"Novo Exército Popular e base de massas crescem em meio à pobreza generalizada"
- NOVACULTURA.info
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O general Romeo Brawner está tirando números do nada ao afirmar que o número de combatentes do Novo Exército Popular (NPA) está em “níveis historicamente baixos”, alegando que o recrutamento é lento devido aos “programas contra a pobreza” promovidos pelo Estado nas áreas rurais.
“Brawner demonstra claramente ignorância sobre a situação de crise vivida pelos camponeses no terreno”, disse Marco Valbuena, chefe do Gabinete de Informação do Partido Comunista das Filipinas. “Ou isso, ou, como Marcos, ele está fingindo ser surdo e mudo diante do sofrimento de milhões de camponeses que enfrentam a falta de terras, o despojamento, falências e a perda massiva de empregos na agricultura”.
“As unidades do Novo Exército Popular foram encarregadas pelo Partido de realizar um amplo e intensivo trabalho de massas entre os camponeses”, afirmou Valbuena. “Onde quer que vão, são recebidos pelos camponeses empobrecidos, que desejam lutar para defender seus direitos e meios de subsistência”.
“Milhões de agricultores sofrem com os altos custos de produção, os baixos preços pagos na porteira, a usura e os desastres naturais”, acrescentou Valbuena. “Eles denunciam o descaso do Estado com a agricultura, priorizando a importação em vez da produção local, além da conivência com os maiores contrabandistas e criminosos do setor”.
“Além de tudo isso, enfrentam a brutal repressão militar das Forças Armadas das Filipinas (AFP), executada por meio dos programas RCSP (Programa de Apoio e Sustentação Comunitária) e operações militares focalizadas, e dos chamados projetos da NTF-Elcac, que não atendem às necessidades econômicas urgentes do povo”, completou Valbuena. “Aos olhos das massas camponesas, as AFP servem como instrumentos das grandes empresas de mineração e dos chamados projetos ‘verdes’ que os expulsam de suas terras”.
“As operações militares contra comunidades camponesas tornaram-se cada vez mais brutais”, disse Valbuena. “Somente entre janeiro e junho deste ano, as Forças Armadas mataram 24 camponeses e indígenas em Oriental Mindoro, Masbate, Negros Oriental e Ocidental, Capiz, Samar do Norte e do Leste, Leyte, Agusan do Sul, Surigao do Sul e Sarangani”.
“Brawner e seus oficiais afirmam descaradamente que essas vítimas eram combatentes vermelhos mortos em ‘confrontos armados’, apesar das declarações e testemunhos contrários de familiares, moradores locais e conselhos barangay”, denunciou Valbuena.
As Forças Armadas filipinas militarizaram milhares de barangays (comunidades locais) sob o pretexto de promover “paz e desenvolvimento”, submetendo os agricultores e os pobres do campo a bloqueios econômicos e alimentares, rendições forçadas, prisões ilegais e execuções extrajudiciais. Essas condições historicamente levaram os camponeses à luta armada.
“O Novo Exército Popular não está à beira do colapso. Ao contrário, está prestes a se revigorar, impulsionado pelo movimento de retificação do Partido”, declarou Valbuena. “Todos os dias, os combatentes vermelhos escolhem o lado do povo, enfrentando condições extremas e abrindo novos caminhos na luta revolucionária.”
Do Gabinete de Informação do Partido Comunista das Filipinas
18 de julho de 2025
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