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Foto do escritorNOVACULTURA.info

A Luta de Classes prossegue



A luta de classes na sociedade capitalista se dá principalmente entre as suas duas classes fundamentais. De um lado a classe dominante e exploradora, a burguesia, de outro lado a classe dominada e explorada, o proletariado.


Estas duas classes fundamentais da sociedade capitalista lutam entre si para ficar com a maior parcela possível da riqueza socialmente produzida. A parte dessa riqueza que fica com a burguesia chamamos de lucros, a parte que fica com o proletariado, de salários.


A burguesia, para ficar com a maior parte da riqueza, busca pagar salários tão baixos quanto possível. Além disso busca economizar também nas condições de trabalho que oferece ao proletariado.


O Estado burguês tem uma importância fundamental para a burguesia, no sentido de garantir-lhe lucros máximos. O Estado burguês arrecada impostos e gasta esses recursos, em geral, de forma a aumentar os lucros da classe dominante.


Como temos demonstrado nas páginas de Rumos da Luta, nas últimas décadas, os governos burgueses, de todas as coalizões partidárias que tem ocupado o Palácio do Planalto ou os governos estaduais e municipais, tem se colocado a serviço dos interesses dominantes, atacando implacavelmente os interesses dos trabalhadores, tanto os do setor público, quanto os do setor privado.


Sucessivas reformas regressivas limitaram os direitos trabalhistas e previdenciários, possibilitando aos capitalistas a contratação de trabalhadores em condições precárias, com salários rebaixados e jornadas de trabalho ampliadas. Foi aumentado o tempo de contribuição e a idade para que os trabalhadores consigam se aposentar.


Desgraçadamente, para nós trabalhadores, quando essas medidas são tomadas por governantes como Bolsonaro, elas são chamadas de autoritárias, de fascistas, de genocidas e outros epítetos. Mas quando são aplicadas por governantes como Lula, muitos críticos se calam e tais medidas são aceitas docilmente.


Não completou ainda o primeiro ano de seu quinto mandato, é bom lembrar, e o governo petista aprovou uma série de propostas regressivas para os trabalhadores do Brasil, sem que vários partidos e “centrais” sindicais esboçassem uma reação.


Os resultados da política econômica e social desses governos se mostram nas ruas, com a proliferação do desemprego, do desabrigo, da drogadição, da miséria enfim. Certas interpretações dos dados coletados no Censo de 2022, buscam mascarar a realidade, mas quem tem olhos para ver, a vê.


Alguns intelectuais tentam colorir a realidade do povo brasileiro apontando algumas melhorias nos dados da pobreza no país, com uma suposta melhora. Contudo, mesmo nos critérios discutíveis, os números dão conta de mais de 70 milhões de brasileiros e brasileiras vivem na pobreza.


Nem os ridículos valores definidos pelo Banco Mundial como referências para quem está dentro da linha da chamada pobreza (R$ 665,02 mensais) e extrema pobreza e (R$ 208,73 de renda mensal), conseguem diminuir os alarmantes índices, que os governos e a burguesia tentam usar para falar em combate às desigualdades. Evidentemente, qualquer trabalhador ou trabalhadora sabe na própria pele a impossibilidade de ter uma vida digna ganhando tão pouco por mês e que o salário mínimo não afasta ninguém da pobreza.

Algumas das medidas colocadas em prática pelo governo federal, como demonstram inclusive alguns de seus apoiadores, são piores do que as aplicadas pelos governos mais recentes que o antecederam, o que não deve surpreender, pois tais medidas tem a mesma lógica.


O aprovado Arcabouço Fiscal planejado pelo ministro Fernando Haddad vai limitar, assim como foi o Teto de Gastos do governo Temer, os já insuficientes investimentos em Saúde e em Educação, cenário que já se tornou rotineiro no Brasil, passando de Bolsonaro a Lula. E ainda há ameaça de que sequer o básico previsto seja gasto nestas áreas.


Enquanto isso, a imprensa burguesa distrai a atenção de uma parte da sociedade com os escândalos de sempre. A repercussão da montanha de crimes cometidos pelo ex-presidente e as investigações em andamento, ou a repercussão de uma ou outra frase do atual presidente sobre a Ucrânia tomam conta dos noticiários enquanto a agenda das reformas regressivas e da austeridade seguem avançando.


Da nossa parte, continuaremos impulsionando a luta da classe trabalhadora por melhores salários e condições de trabalho dignas e pela conquista do poder, para que a riqueza socialmente criada, fique toda ela, com a classe que a produz toda a riqueza do país.





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