"Uma nação empobrecida gera revolucionários"
- NOVACULTURA.info

- 3 de nov.
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Já em meados de seu mandato, o regime fascista EUA-Marcos segue arrastando-se com o seu Ambisyon Natin 2040, sem nada a mostrar além de pobreza crescente, salários miseráveis, aumentos incessantes dos preços dos combustíveis, falta de terras, contínua destruição do meio ambiente e serviços negligenciados às vítimas de calamidades. Suas pomposas declarações de desenvolvimento econômico são “cheias de som e fúria, significando nada”, a não ser corrupção e pilhagem desenfreadas.
Mas, para não ficar atrás, o regime também estabeleceu o objetivo de superar o recorde do anterior governo Duterte em “contrainsurgência” e repressão, ao revelar recentemente um Plano Nacional de Ação agora revestido de civilidade — paz, unidade e desenvolvimento. Esse NAP-UPD (National Action Plan – Unity, Peace and Development, ou Plano Nacional de Ação – Unidade, Paz e Desenvolvimento) para 2025-2028, embora seja uma extensão da infame e repressiva “abordagem de toda a nação” de Duterte, promete ainda mais no esforço de esmagar o movimento revolucionário.
As táticas insidiosas de instrumentalizar as leis, promover negociações de paz locais sob controle militar, fabricar falsos rendidos, difundir desinformação flagrante, oferecer anistias enganosas, lançar campanhas de caça aos “vermelhos”, criar organizações falsas, promover assédios, vigilância, sequestros, assassinatos ou massacres, intensificar a militarização e o bombardeio do campo, e conceder mais poderes ao notório NTF-ELCAC estão sempre presentes no atual plano contrarrevolucionário do regime.
O plano eleva o tom ao concentrar-se especificamente nas escolas, na juventude, nos professores, na mídia de massa e nas redes sociais, em sua tentativa de manipular a crescente onda de protestos legítimos e de revisar a história, buscando “dominar o ambiente informacional”.
Como tem sido evidente desde o início, o plano de Marcos Jr. para “unidade, paz e desenvolvimento” é um produto do desígnio imperialista estadunidense pela hegemonia mundial. O regime fantoche-fascista proclama “unidade” em sua tentativa de unir a classe dominante para mobilizar todo o poder da burocracia reacionária e das forças armadas contra o povo. Descaradamente, proclama “paz” enquanto expõe toda a nação aos perigos da guerra e da instabilidade ao oferecer aos Estados Unidos uma plataforma de lançamento para a guerra na Ásia, permitindo a instalação de bases e mísseis norte-americanos em solo filipino. Fala em “desenvolvimento”, mas suas políticas neoliberais e de tarifa zero abrem o povo e os recursos nacionais a uma pilhagem ainda maior por parte das grandes empresas imperialistas e dos capitalistas burocratas locais.
Mas a marca distintiva do NAP-UPD é a arrogância do regime de que um número considerável de áreas-alvo — incluindo aldeias camponesas, escolas, fábricas e comunidades urbanas pobres —, uma vez declaradas “liberadas”, seriam tão “capacitados” (leia-se: confinados, controlados, manipulados) que nenhum revolucionário poderia jamais retornar à sua antiga base.
De fato, essa é mais uma alegação grandiosa que envergonhou todos os regimes fantoches-fascistas anteriores, pois o movimento revolucionário perseverou e persistiu apesar das dificuldades monumentais por mais de meio século. São as crises das Filipinas — o estado da nação — que geram revolucionários. Nenhuma guerra de repressão pode sufocar uma revolução. O povo sempre se levantará novamente.
A revolução democrática popular viverá de geração em geração. Os revolucionários de hoje continuam a aprender com aqueles que vieram antes e com suas próprias experiências. À medida que o movimento passa por seu processo de retificação, os revolucionários fortalecem seu espírito de luta, aprofundam sua compreensão da sociedade filipina, aproximam-se das massas básicas, expandem e consolidam suas organizações, aprimoram suas táticas de frente unida e marcham adiante.
Os revolucionários continuam a perseverar na liderança do povo em sua luta por uma autêntica reforma agrária, por direitos democráticos e pela independência frente ao imperialismo estadunidense, que ainda hoje empurra as Filipinas para o abismo da guerra. De fato, o que o NAP-UPD enfrenta é um desafio formidável não apenas por parte dos revolucionários, mas ainda mais das amplas massas do povo filipino, que diariamente se tornam vítimas da pobreza e da repressão. Enquanto o regime fantoche-fascista continuar a servir a seus mestres imperialistas norte-americanos e aos seus cúmplices da classe dominante, o NAP-UPD colherá não apenas o desprezo e a ira de uma nação já empobrecida, mas também o levante de um povo que caminha rumo à sua própria libertação.
Elias Dipasupil, Secretário-Geral da Frente Democrática Nacional das Filipinas




















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