"Chamado de solidariedade à Semana dos Mártires da Guerra Popular na Índia"
- NOVACULTURA.info
- 28 de jul.
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O ICSPWI (Comitê Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia) faz um chamado às organizações e partidos Marxistas-Leninistas-Maoístas, a todas as organizações e partidos comunistas, revolucionários, progressistas e democratas sinceros, a se mobilizarem em apoio à Guerra Popular na Índia e ao seu partido dirigente, o Partido Comunista da Índia (Maoísta), por ocasião da Semana dos Mártires (de 28 de julho a 3 de agosto).
O sangue derramado pelos mártires revolucionários indianos que tombaram pela Revolução de Nova Democracia na Índia, primeiro passo rumo ao socialismo e ao comunismo, deve ser honrado: é o sangue derramado por nossos camaradas que estiveram dispostos ao sacrifício supremo para libertar a Índia do jugo semifeudal e do capitalismo burocrático a serviço do imperialismo.
A Índia não é apenas o país mais populoso do mundo, com cerca de 1,5 bilhão de pessoas, mas também é governada pelo regime hindutva (fascismo com características hindus) de Modi, sendo o principal bastião do imperialismo ianque e o maior apoiador do regime sionista no sul da Ásia e no mundo.
A Revolução Indiana (Guerra Popular Prolongada) está ativa desde 1968. Ao longo das décadas, conseguiu libertar milhões de proletários, camponeses e povos tribais da opressão feudal e de castas nas regiões onde se expandiu, cobrindo uma área habitada por mais de 50 milhões de pessoas, desde o extremo norte do subcontinente indiano até os estados do sul de Kerala e Karnataka.
O Partido Comunista da Índia (Maoísta) é, em termos absolutos, o maior partido revolucionário armado, contando com o maior número de camaradas. Mobiliza amplos setores das massas por meio de sindicatos, organizações de mulheres, grupos ecologistas e organizações de adivasis (povos tribais) e de pessoas sem casta. O Exército Guerrilheiro de Libertação Popular conta com cerca de 20 mil combatentes armados, sem contar as milícias populares locais.
Essa grande revolução está agora entrando numa fase crucial: o regime hindu de Modi, por meio de uma operação militar brutal e genocida, apoiada pelo imperialismo e pelo sionismo (com uso de tecnologia e drones fornecidos diretamente pelo Estado sionista de Israel), a Operação Kagaar, que envolve dezenas de milhares de policiais, forças paramilitares e o exército, declarou que “derrotará o maoísmo” no país até abril de 2026.
À medida que esse prazo se aproxima, a Operação Kagaar se intensifica: no mês de maio passado, o próprio secretário-geral do Partido Comunista da Índia (Maoísta), o camarada Basavaraj, junto a outros 27 companheiros e guerrilheiros, tombaram em combate após resistirem a um cerco de dois dias por mais de 2 mil paramilitares.
Nos últimos meses, centenas de pessoas – não apenas revolucionários, mas também camponeses e tribais – foram massacradas durante essa operação militar.
A sociedade civil indiana pediu ao governo que suspendesse imediatamente essa “guerra contra o povo” e aceitasse a proposta do Partido Comunista da Índia (Maoísta) para iniciar negociações. No entanto, o regime hindu de Modi não apenas continua com sua ofensiva, como também rotula esses ativistas de “maoístas urbanos”, passando a reprimi-los também.
Há 14 anos, em 1º de julho, o camarada Azad, membro do Comitê Central e do Bureau Político do partido, foi assassinado em um falso confronto. Foi capturado e posteriormente executado a sangue frio.
Alguns meses depois, em 24 de novembro de 2011, o camarada Kishenji, também membro do Bureau Político do partido, foi martirizado em outro falso confronto.
Os mártires da revolução indiana são os melhores filhos do povo indiano, que sacrificaram suas vidas não apenas pela libertação da Índia, mas também pela libertação do mundo inteiro da exploração, contribuindo com a Revolução Proletária Mundial.
Desde 7 de outubro de 2023, o Partido Comunista da Índia (Maoísta) tem apoiado ativamente a resistência palestina, apesar das dificuldades pelas quais atravessa, organizando ações de apoio e propaganda dentro da Índia.
Por isso, apoiar essa experiência revolucionária avançada e lembrar seus mártires, que também são nossos, é um dever internacionalista.
Dessa forma, o Comitê Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia convoca à mobilização em todos os países do mundo por ocasião da Semana dos Mártires do Partido Comunista da Índia (Maoísta), de 28 de julho a 3 de agosto, e de acordo com as condições objetivas e subjetivas específicas de cada país, organizando: ações e protestos em embaixadas e consulados indianos, reuniões de apoio, ações de propaganda em fábricas, locais de trabalho, entre trabalhadores e camponeses em luta, em bairros da classe trabalhadora e em universidades.
Os mártires da revolução são imortais!
Os revolucionários do Partido Comunista da Índia (Maoísta) são nossos camaradas!
Os camaradas Basavaraj, Azad e Kishenji, dirigentes da nova revolução democrática na Índia, jamais serão esquecidos; seu exemplo inspirará as futuras gerações de revolucionários!
Parem a Operação Kagaar!
Liberdade imediata para todos os presos políticos na Índia!
Viva o Partido Comunista da Índia (Maoísta)!
Viva a Guerra Popular na Índia!
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