"Filipinas: A luta armada revolucionária é a verdadeira solução"
- NOVACULTURA.info
- há 2 dias
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O sistema dominante revela seu núcleo podre com as atuais eleições reacionárias. Nos últimos meses de campanha para o Senado, Congresso e governos locais, o povo testemunhou como as eleições nas Filipinas são dominadas por dinastias e partidos que representam os interesses de potências imperialistas e de uma minoria privilegiada, em vez da maioria do povo.
As eleições de 2025 estão sendo comandadas pelas mais corruptas facções da classe dominante: os Marcos e os Duterte, ambos profundamente mergulhados na corrupção, repressão e opressão do povo, e em sua submissão às ordens de potências imperialistas estrangeiras. Eles agora competem pelo poder com o objetivo de expandir suas riquezas e privilégios burocráticos, além de evitar a responsabilização por seus crimes contra o povo.
A facção dos Marcos quer dominar o Congresso, o Senado e os governos locais para reforçar seu controle sobre o poder e criar condições para estender o domínio de sua dinastia além de 2028. A prisão de Duterte pelo Tribunal Penal Internacional, onde ele é acusado de crimes contra a humanidade, foi facilitada por Marcos como uma tentativa de prejudicar seus rivais políticos. O regime Marcos encena diversos espetáculos e artimanhas para obter amplo apoio popular. No entanto, não consegue encobrir a grave crise de pobreza causada pelo aumento incessante dos preços, baixos salários e falta de emprego.
Os Duterte lutam para colocar aliados suficientes no Senado, principalmente para bloquear o impeachment da vice-presidente Sara Duterte, acusada de gastos irregulares de centenas de milhões de pesos do orçamento estatal. Para conquistar a simpatia popular, tentam se apresentar como vítimas da opressão política de Marcos. No entanto, não conseguem apagar as lembranças recentes da violência generalizada e do sofrimento vivido sob o regime anterior, nem ofuscar o clamor por justiça por parte das vítimas dos crimes fascistas do tirano Duterte.
O domínio dessas duas facções podres nas eleições de 2025 ilustra a repugnância do sistema eleitoral sob o regime semicolonial e semifeudal das Filipinas. Trata-se de uma disputa entre poucos indivíduos poderosos. Não há espaço real para a participação das massas oprimidas e exploradas. As eleições aparentam ser democráticas, mas na verdade são apenas para capitalistas burocráticos, burgueses compradores e latifundiários.
Nos últimos meses, a participação de candidatos e partidos democráticos, progressistas e nacionalistas nas eleições para o Senado e o Congresso ampliou a voz do povo. Eles levaram à campanha reivindicações por um salário digno, reforma agrária genuína, redução dos preços, acesso gratuito à saúde e educação, empregos, direitos, liberdade e outras demandas populares. A maioria deles vem das fileiras de camponeses e trabalhadores, pobres urbanos, pescadores, motoristas e outros setores oprimidos.
Em contraste, os políticos reacionários fingem não ouvir os clamores do povo. Podem se apresentar como “pró-povo”, mas essa postura dura apenas até o fim das eleições. Com seus vastos recursos financeiros, dominam também as eleições partidárias, deixando pouco ou nenhum espaço para partidos que verdadeiramente representam os setores pobres da sociedade.
Gastam centenas de milhões de pesos em propagandas de rádio e televisão, cobrem paredes e postes com cartazes, e distribuem camisetas com seus rostos e nomes. Junto a isso, surgem pesquisas como cogumelos para manipular a opinião pública. Também utilizam influenciadores pagos para direcionar o discurso nas redes sociais em favor de certos políticos ou partidos. É certo que centenas de milhões de pesos circularão conforme se aproxima o dia da eleição, para compra de votos.
Há numerosos casos de assassinatos e violência entre políticos rivais em várias partes do país. A violência estatal é empregada por agentes das Forças Armadas, da polícia e do NTF-Elcac para reprimir candidatos e partidos progressistas, por meio de vigilância, processos forjados, prisões, intimidações e detenções de seus apoiadores.
É certo que aqueles no poder usarão novamente a contagem automatizada dos votos para garantir resultados favoráveis a eles. Por isso, cresce o apelo pela contagem manual dos votos, que traria maior garantia de precisão. No entanto, esse apelo continua sendo ignorado pela Comissão Eleitoral (Comelec). Um número significativo de trabalhadores migrantes filipinos será privado do voto devido à implementação do sistema de votação online.
Seja qual for o vencedor – Marcos ou Duterte – é certo que o Estado reacionário continuará sua decadência acelerada diante da crise insolúvel do sistema dominante. Continuará a implementar programas e leis que favorecem os interesses do imperialismo dos EUA, de grandes empresas estrangeiras e das classes dominantes, trazendo ainda mais sofrimento ao povo. A corrupção certamente se agravará, à medida que os capitalistas burocráticos busquem recuperar os milhões investidos nas eleições.
As fileiras organizadas do povo filipino devem continuar a se fortalecer e seguir adiante no caminho militante da luta, especialmente diante dos grandes desafios dos próximos meses e anos, incluindo o início do julgamento de impeachment de Sara Duterte no Senado e o julgamento de Rodrigo Duterte no TPI, além da intensificação da intervenção militar dos EUA nas Filipinas, as provocações de guerra contra a China, a submissão do regime fantoche de Marcos e suas políticas antipopulares, corruptas, ineficazes e repressoras.
Nos últimos meses, muitos despertaram para a podridão das eleições reacionárias e da falsa democracia sob o sistema atual. Isso mostra ao povo que, de fato, a mudança revolucionária é a verdadeira solução para os problemas fundamentais do país. A Frente Democrática Nacional das Filipinas e todas as suas organizações afiliadas continuam crescendo e se fortalecendo, fazendo todo o possível para apoiar o fortalecimento do Novo Exército Popular e o avanço da luta armada.
No campo, o Novo Exército Popular (NPA) continua a perseverar e se fortalecer apesar da repressão brutal e incessante do regime Marcos. O NPA está aprofundando e expandindo seus laços com as massas camponesas para avançar nas lutas anti-imperialistas, antifascistas e antifeudais, fortalecer suas organizações de massa e lançar ofensivas táticas que possa vencer. Sob a orientação do Partido e do movimento de retificação, a guerra popular certamente avançará no caminho da vitória.
Do Ang Bayan
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