proteção, enquanto na prática expandem mercados de carbono, compensações e “soluções baseadas na natureza” que mercantilizam florestas e territórios, deslocam comunidades indígenas e rurais e militarizam a conservação. Isso é imperialismo climático: as mesmas corporações transnacionais e Estados imperialistas tomam terras, água, minerais e biodiversidade em nome da ação climática, enquanto comunidades da linha de frente são deslocadas, criminalizadas e militarizadas quando resistem.

 

Em tudo isso, a devastação climática causada pelas guerras imperialistas e pelo complexo militar-industrial permanece praticamente invisível. As emissões de bases, da produção de armas e de guerras ativas seguem amplamente não contabilizadas, enquanto o ecocídio e o genocídio na Palestina e em outras zonas de guerra são ignorados nos textos oficiais. As mesmas potências que alimentam essas guerras presidem painéis sobre cooperação climática “pacífica” e se parabenizam por financiamentos incrementais.

 

Diante desse cenário, a verdadeira luz em Belém veio dos bloqueios indígenas, das marchas de massas, dos trabalhadores e camponeses, da juventude e das mulheres que afirmaram que justiça climática é inseparável da luta anti-imperialista. Pela primeira vez desde Glasgow, uma vibrante COP dos Povos reuniu dezenas de milhares em protestos, assembleias e ações diretas que romperam com o roteiro controlado da cúpula. Essas ações populares são o verdadeiro veredito sobre a COP30: um sistema baseado na pilhagem imperialista, na guerra e na exploração não pode resolver a crise que criou.

 

A lição de Belém é inequívoca: não pode haver justiça climática genuína sob o capitalismo monopolista e o imperialismo. O caminho adiante não está em confiar em cúpulas dominadas por poluidores e fabricantes de guerra, mas em construir poderosos e organizados movimentos populares que enfrentem o imperialismo em todas as suas formas — econômica, política, militar e ecológica. Os oprimidos e explorados do mundo devem unir as lutas por terra, salários, serviços públicos, desmilitarização e libertação nacional e social em uma luta unificada por um futuro socialista onde a produção seja planejada para atender às necessidades humanas e proteger a Terra, e não para alimentar o lucro.

 

Recuperar o planeta da pilhagem imperialista e do militarismo!

Intensificar a luta dos povos contra o imperialismo climático!

Organizar, educar e mobilizar — até que povo e planeta finalmente prevaleçam sobre o lucro e a guerra!

 

Declaração da Liga Internacional da Luta dos Povos (ILPS) sobre os Resultados da COP30 em Belém, no Brasil

 

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